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29/03/2021 às 07:50
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Quirera Gourmet – 29/03/2021

Quirera Gourmet
Por: Romeu Scirea Filho

Moisés Jogado às Águas, de Novo!

A comédia pastelão conhecida por Assembleia Legislativa do Estado de Santa Catarina, de alcunha Alesc, apresentou no sábado mais um ato do espetáculo ridículo conhecido por política catarinense. Um tribunal especial julgou, on line, a continuidade ou não do processo contra o Governador Carlos Moisés por irregularidades na compra de 200 respiradores, só a metade deles entregues, superfaturados, e todos com pagamento antecipado. Graças a cinco votos de desembargadores e de um (UM!) Deputado, o placar acabou em 6 a 4 favorável a se prosseguir a investigação e julgar o caso. Isso significa que a partir de amanhã (30/03) Moisés da Silva será novamente lançado às águas, por até 120 dias, com a Vice-Governadora, Daniela Reinehr assumindo mais uma vez a boleia da nau catarina. Preocupante: Não se sabe quem é mais inapto e incompetente para o cargo, se o titular ou a vice. Mas vale frisar: se dependesse da maioria dos deputados votantes no caso, Moisés estaria navegando em mar de almirante, e não jogado de volta às águas!

Nossas Excelências

Devolver Moisés à poluída baía Norte, apesar de chamar atenção, não foi suficiente para ocultar a pior parte do show, estrelado novamente por nossas excelências os deputados estaduais. Dos cinco deputados escalados para compor o tribunal – juntamente com cinco desembargadores, teoricamente melhores conhecedores de leis – apenas um votou, e seu voto foi decisivo, pelo afastamento do governador. Os quatro que votaram para livrar Moisés foram Marcos Vieira (PSDB), Valdir Cobalchini (MDB), José Milton Scheffer (PP) e Fabiano da Luz (PT). Coube ao Deputado Laércio Schuster (PSB) dar o voto que lacrou o placar em 6 a 4, pró afastamento. A defesa de Moisés alega que ele desconhecia os termos da compra. Admitindo-se que isso seja verdade – o que é difícil acreditar – mesmo assim, uma compra de alto valor e urgente ser ignorada pelo governador é atestado de omissão! E omissão, é crime também!

Bolsonaristas

O Deputado Schuster é ex-prefeito de Timbó, município do Vale do Itajaí e foi apoiador do governador, mas abandonou o barco. Ele também é filho de ex-prefeito de Timbó, pertencente ao PP, e disse que votou pelos valores da família catarinense! Provavelmente é bolsonarista e aliado à Vice-governadora Daniela. Ao que tudo indica foi da ala de apoiadores de Moisés e Bolsonaro, na eleição, que depois acompanhou Bolsonaro quando este e o Governador andaram se desentendendo. Essas diferenças também afetaram o relacionamento de Moisés com a Vice que é advogada, ex-policial militar e produtora rural em Maravilha. Daniela segue Bolsonaro e hoje também está sem partido. Na sua primeira interinidade, de 30 dias como governadora em 2020, a notícia que mais chamou a atenção foi a suspeita de que ela seria simpatizante do nazismo – preferência assumida por seu pai, tempos atrás. Daniela nega.

Saia Justa Aqui

Não chega a ser um caso grave, nem agudo, mas está garantido que os votos dos deputados produzirão sorrisos irônicos – e saias justas –  na Câmara de Vereadores de Xanxerê. Ficou bem engraçado, digamos: É que nossas excelências vereadores tem descido o cacete no (até amanhã) Governador Moisés. E são vereadores do  PP, do MDB e do PT – os mesmos partidos dos deputados que votaram a favor de Moisés. São os deputados Milton Sheffer (PP), Marcos Vieira (PSDB) e Valdir Cobalchini (MDB) e Fabiano da Luz (PT). Para completar a salada de frutas, outro vereador peemedebista, Rogério de Oliveira, é favorável ao governador. Na semana que passou chegou-se a divulgar durante sessão da Câmara a nominata de deputados que julgaram Moisés, na sexta-feira(26). Com a tradicional promessa “estamos de olho”, lembrando a eleição de 2022. A sessão de hoje na Câmara deve ter atrações especiais…

É ou Não É???

