A Organização Mundial de Saúde (OMS) define a violência contra o idoso como ação única ou repetida, ou falta de ação apropriada, em qualquer relacionamento onde exista uma expectativa de confiança, que cause danos ou sofrimento a uma pessoa idosa. Por isso, a violência contra o idoso não se resume a agressões físicas, mas também, violência psicológica, sexual, abandono, negligência, violência financeira e/ou econômica e autonegligência. Em Xaxim esta terça-feira (15), é lembrada como o Dia Mundial de Conscientização da Violência contra a Pessoa Idosa. Um momento importante para debater sobre como ocorre a violência contra pessoas com 60 anos ou mais, bem como as maneiras de identificar e evitar que ela aconteça, mesmo que seja uma tarefa difícil. A violência contra o idoso nem sempre vem à tona devido a uma série de fatores, como o medo de possíveis represálias; sentimento de culpa e vergonha; isolamento social; e dependência exclusiva do agressor para prover as necessidades da vida diária. Um dos principais desafios é que, muitas vezes, o agressor é um membro da própria família (filhos, netos, sobrinhos, cônjuges, genros, noras, etc), o que faz com que o idoso sinta ainda mais dificuldade em buscar ajuda e denunciar. Muitas pessoas idosas, ainda, se culpam pela violência que sofrem, ou consideram “natural” da idade o fato de sofrerem violência. Mesmo diante de tudo isso, há sinais que podem ajudar a identificar situações de violência: falta de apetite; perda de peso; mudanças de humor e comportamento; higiene precária; presença de hematomas ou machucados; isolamento; medo ou respeito exagerado com o cuidador. Falar sobre o assunto é a melhor forma de incentivar uma cultura que viabilize comportamentos positivos na sociedade em relação à velhice e ao envelhecimento. Prevenção, é a melhor forma. Os idosos têm direito a uma vida sem qualquer situação de vulnerabilidade e de falta de sensibilidade, baseando-se no respeito e na consideração ao ser humano.