A Rede Feminina de Combate ao Câncer de Xanxerê completa neste mês de fevereiro 15 anos de atividades na região, recebendo mulheres com os mais variados tipos de câncer e dando à elas forças para seguir em frente, recuperar e manter a autoconfiança. A instituição tem como missão proporcionar às pacientes oncológicas o resgate da dignidade através do compartilhamento de experiências, melhorando assim a autoestima. Através da diretoria, das funcionárias e das voluntárias, as Vitoriosas recebem amparo para administrar os medos, as tristezas, angústias e emoções despertadas pela doença, permitindo que possam sair renovadas e revigoradas.
Atualmente, a RFCC de Xanxerê atende 90 mulheres portadoras de câncer de Xanxerê. Esse número é o de Vitoriosas atuantes nas atividades da sede, sejam nas oficinas ou nos serviços prestados. Segundo a presidente, Rita Pezzali, a criação de uma sede há 15 anos representou para Xanxerê a ampliação do trabalho voluntário para dar um apoio mais completo às mulheres portadoras de câncer da cidade e região. Ao oferecer na sede oficinas artesanato, pintura em tecido, informática, educação física, bem como psicoterapia individual e em grupo, além de fisioterapia; a entidade buscou nesses 15 anos, dar apoio na fase aguda do tratamento, bem como reinserção social dessas mulheres, que em grande número, devido ao diagnóstico tardio, carrega pela vida, sequelas físicas e emocionais.
Rita Pezzali ainda comenta que o processo de alcance do atendimento do Banco de Perucas que disponibiliza perucas e lenços para uso durante a quimioterapia é grande e possibilita com que as mulheres tenham ainda mais autoestima durante uma das partes mais difíceis do tratamento com a perda dos cabelos.
História
A instituição foi fundada em 21 de agosto de 1989, tendo como Rede-Madrinha a entidade de São Miguel do Oeste e, como presidente Cilda Marchi. Um dos marcos principais da entidade foi a criação da sede oficial para prestar apoio efetivo e continuado às mulheres portadoras de câncer da cidade e região nas áreas de psicoterapia, fisioterapia e terapia ocupacional que aconteceu em 5 de dezembro de 2003.
Na época, o empresário Luiz Alberto Bonicedeu imóvel de sua propriedade, reformou-o e até hoje permite sua ocupação sem qualquer ônus para a entidade. A comunidade apoiou a causa com a confecção do primeiro volume do livro de receitas “Sabor e Saúde”, que possibilitou a instituição equipar a sede.
Dentre os serviços que atualmente são oferecidos está a Psicoterapia Individual e em Grupo, Fisioterapia, Terapia Ocupacional através de oficinas, Aulas de Ginástica e Dança, Oficina de Informática, Próteses Mamárias externas através de convênio com o CEPON, Banco de Perucas (disponibiliza o empréstimo de perucas, lenços e chapéuspara uso durante tratamento quimioterápico), visitas hospitalares no pré-operatório ou pós-operatório imediato, visitas domiciliares quando impossibilitadas de frequentar a sede, suporte medicamentoso e higienodietético quando necessário e acompanhamento dos tratamentos oncológicos pelas profissionais técnicas da entidade.
Além disso, a Rede Feminina de Xanxerê realiza a campanha “Outubro Rosa” anualmente como forma de conscientização da importância das consultas e exames periódicos para o diagnóstico precoce do câncer de mama.
Banco de Perucas
Desde junho de 2013, a RFCC de Xanxerê conta com atendimento do Banco de Perucas junto à sede, em um ambiente especialmente criado para proporcionar às mulheres em tratamento quimioterápico, toda privacidade necessária em um momento difícil de suas vidas. O Banco de Perucas funciona com agendamento prévio, através do telefone 49 34337444, de segunda a sexta-feira, das 8h30min às 11h e das 13h30min às 16h30min.As pacientes são atendidas por uma equipe treinada, formada pela psicóloga Mônica Gazziero, pela secretária Alana e pela coordenadora da Sede e também fisioterapeuta Michele Barbieri, que auxiliam na escolha e adaptação das perucas à pessoa interessada.
Geralmente uma paciente em tratamento quimioterápico costuma utilizar a peruca por seis meses a um ano. Durante este período, a peruca não poderá ser trocada e deverá ser bem conservada, pois após devolução e manutenção de rotina, será utilizada por outra paciente.
Ascom RFCC/Larissa Damian Trevisan