Ronaldinho Gaúcho e o irmão Roberto Assis Moreira chegaram algemados para uma audiência em Assunção, no Paraguai, neste sábado (7). Os dois passaram a noite presos depois de serem detidos no hotel em que estavam. Ambos foram acusados por posse de documentos adulterados. De acordo com o jornal ABC Color, a juíza Clara Ruiz Díaz deverá definir no Palácio da Justiça se Ronaldinho e o irmão permanecerão presos de maneira preventiva durante a investigação das autoridades paraguaias. Existe a possibilidade de que a eles sejam imputadas penas alternativas. Conforme o jornal Última Hora, também do Paraguai, a defesa de Ronaldinho e de Assis, representada pelos advogados Alcides Cáceres Ibarra, Tarek Ruma Marín, Adolfo Marín, Christian Knapps e Héctor Cáceres Rodríguez, entrou com recurso de apelação contra a resolução do juiz Mirko Valinotti, que se opôs a considerar o critério de oportunidade que dava liberdade ao ex-craque e ao empresário. Na sexta, o juiz Milko Valinotti recusou a indicação dos investigadores do caso, de liberarem os dois brasileiros, determinando sua condução à Agrupación Especializada, presídio da Fiscalía General. Ronaldinho dormiu em uma cama de solteiro dentro de uma sala administrativa, habilitada como cela no chamado “quadrilátero” do Grupamento, relatou o chefe do quartel, comissário Blas Vera. A poucos metros do dormitório improvisado estão presos um político paraguaio famoso, acusado de corrupção, e Ramón González Daher, ex-presidente da Associação Paraguaia de Futebol. Os chamados presos especiais – alguns deles acusados de narcotráfico – cumprem penas neste mesmo prédio.
CP