O ministro da Economia, Paulo Guedes, ressaltou nesta quinta-feira (12) que se houver uma segunda onda de contaminações pelo novo coronavírus no Brasil, o governo voltará a conceder o auxílio emergencial aos brasileiros em situação de vulnerabilidade econômica. Em agosto deste ano, o presidente Jair Bolsonaro disse que a proposta de criação do programa Renda Brasil estava suspensa. O programa pretendia expandir o Bolsa Família. A proposta da equipe econômica era retirar o abono salarial para quem ganha até dois salários mínimos para financiar o novo programa. Guedes voltou a defender a criação de uma contribuição sobre transações digitais, como forma de substituir a desoneração da folha de pagamentos. Segundo o ministro, o governo tem o compromisso de não aumentar a carga tributária. Ele acrescentou que para desonerar a folha de pagamentos e estimular a criação de emprego formal no país, é preciso encontrar uma forma de financiamento para essa redução dos impostos sobre os salários. Guedes disse ainda que “não haverá aumento de imposto para quem paga imposto. O ministro reforçou que a “economia brasileira está voltando com força”. Ele disse que foi considerado muito otimista quando a crise gerada pela pandemia começou. Sobre a inflação, Guedes afirmou que muita gente fica com “raiva dos supermercados” quando vê os preços dos alimentos mais caros, mas os estabelecimentos são apenas “uma plataforma de distribuição”. Para o ministro, com os preços altos, o setor agrícola brasileiro vai aumentar a produção e em dois, três, quatro meses a frente os preços começam novamente a se estabilizar. Guedes acrescentou que o governo pode reduzir tarifas de importação quando houver abusos nas altas dos preços para estimular a competição e assim segurar a inflação.
Agência Brasil
Foto: Marcelo Camargo