Vai daí e “posentão” que esse “munhêro” que vos fala entendeu mais nada e viajou na Quirera mesmo: Não sei mais se os vereadores têm nada a ver com seus respectivos partidos e deputados, ou se rasgaram o programa partidário ou, ainda, se pretendem enviar o tradicional e inútil voto de repúdio às nossas excelências deputados. Ou, talvez, se declarem oposição ao voto dos deputados de seus partidos. Cabe recordar que, em janeiro, quando da eleição da mesa, o vereador do MDB Rogério de Oliveira foi duramente criticado por contrariar seu partido, e votar no candidato apoiado pela oposição – o Vereador Serginho – que com esse voto foi eleito presidente. Bom, se fossemos seguir a coerência e o raciocínio lógico, pelo voto dos deputados lá em Florianópolis os vereadores xanxereenses do MDB, do PP e do PT deveriam, agora, cerrar fileiras na tropa de apoio a Moisés…É ou não é? Ou então, o que vale para os deputados, não vale para os vereadores, dos mesmos partidos? Tá difícil….

Médicos alertam Sobre Danos do Kit Covid

Cresceram muito nos últimos dias os alertas de médicos especialistas e autoridades em infectologia e epidemiologia, tanto sobre a ineficácia, quanto aos graves danos à saúde que os medicamentos incluídos no “Kit Covid” e/ou no “tratamento precoce”, comprovadamente estão causando, em muitos pacientes. Os alertas existem desde o início da Pandemia, feitos pela Organização Mundial da Saúde. Mas alguns poucos, com apoio de órgãos de imprensa tem insistido na indicação do tratamento. Uma das matérias do fim de semana, da Revista Veja, traz grave relato do Chefe de pneumologia do Incor, de São Paulo, Dr. Carlos Carvalho: “Aqui temos hoje 150 pacientes internados no Incor. Se eu fizer uma enquete, eu te diria que de 2/3 a 3/4 dos que estão internados –  a maioria intubados – tomaram o Kit Covid”, disse Carvalho. Para facilitar: 2/3 a 3/4 são de 60% a 75% dos pacientes de Covid intubados no Incor – dos quais uns 20% se salvam – tomaram o Kit Covid.

Transplantes de Fígado

Segundo Carvalho, “quem falou que deu Kit Covid e disse que o resultado foi estupendo não vivenciou o doente grave que está aqui, nas UTI’s e no hospital. A maior parte dos que estão aqui hoje, tomaram”. Em outra reportagem, do Jornal O Estado de S. Paulo na semana passada, Luiz Carneiro D’Albuquerque, chefe de transplantes de órgãos abdominais do HC-USP e professor da universidade, disse que “dos quatro pacientes colocados na fila do transplante no HC, dois tiveram condição de hepatite e morreram antes do transplante”. Segundo estatísticas do próprio Hospital, a média anual para transplantes de fígado girava em torno de oito, por ano. Número que foi superado apenas no mês de março, fato que ele atribui ao uso de medicamentos do Kit Covid..

Em Xanxerê Tem e Muitos

Na semana que passou autoridade local – que não é médico – fez críticas duras a médicos municipais que não receitam o Kit Covid. E na imprensa xanxereense não apenas ignora-se alertas sobre possíveis danos causados pelo Kit e pelo tratamento precoce, como praticamente toda a semana são feitas entrevistas aprovando e recomendando os tratamentos. É óbvio que cada um é livre para se tratar com o medicamento que quiser, desde que indicado por um médico. Mas também cabe lembrar que incentivar o uso de medicamentos ineficazes e com alto risco de causar danos à saúde dos pacientes pode caracterizar crime de propaganda enganosa, no caso da imprensa. E de responsabilidade ou imperícia, no caso de médicos. Meu foco, porém, não são os médicos, nem a imprensa. É que não são poucos os adeptos do Kit Covid que, julgando-se imunes, sãos e salvos, saem propagandeando a cura… E assintomáticos, espalham o vírus a torto e a direito! Enquanto a maioria se cuida e segue os protocolos. E como diz o povão, “é aí que me refiro”!

 

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