O Ministério da Saúde informou na terça-feira (23), que mais de 2,8 milhões de unidades de medicamentos de intubação orotraqueal (IOT) começaram a ser distribuídas para todo o Brasil. De acordo com a Agência Brasil, a negociação será por meio de uma parceria firmada com três empresas fabricantes. As entregas foram negociadas após reuniões entre a pasta e representantes dos laboratórios fornecedores dos medicamentos, ocorridas na terça-feira (23) e quarta-feira (24). A intubação é necessária nos casos mais delicados de tratamento da Covid-19, quando o paciente precisa receber ventilação mecânica e manter a respiração adequada enquanto combate a infecção. Por conta da explosão de internações nas redes públicas e privadas de diversos estados ao mesmo tempo, os medicamentos anestésicos essenciais para a realização deste procedimento estão se esgotando. Segundo o ministério, a empresa Cristália se comprometeu a fornecer 1,26 milhão de unidades dos medicamentos, com entregas previstas para os próximos sete dias. A empresa Eurofarma entregará, a partir desta quarta-feira (24), 212 mil ampolas em todo território nacional. Já a empresa União Química também enviará, até 30 de março, um total de 1,4 milhão de medicamentos. O cronograma de entregas é feito pelo Ministério da Saúde com base no monitoramento realizado nos estados e municípios, para verificar a disponibilidade dos medicamentos de intubação orotraqueal em todo o país. Essas informações são então repassadas à indústria e aos distribuidores para que os estados possam realizar as aquisições. Além disso, toda semana a pasta recebe do Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass) e do Conselho Nacional de Secretários Municipais de Saúde (Conasems) informações do Consumo Médio Mensal (CMM) dos medicamentos por estados e municípios. O ministério também recebe dados da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) sobre a produção e venda dos fabricantes no país. A pasta também informou na terça-feira (23) que está realizando o monitoramento da demanda por oxigênio hospitalar para otimizar as entregas aos estados. No momento, segundo o ministério, o abastecimento do produto atinge, de forma mais intensa, estabelecimentos de saúde que dependem de oxigênio gasoso, entregue em cilindros. Nos grandes hospitais, o produto normalmente é entregue na forma líquida, que fica armazenado em reservatórios criogênicos, e as empresas produtoras têm garantido as entregas aos estabelecimentos. O governo ainda espera a chegada, no início de abril, de concentradores de oxigênio importados da China e nos Estados Unidos, que tiveram apoio da iniciativa privada.
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