Tramita no fórum da comarca de Xaxim um processo criminal impetrado por um empresário daquela cidade contra o vereador e atual Presidente da Câmara de Vereadores de Xanxerê, Adriano de Martini (PT). Após receber denúncia a respeito dos fatos o Ronda Policial teve acesso aos autos e depoimentos do processo onde contam queixas apresentadas por um empresário da cidade vizinha, contra o parlamentar xanxerense. De acordo com os autos, Adrianinho como é conhecido, e integra movimentos sindicais, participou de um manifesto grevista em abril deste ano, intitulado de “Greve Geral”. De acordo com depoimento dado pelo empresário J.F.T.S. de 52 anos, o vereador e sindicalista teria passado em frente a uma loja proferindo palavras de baixo calão visando à empresa e sua direção.
Sentindo-se lesado, o empresário registrou o caso na Delegacia de Polícia, onde prestou depoimento ao Delegado Fernando Callfass, e além do parlamentar ter sido chamado para depor, outras funcionárias da loja também deram seus depoimentos afirmando que o vereador xanxerense, enquanto proferia diversas palavras de ofensas apontava e direcionava suas mãos para a loja.
O Ronda Policial buscou contato o vereador que emitiu uma nota a respeito dos fatos. Confira a nota abaixo.
No dia 28 de abril de 2017, enquanto dirigente sindical, estivemos na Greve Geral em Xaxim, que mobilizou centenas de trabalhadores e debateu os temas da Reforma Trabalhista, Reforma da Previdência, Congelamento de 20 anos nos investimentos na saúde, educação, assistência social e outras pautas deste governo que diariamente retira direitos dos trabalhadores, conquistados a duras penas e muita luta.
Nossa postura enquanto dirigente sindical sempre esteve, continua e estará voltada à defesa incondicional das pautas da classe trabalhadora, dos menos favorecidos, dos oprimidos e que, dia-a-dia, são vítimas de muitos tipos de violências, a exemplo, da violência do Estado e dos interesses da classe dominante, que retira o direito à dignidade do nosso povo.
Na oportunidade, nos posicionamos contrários a todas essas iniciativas, utilizando um espaço de fala que representa todos os trabalhadores que participaram da mobilização. Frisamos as consequências que essas reformas iriam gerar na vida do povo e denunciamos a benefício de quem elas estão propostas.
Essas mobilizações e as conquistas históricas, não são atos de vandalismo, mas fruto da organização e luta do povo que precisa ir à rua para ser ouvido! Nesse sentido repudiamos toda e qualquer manifestação que tente deslegitimar a ação organizada dos trabalhadores que reivindicam a garantia de seus direitos.
Jamais ofendemos ou citamos uma pessoa. Temos a compreensão que a luta é maior e não mediremos esforços para defender a organização e os direitos dos trabalhadores. Mesmo que sejamos perseguidos e processados por termos essa postura.