Que o Brasil é tachado pelos seus próprios políticos como o país das 1001 leis isso todo mundo já sabe. Que as milhares de leis criadas muitas vezes se quer são cumpridas ou fiscalizadas, isso todo mundo já sabe. Que aqueles que criam as ditas “leis” na maioria das vezes também não as cumprem, isso todo mundo também já sabe. O que não sabem, é que isso acontece quase que diariamente “bem embaixo do nosso nariz”. A própria Fundação Getulio Vargas (FGV), mostrou em uma pesquisa realizada em 2013, que 82% dos brasileiros consideram fácil desobedecer as leis. E que para 79% dos entrevistados pela FGV, sempre que possível o brasileiro opta pelo “jeitinho” em vez de seguir o que determina a legislação. E as leis estão ai para serem cumpridas, mas também fiscalizadas. Diz a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) que o trabalhador brasileiro pode trabalhar até 44 horas semanais, “cumprindo” com a sua carga horária, delimitada pela empresa a quem serve e regulamentada pela convenção coletiva a que pertence. Neste período de pandemia e do holocausto mundial causado pelo Coronavírus, transitar pelas ruas da Campina se tornou algo “diferente”, pois em dados momentos nos deparamos com situações que já mais imaginaríamos presenciar, tais como: ruas desertas e agora o uso de máscara, isolamento e distanciamento social. Esta terra já foi chamada de “capital do gatilho”, sim! Pois aqui em tempos passados até Delegado foi assassinado. Para este pago já foi dito “Que o sol brilha mais forte”. E mais recentemente a nova patente, “Capital do Milho”. Mas como aqui não poderia ser diferente, até por que o diferente ou contraditório na maioria das vezes não é bem visto ou aceito, Xanxerê não foge à regra. Isto pois, a lei existe e é clara, USO OBRIGATÓRIO DE MÁSCARA AO ENTRAR EM QUALQUER ESTABELECIMENTO COMERCIAL. Mas, quem deveria estar à frente e dar o exemplo a população por exercer cargo de alta patente na esfera municipal, não fugiu as lentes atentas do olhar xanxerense, com sua cesta de compras nas mãos transitando tranquilamente nos corredores de supermercados SEM FAZER O USO DA DITA MÁSCARA. E onde ela estava? Bem, no carro, pois simplesmente não gosta de usa-la. E o estabelecimento, nenhuma notificação recebeu pois quem deveria auxiliar na fiscalização da lei, foi o primeiro a descumpri-la. E olha quantas leis já foram criadas! Será que paramos nas 1001? Bem, se fosse Florinda Meza neste momento pediria: Óh, e agora quem poderá me defender?
Por Flavio Carvalho