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29/06/2020 às 08:14
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Quirera Gourmet – 29/06/2020

Quirera Gourmet
Por: Romeu Scirea Filho

Os números não caem

Há mais de cem dias com ações de combate à Pandemia sendo executadas, com aceitação variável pela população, os três estados do Sul do país passaram o final de semana com uma sensação entre “o que é que eu fiz de errado” e  “porque os números não melhoram”. Em países europeus, três meses de quarentena e ações preventivas seguidas com rigor pela maioria da população deram resultados bem melhores do que estamos vendo nos Estados do Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul. Mas lá,ninguém facilitou, nem liberou nada após algumas semanas, lá persistiu-se no combate. E ninguém minimizou o “inimigo”, a Pandemia! A ironia está em serem estes três estados costumeiramente chamados de “os mais europeus do Brasil”, e também se situarem entre os estados “mais desenvolvidos do Brasil” em muitas avaliações conceituadas. Em algumas cidades do Sul a necessidade de se decretar novo fechamento total, ou lockdown, passou a ser uma possibilidade que ninguém deseja, e que ninguém esperava. Mas é real! As razões para ainda não se ver redução no número de casos novos, diariamente, da Covid 19 na região Sul e também no Brasil, podem e devem merecer uma avaliação fria. Sem paixões ideológicas e sem teorias negacionistas da pandemia.

Volta-se atrás, Para Corrigir

Esta última semana de junho e do início de julho poderia estar nos trazendo uma situação bem mais favorável no combate ao novo Coronavírus. Mas não é isso que estamos vendo. As estatísticas e a famosa curva de casos positivos seguem em ascensão, quando poderiam ao menos estar dando sinais de estabilização. Agora recomeçam, apesar do quadro preocupante, aumentar também as pressões para “a volta à normalidade” econômica, como se a Pandemia e consequências fossem facilmente abolidas, como quem fecha uma porta. E infelizmente não é assim. Mas também infelizmente tem muita gente pensando que é assim mesmo! No Sul e no Brasil inteiro: Em Minas Gerais, estado que o despresidente chegou a apontar como exemplo a ser seguido, porque inicialmente não fechou as portas de atividades não essenciais, a situação agora exigiu o fechamento total, de tudo. E outros estados podem seguir o mesmo caminho. Porto Alegre e Curitiba, as duas maiores capitais do Sul, assim como Florianópolis, também tiveram que readotar medidas restritivas que haviam sido abolidas. Prematuramente, conforme muitos avisos de epidemiologistas, que foram ignorados! Agora, volta-se atrás, mas não ouvi ninguém reconhecendo que errou. O Prefeito de Milão, fez isso!

Por Falta de Aviso, de Novo, Não Foi…

Nesse período de pouco mais de cem dias é importante destacar que o país trocou de ministro da saúde duas vezes. Isso por si só já evidencia, sem chances de contestação, que não houve uma política de combate planejada, persistente e de longo prazo por parte do Ministério da Saúde, órgão que deveria estar à frente de todas as ações, ao lado e em sintonia com os estados e municípios. Mas também estamos longe disso. E foi isso o que se viu em praticamente todos os países que hoje já podem, se não comemorar, ao menos declarar-se senhores da situação ante a Pandemia, pois possuem números estáveis, ou a caminho de redução diária de casos. Mas no Brasil não foi isso que vimos, e o que continuamos a ver. Por aqui ao invés de convencer a população da gravidade da situação, optou-se (o despresidente optou) inicialmente por colocar em dúvida certezas que já deixavam o mundo todo em alerta máximo contra o novo Coronavírus. Até hoje, o despresidente deste país nega a Pandemia. Só não diz isso abertamente porque a imprensa que chega perto dele, ou não tem coragem de perguntar – e ser agredida; ou porque as chefias de reportagem não querem que se pergunte coisas desse tipo. A grande imprensa brasileira, há anos, trabalha de costas para o povo….

Um Ser Infalível Nos Desgoverna

Neste triste e desolado país, quem deveria ser o primeiro a dar exemplo e ser o primeiro a conclamar e unir a população para seguir rigorosamente as orientações de epidemiologistas e de autoridades da saúde pública…não fez nada disso, e pior, fez o inverso: Negou a gravidade da Pandemia, inventou tratamento com medicamento não recomendado, nem aprovado em diversas partes do mundo, dá péssimo exemplo ao aparecer em meio do povo sem usar máscara e, quando seu ministro da saúde começou a colher aplausos pelas ações que contrariavam as meras “convicções” do despresidente, ele demitiu o ministro. Suas previsões eram de que morressem uns 30 mil brasileiros. Já morreram quase 60 mil, mas o ilustre desgovernante segue sua caminhada de insanidade. E ainda colhe alguns aplausos do tradicional cordão de puxa-sacos…O despresidente, em qualquer assunto – até naqueles em que ele mesmo sabe que não domina e nem é especialista – ele não admite ser contrariado! Quer nos fazer acreditar que os votos que obteve nas urnas e o elegeram o transformaram em um “Ser Infalível”. E até a as pedras do calçamento sabem que até agora ele mais errou mais que acertou!

Mas a Culpa não É Apenas Dele

A claque ignara que segue aplaudindo desmandos desse desgoverno dança na mesma música que ele: Acusa os críticos o despresidente de comunismo, de estarem apenas querendo apeá-lo do poder, de não o deixar trabalhar (coisa que jamais fez em toda sua carreira política); de estarem falseando números para dar mais dinheiro aos governadores e prefeitos, que estariam roubando tudo; e, obviamente, continuam a negar a gravidade da Pandemia, igualzinho ao comportamento moleque e irresponsável de seu líder maior; É óbvio que a culpa da triste situação em que nos encontramos não é exclusivamente do despresidente: Boa parte da população não colaborou, não aceitou, não aceita e resiste a aceitar o que diz a ciência. E aí reside a culpa, ou a responsabilidade maior pela difícil situação que estamos passando e que tomara a Deus, não venha a piorar. Agora só nos resta mesmo a apelar a Deus, porque com o desgoverno deste país não podemos mais contar. Aos que discordam, proponho o seguinte raciocínio: E se a autoridade maior do país tivesse chamado a população como se a estivesse convocando para a guerra (que é o que o combate à Pandemia realmente exige), e fosse ele mesmo um exemplo a ser seguido, duvide-o-dó que a essas alturas os números já não estivessem caindo. Mas, diante da teimosia e do negacionismo apregoado pelo despresidente estamos aí, vendo ridículos brasileiros gritando que tudo não passa de um “comunavírus”! Preocupante. E muitíssimo lamentável. Triste Brasil!

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