Destaque internacional em sanidade agropecuária, Santa Catarina mais uma vez sai na frente com excelentes números na produção animal. Em setembro, o estado ultrapassou a marca de mil propriedades certificadas livres de brucelose e tuberculose, um marco importante que atesta a excelência sanitária dos rebanhos e o importante trabalho feito pela Companhia Integrada de Desenvolvimento Agrícola de Santa Catarina (Cidasc) nos controles sanitários na cadeia produtiva. Para a médica veterinária e coordenadora do Programa Estadual de Erradicação da Brucelose e Tuberculose, Karina Diniz Baumgarten, alcançar a marca de 1.045 propriedades certificadas no estado é motivo de comemoração. O Programa tem parceria com os órgãos públicos, enquanto certificadores dos processos, profissionais habilitados e entidades privadas. O saneamento dos estabelecimentos que aderem à Certificação de Propriedade Livre é feito mediante testes custeados pelos produtores e realizados em todos os animais da propriedade, os reagentes positivos são enviados para abate sanitário. Os testes são realizados por médico veterinário habilitado, com seis e 12 meses de intervalo, e sem animais reagentes positivos. Terminado o período de testes a propriedade recebe o certificado de propriedade livre de brucelose e tuberculose. A manutenção do status é condicionada ao cumprimento de todas as regras e normas sanitárias estabelecidas. Caso haja pretensão de ingresso de animais na propriedade são exigidos dois testes negativos, exceto se o gado for procedente de outra propriedade livre. A renovação do certificado é anual e os exames devem ser realizados antes de vencer a certificação. A erradicação da brucelose e tuberculose pode ser mais um diferencial competitivo do agronegócio catarinense. Médicos veterinários da Cidasc realizam, diariamente, educação sanitária nas propriedades rurais de todo o estado, demonstrando a importância da certificação para a valorização do plantel e na redução dos prejuízos do produtor rural com as perdas que ocorrem devido às doenças no rebanho. Karina destaca que todos os anos são realizados aproximadamente 500 mil exames para analisar a presença das zoonoses no rebanho catarinense. O rebanho catarinense pode ser vacinado com amostra RB51, seguindo as normas do Regulamento Técnico do Programa de Erradicação da Brucelose Bovina e Bubalina no Estado, atualizado em julho de 2017, pela Portaria SAR n°19/2017. Já o uso da vacinação em massa, com a B19, é recomendado apenas para estados que possuem altos índices da doença, portanto é proibida em Santa Catarina para evitar custos desnecessários aos produtores e interferência nos testes de diagnóstico.
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AsCom