Passado o primeiro turno das eleições 2018, o Ronda Policial buscou contato com todos os nove vereadores que fazem parte da atual legislatura em Xanxerê para saber dos representantes da população xanxerense suas avaliações do primeiro turno e também posicionamentos para o segundo turno, onde no próximo dia 28 eleitores de todo o Brasil deverão retornar às urnas para escolher seu candidato à Presidente e em muitos Estados também escolher um candidato a Governador. De nível nacional de um lado está o petista Fernando Haddad que faz frente a Jair Bolsonaro (PSL). Já em Santa Catarina, a disputa no segundo turno ficou entre Gelson Merisio (PSD) e Carlos Moisés (Comandante Moisés) – PSL.
Veja abaixo o posicionamento dos vereadores de Xanxerê
João Paulo Menegatti – Tatu (PTB): O resultado das urnas no primeiro turno demonstram o desejo popular, e que o povo quer mudança. A mudança vai ocorrer com Jair Bolsonaro e Comandante Moisés.
Adriano de Martini e Lenoir Tiecher (PT): O resultado das urnas garantiu ao PT a eleição da maior bancada de deputados federais e a vaga para a disputa do segundo turno com Haddad e Manuela, demonstrando que o projeto de 14 anos de governo que transformou a vida da população, com mais renda, com mais educação, com habitação, investimentos em infraestrutura e tantos outros avanços sociais interrompidos com o impeachment. Embora a grande massa do povo brasileiro tenha se beneficiado das políticas dos governos petistas, houve uma verdadeira onda de ataques, mentiras e ofensas, no sentido de culpabilizar somente o PT pela crise institucional. Neste contexto de fragilidade da democracia e descrédito na política surgem os que se dizem “salvadores da pátria/caçador de marajás”, que nem sequer tem um projeto para o país a não ser o acirramento do ódio e da divisão.
Ao mesmo tempo em que temos esse cenário interno, no cenário externo, encontramos uma onda conservadora mundial e o capitalismo encontrando formas cada vez mais “legitimas” de se reinventar sugando o direito dos trabalhadores e trabalhadoras e as riquezas naturais dos países pobres, para manter o padrão de vida dos países do norte. O golpe ainda está em curso no Brasil e o primeiro turno das eleições mostraram como ele também pode ser legitimado pelas urnas. Esta é a última saída para o capital internacional e a elite entreguista brasileira, visto que já acumulavam um histórico de 4 eleições perdidas consecutivas, para um projeto popular e de desenvolvimento interno, a partir de programas sociais e distribuição de renda. No entanto, o risco que se corre é alto demais.
Nosso posicionamento é de defesa irrestrita de um projeto democrático para o país. O cenário político brasileiro sempre apresentou muitas falhas e erros, mas nós não podemos perder a razão e embarcarmos em uma proposta autoritária e vazia que prejudicará a todos e todas, em nome de um vão discurso de combate a corrupção.
Vamos continuar nas ruas e nas redes apresentando as diferenças de um projeto bom para o país, representado por Fernando Haddad e Manuela, e um não projeto. Essa eleição será um verdadeiro divisor de águas para o país, e por isso, nós não vamos parar um minuto de conversarmos com as pessoas que acreditam em um país melhor, a partir de um modelo de desenvolvimento baseado na distribuição de renda, programas sociais, educação de qualidade, segurança pública, saúde, lazer, cultura e todos os direitos dos trabalhadores e trabalhadoras garantidos e fortalecidos.
Sobre o cenário estadual nós não compactuamos com projetos que sejam a representação local das propostas de Jair Bolsonaro.
Wilson Martins dos Santos (PSDB): O primeiro turno deixou bem claro o sentimento do povo Brasileiro pela mudança e renovação na política. Os desmandos que vêm acontecendo em todas as esferas governamentais contribuíram para esse descrédito da sociedade com a classe política. Por isso vimos muitos candidatos, pouco conhecidos, que fizeram votações expressiva enquanto velhas raposas políticas tiveram grandes decepções nas urnas. Nossa avaliação é que essa mudança geral que está acontecendo deve ter continuidade neste segundo turno. Toda essa indignação teve reflexos diretamente na eleiçao no estado de Santa Catarina, onde tivemos a surpreendente ascensão do Comandante Moisés ao segundo turno quando todos esperavam uma disputa entre os candidatos do PSD e MDB. O candidato do PSL passou de zebra a favorito na disputa ao governo do estado.
Nossa perspectiva é de uma provável vitória do Comandante Moisés neste segundo turno. Isso porque a mudança tão badalada no cenário nacional está influenciando o eleitorado catarinense. Não tenho dúvidas de que o candidato Jair Bolsonaro deverá ganhar com uma boa margem frente ao candidato Fernando Haddad, por representar a onda da mudança. Neste sentido deverá carregar junto com ele os candidatos que declarou o apoio. Caso do estado catarinense onde o Comandante Moisés é o candidato do partido de Bolsonaro. Como temos este entendimento também de mudança, pois temos pregado isso ao longo do nosso mandato, nada mais natural declararmos apoio ao candidato Moisés, pois ele representa a verdadeira mudança em Santa Catarina. Por conta disso, já na primeira sessão, após a votação do primeiro turno, declaramos apoio ao candidato Moisés. Quanto a questão nacional, já no primeiro turno votamos em Bolsonaro, apesar de não termos declarado voto por uma questão partidária, e vamos continuar no mesmo sentido só que desta vez com apoio irrestrito à campanha do candidato do PSL.
Nathan Moreira (DEM): Toda eleição trás suas lições, e esta não foi diferente. O povo deixou expressa a sua mensagem através do voto e isto cabe a classe política fazer análise e fundamentar suas ações em torno do que realmente a população precisa. O Democratas elegeu 29 deputados federais, 4 senadores e 2 governadores. Um saldo positivo, devido a ideias, a posição clara de oposição ao governo do PT, e de ter bons candidatos em seu quadro de Demistas.
Para o segundo turno tenho definido pelo candidato Jair Bolsonaro/Mourão (nacional) e Gelson Merisio/João Paulo Kleinübing (estadual).
Luiz Augusto Ceni (PSD): As urnas mostraram o sentimento de mudança que a população tanto anseia, contrariando a maioria das pesquisas dos grandes institutos vimos uma grande diferença entre as pesquisas e a realidade da apuração das urnas, tanto a nível nacional como a surpresa a na eleição estadual.
Para o segundo turno tenho definido o candidato ao governo de SC Gelson Merisio e vice JPK, após pesquisar a reputação e o histórico dos candidatos, concluí que o melhor para SC e principalmente para nossa região, base econômica do Estado, precisamos de um líder com experiência, capacitado e que conhece todas as mazelas da nossa amada SC.
Os demais vereadores, Vilson Piccoli (MDB), Ricardo Lira da Costa (PSD) e Arnaldo Lovatel (PP) não responderam ao questionamento que lhes foi enviado.
Colunista