Hiper Badotti 93017
26/11/2021 às 07:10
Visualizações: 21054

Quirera Gourmet – 26/11/2021

Quirera Gourmet
Por: Flavio Carvalho

Festival de Besteiras- Febeapá!

Sérgio Porto, o irreverente Stanislaw Ponte Preta, satirizou, irritou e escandalizou a elite política e econômica deste Brasil com seu impagável “Febeapá – o Festival de Besteiras que Assola o País”, lá nos anos 1960, logo após o golpe militar que derrubou João Goulart. Segundo a Wikipédia, “Febeapá – O Festival de Besteira que Assola o País”é o título do primeiro livro de uma série de três do autor, cujo primeiro volume foi publicado originalmente em 1966 e que reúne os textos que ele publicara com o heterônimo de Stanislaw Ponte Preta, criado justamente para escrever as crônicas que revelavam com humor as coisas que ocorriam após o Golpe Militar de 1964, e eram publicadas no jornal “Última Hora”.

Contexto histórico

Mais, da Wikipédia: “O jornal Última Hora onde “Ponte Preta” publicava suas crônicas havia sido criado durante o segundo governo de Getúlio Vargas, por ideia deste, pelo jornalista Samuel Wainer: com isto o presidente esperava diminuir a forte oposição que os grandes veículos de comunicação vinham lhe dedicando. Mais tarde, o maior opositor de Getúlio naquele período, Carlos Lacerda, apoiara o golpe de 1º de abril, que levou os militares ao poder; vivia-se em plena guerra fria – a disputa que opunha os países alinhados com os Estados Unidos capitalista, de um lado, e a extinta União Soviética comunista de outro; os novos regimes ditatoriais proliferavam na América Latina, sob o pretexto de combate aos subversivos socialistas e com o patrocínio estadunidense”.

Incompetentes

Continuo na Wikipédia: “Num primeiro momento, o presidente escolhido de forma indireta pelo Congresso Nacional, general Humberto Castelo Branco, prometia fazer do país uma democracia, mas, aos poucos, tomou medidas que mergulharam a nação em plena ditadura: perseguiu a pessoas por suas ideologias, extinguiu os partidos políticos e criou o Serviço Nacional de Informações (SNI) para vigiar os cidadãos, entre outras medidas similares. Para conseguir estes objetivos, o novo regime colocou pessoas incompetentes em diversos cargos, todas procurando agradar o governo e, assim, cometendo aquilo que o jornalista Sérgio Porto viria a chamar de “festival de besteira”. Nessa época, ele e outros tantos jornalistas contrários ao regime se reuniam na redação do Última Hora, no Rio de Janeiro, onde recebiam cartas e notícias que alimentaram as suas crônicas que, sob o heterônimo de Stanislaw Ponte Preta”.

Filme Velho

O que estamos assistindo em 2021 no Brasil é filme velho, e piorado: Encher o governo de incompetentes foi a primeira providência do tal “Mito” – vide Damara, a moça da Goiabeira, Weintraub, Guedes, Moro, Milton Ribeiro, Ricardo Salles, Augusto Heleno, Eduardo Pazuello, Ricardo Velez, e o terraplanista Ernesto Araújo, entre outros. Com um time desses – de fazer inveja ao Íbis – não é surpresa alguma ver a montanha de cagadas que resultam das ações desse desgoverno: Desemprego, inflação, menos de 30% de apoio popular e aliança com o Centrão – a banda mais podre da nossa política, que ele jurou de morte! Aliou-se ao Centrão e, diga-se a verdade, …para não cair do cavalo….

Febeapá Era Melhor

Assim, melhor contar mais um pouco do Febeapá: “No primeiro volume do Febeapá, Porto reuniu 51 de suas crônicas publicadas entre 1965 e 1966, numa coluna intitulada “Fofocalizando”; nelas criticava, de modo irônico, as ações de militares, políticos e socialites do país. Nesta obra ele criou personagens cheia de malícia, como a tia Zulmira, ela mesma participante do “festival de besteira”. E o próprio “festival” se compunha de notícias verdadeiras que chegavam ao repórter que, em seguida, as incorporava aos seus textos. Um exemplo foi o caso de uma turista russa que, indo para o Uruguai, fora detida no Aeroporto do Galeão porque tinha uma protuberância estranha sob o vestido; criou-se um incidente até que se descobriu que a mulher, na verdade, tinha um defeito físico nas nádegas, que se acentuava quando andava – sobre isso, Ponte Preta publicou a nota com o seguinte título: “Respeitem ao Menos a Região Glútea”. (Fonte Wikipédia)

“Espião Soviético”

Outra do Febeapá: “Num outro caso, ele atacou um jornalista desafeto que tentava colaborar com o governo (conservou-se os erros propositais do autor e neologismos): “O contingente da DOPS que atua no Aeroporto do Galeão – não é pra me gambá – é dos que mais têm contribuído para o Festival de Besteira que Assola o País. Já recentemente tentou prender um diplomata russo que estava no Brasil há dois anos, baseando-se numa informação de Ibraim Sued de que o cara tinha sido expulso dos Estados Unidos há seis meses, como espião soviético. O elemento da DOPS que comandou a operação foi Murilo Néri, coleguinha de Ibraim na TV Rio e que, animado pelo fogo patriótico, esqueceu um detalhe importante: um cara que está no Brasil há dois anos não pode ser expulso dos Estados Unidos há seis meses”. (Fonte: Wikipédia)

“Jesus.com”

Em dezembro de 2015 o Jornalista Alberto Villas, da revista Carta Capital, ressuscitou o termo em nove páginas onde, após relembrar a obra de Sérgio Porto, relaciona casos que, para ele, exemplificam como o Febeapá continua existindo no país: o fato de o deputado Eduardo Cunha ter adquirido, em nome de uma empresa chamada “Jesus.com”, três automóveis de luxo levava a concluir que “os carrões de Cunha caíram do céu”! Em plena crise hídrica o governador paulista Geraldo Alckmin recebeu um prêmio da Câmara dos Deputados por sua excelente gestão à frente das empresas hídricas do estado; no Pará saiu um anúncio em jornal dizendo: “Casal evangélico precisa adotar uma menina de 12 a 18 anos que resida, para cuidar de uma bebê de 1 ano…”; o deputado fluminense Gilmar Fernandes Quintanilha fez um projeto proibindo uso no país de sutiãs com bojo, por serem uma “propaganda enganosa” fazendo as pessoas pensarem erradamente que a mulher tenha seios firmes e avantajados – entre outras tantas “besteiras” que ocorreram naquele ano no Brasil.”(Fonte: Wikipédia)

Como se vê, os políticos são os pais do besteirol que assola o país…. Há mais de cinquenta anos! Pelo menos!

Um Bom Final e Semana a Todos (as)!

Portal Ronda News

Antigo Ronda Policial

CNPJ: 26.383.651/0001-00
Rua Victor Konder, 1005
Centro Comercial Chaplin - Xanxere/SC
CEP: 89820-000

Dados de contato

(49) 9 8852-5789 - Direção
(49) 9 9154-7405 - Xanxerê
(49) 9 9934-5537 - Bom Jesus
rondapolicial@rondapolicial.net.br