Abrir as portas de casa para um desconhecido fazer uma série de perguntas sobre renda, nível de escolaridade e outras questões pode ser invasivo para muitos. Em se tratando do Censo 2022, é fundamental para que o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) produza um panorama atual da população brasileira, ainda mais porque a última pesquisa é de 2010. Nesses 12 anos, o Brasil passou por diversas transformações sociais e econômicas, o que torna fundamental a participação maciça da sociedade.
De acordo com a Vereadora Odete Paliano (PL) de Bom Jesus, receber os recenseadores e agentes censitários é de fundamental importância, pois é com base na atualização dos dados do Censo que são embasadas políticas públicas que possam auxiliar no enfrentamento de problemas históricos, como o analfabetismo, e mesmo de novas demandas, como o envelhecimento da população.
Cabe destacar que existe uma lei que obriga os brasileiros a prestarem informações para o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. E, é importante saber que o agente do Censo não vai desistir depois do primeiro não. Além disso, o levantamento, que começou em 1º de agosto em todo o Brasil, vai traçar um perfil da população ajudando a identificar problemas sociais e econômicos.
Segundo a Lei 5.534, de 1968, “toda pessoa natural ou jurídica de direito público ou de direito privado que esteja sob a jurisdição da lei brasileira é obrigada a prestar as informações solicitadas pela Fundação IBGE para a execução do Plano Nacional de Estatística”. A legislação também permite multar quem se recusa a colaborar, penalidade que cabe ao órgão levar adiante.
Mas não é hábito do IBGE punir quem se opõe a prestar esclarecimentos. A entidade e autoridades apostam em conscientizar a população sobre a importância de responder ao questionário em vez de coibir alguém a participar por força de lei.