Por tantas vezes encontro o vazio do ser, da existência e, até mesmo, do querer. Sem ser um sentimento, adquire o vazio tal forma e desenreda algo esquecido no íntimo de cada um.
Sensação de cansaço, de ser vencido, destruído pelas dores que o mundo insiste em oferecer. Sem vontade de nada, no nada se perde, se perde e se prende, sem ao menos poder chorar.
Escrita melancólica, sentimento bucólico, no vazio que lhe encontra não há vontades e nem risos.
Preocupações escaldantes, que queimam a alma, tirando-lhe toda calma e o querer esperar.
A espera vira ânsia e a ansiedade repúdio da existência e do vazio que impera. Vive-se dias ligeiros, sem esperança de vida, o vazio de alegrias impera no que é nos dito.
Um problema traz outro e o ser meio solto enlouquece no transitar inesperado dessas governanças perdidas.
Perde-se o desejo, perde-se a esperança e, por fim, vamos embora, afinal, há tanto vazio, com tão pouca vida.