Tem projeto e proposta nova entrando para análise da Câmara de Vereadores de Xanxerê.
Segundo confidenciado ao Pe Louro, um Projeto de Lei está tirando os poucos cabelos que restam para alguns vereadores e assessores do legislativo xanxerense. Trata-se da redução ou limitação do número de diárias pagas pelo legislativo aos seus “colaboradores”.
Pouca gente sabe, mas atualmente a cada vereador tem o direito de utilizar até 20 diárias/ano para viagens e cursos realizados seja em território estadual ou até mesmo fora dele. Os valores variam conforme o local de destino de cada viagem, que geralmente ocorrem para Florianópolis e Brasília. O mesmo vale para os “assessores” que atualmente podem se utilizar de até 10 diárias/anos para viagens.
Nos corredores sacros, o que se fala é que já se tem uma proposta para reduzir e/ou limitar esse número a 12 diárias para os vereadores e 5 diárias aos assessores.
A proposta, no entanto, não está sendo bem digerida pelos parlamentares da campina e muito menos por “alguns assessores”.
Outro ponto interessante na proposta, é que para fazer o uso de diárias, só terá direito o parlamentar que atuar por pelo período mínimo de 60 dias, o que atualmente também não ocorre. E como todos bem sabem, muitos partidos para valorizar os suplentes realizam o “rodizio” dos candidatos, onde os titulares, abrem mão ou espaço para que os suplentes possam mostrar um pouco do que se propõe a fazer pela cidade.
Esse período geralmente é de 30 dias, onde “alguns têm aproveitado para estudar bastante com dinheiro público”. E apesar das viagens de estudo, nenhum projeto, proposta ou recurso foi aportado no município para justificar os gastos realizado com as diárias e viagens feitas.
E os burburinhos do uso de diárias não para por ai!
Seguindo o rito habitual e a falta de conhecimento ou até mesmo preparo de alguns dos nobres parlamentares da campina, para saber na porta de quem bater, ou a quem estender “o pires com a mão”, tem assessor se aproveitando da deixa para decolar ou “surfar na onda” e viajado mais do que os próprios vereadores (isso em 2021).
Há quem diga que tudo isso é pelo bem do povo e que estar acompanhado de quem já conhece o caminho facilita as coisas! Oras, mas quem deveria mostrar o caminho não são os deputados eleitos, sejam eles estaduais e federais? Se não for assim, por que muitos vereadores fazem então campanha para “fulano e ciclano”! – Seria mais fácil dizer, “me elejam que tenho assessor que me acompanha e sabe onde me levar”.
Nestas horas, onde fica o tal dito popular: Quem tem boca vai à Roma.
Por fim, cabe ressaltar aos nobres fiéis, que além das “diárias”, há ainda o custo para o legislativo ou para os contribuintes pagar de passagens (muitas vezes aéreas e combustível quando a viagem ocorre de carro).
Quando se procura trabalhar pela economia e gestão dos recursos públicos, o discurso enfático de todos os políticos é categórico, precisamos reduzir isso, reduzir aquilo. Agora quando o corte atinge “o próprio bolso” ou quando o corte ocorre na própria pele dói mais! Talvez por isso o descontentamento e manobras de uns e outros para tentar impedir que a ideia ou projeto de redução das diárias vá a votação.
Resta agora acompanhar os próximos capítulos para ver quantos ou quem irá pedir vistas do projeto (se ele for colocado a votação), para apresentar as ditas “emendas” afim de remendar, ou criar rabicho para que o corte não seja tão profundo!