“Cultura não é apenas aquisição de conhecimento, mas é também a formação de uma personalidade ao mesmo tempo arraigada na realidade histórico-social concreta e capaz de intelectualmente transcendê-la”.
Essa frase é do filósofo Olavo de Carvalho. Ele apresenta a cultura como um conjunto de símbolos presentes na história de uma sociedade.
A cultura é um conjunto de expressões humanas do universo simbólico que têm seu sentido socialmente compartilhado por um grupo, a ponto de essa construção agregar-se como parte do ser daquela comunidade. É a própria identidade de um povo, de uma nação, de uma sociedade.
Pode ser considerado cultura de um povo, hábitos, crenças, leis, conhecimentos, artes, moral e costumes.
O homem, enquanto animal racional, que consegue discernir o certo do errado, a moralidade da imoralidade, o bem do mal, é capaz de produzir tradições e comportamentos que se consolidam enquanto cultura.
O Museu do Milho de Xanxerê foi palco na noite da quinta-feira (25), da peça teatral “eu te benzo eu te curo”, do Grupo Teatral Piliquinha da cidade de Concórdia! Com entrada gratuita, o espetáculo trouxe aos presentes um pouco do resgate histórico e cultural de crenças que envolvem o uso de chás e ervas medicinais além da busca da cura por meio da benzedura!
Faltou espaço, teve quem precisou ficar de pé pois a casa ficou cheia e surpreendeu até mesmo os organizadores do espetáculo que não esperavam a presença de tantas pessoas.
E quem ali esteve, saiu com a alma e espírito renovado, isto pois, o espetáculo fez muitos reviver histórias e fatos que estavam adormecidos em uma caixinha da memória!
Uma verdadeira viagem no tempo, assim pode ser descrito a experiência vivida por todos que estiveram acompanhando a peça teatral apresentada pelas irmãs concordienses, através do “te benzo e te curo”.
Entre risos e aplausos, teve degustação de chás e também a interação com compartilhamento de experiências vividas pela plateia. Teve até benzedeira mirim que surgiu em meio ao povo.
Até o Pe Louro foi pego por gatilhos da memória, recordando do “Seu Matwille”, um curandor ou benzedor que ainda na década de 90 vivia no Noroeste Gaúcho e atendia a todos que buscavam por seus dons de cura através de orações e imposições das mãos sobre a cabeça.
Não importava o tipo de dor, machucado, mau-olhado, quebrante, o que fosse necessário saia curado!
Apesar da casa ter lotado, não pode passar despercebido aos olhos do Pe Louro, a falta de valorização ou prestigio por parte das autoridades municipais da campina.
Sim, o Governo Municipal esteve representado no evento pela Diretora de Cultura, mas foi só!
Vereadores não se viu ninguém, nem mesmo para dar aquela “passadinha rápida, para marcar presença”.
Tal situação mostra claramente que para muitos dos políticos (vereadores) da campina, o que vale a pena mesmo é estar onde irá lhe render visibilidade ou contatos para tentar converter em votos, ou até mesmo, buscar amenizar a imagem negativa que carregam por conta das M… que andam fazendo.