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26/03/2021 às 05:58
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Quirera Gourmet – 26/03/2021

Quirera Gourmet
Por: Romeu Scirea Filho

O Penetra

Conflitos, problemas, costumes, desafios políticos e mundanos tradicionais, antigos, ganharam há um ano sua nova face, a cara da Pandemia. O Corona vírus, indesejado conviva de todos nós, ainda não deixou de ser um penetra dos mais inconvenientes, barrado apenas e com muitos protocolos, dentro de nossas próprias casas, e olha lá! Estar proibido de entrar num mercado, ou de tomar uma cerveja gelada no bar não é, a rigor, uma restrição gravíssima. Mas incorporar essas novas leis de convivência, como a que aboliu o direito a uma roda de chimarrão, ou a impossível visita a casa de amigos, aos poucos começam a pesar no reduzido roteiro cotidiano – de passeios entre o quintal, ou o banheiro até a garagem, ou à sala.

Calmaria

Ficar em casa – e achar uma ocupação útil, ou agradável, sozinho ou com uma ou duas companhias, as de sempre, diariamente – era moleza ou até mordomia, dentro da vida de correria que dominava nossa rotina. Essa rotina agora se chama calmaria, e sente falta daquele outrora odiado corre-corre, cansativo e neurótico, como se fosse imprescindível para nos manter vivos, ativos e operantes. Os ventos que levavam a gente a navegar por ruas e lugares rotineiros agora nos empurram e fixam nosso traseiro numa cadeira, como se fossemos um bode amarrado na sala, vigiados e cercados pelo Corona vírus. Medo…

Supérfluas?

Nos ensinaram que somos perfeitamente capazes de adaptações as mais estapafúrdias, difíceis ou inimagináveis, fisicamente cansativas e cerebralmente estressantes, e parece que isso é verdade! Talvez tenham esquecido de nos ensinar que tais adaptações implicariam em anular ou deletar outras práticas diárias compulsórias e completamente dispensáveis, por serem supérfluas. Mas estas assim mesmo eram parte do nosso subconsciente cotidiano – esse mesmo que agora começa a reclamar que está “faltando alguma coisa”, que não sabemos bem o que é. Podiam ser mesmo supérfluas, mas fazem falta! E então não eram…

Mesmo Barco

Ao mesmo tempo isso joga no ar uma tensão invisível, por sabermos que tais adaptações ocorrem tanto com o vizinho do lado como com aquele secular agricultor de subsistência, perdido nas imensidões da Manchúria, ou do Afeganistão. Nunca tivemos uma sensação tão palpável de que estamos, realmente, todos no mesmo barco. Ou melhor, no mesmo planeta. E também desconhecíamos situações que, igual a essa Pandemia, colocaram todos, poderosos e humildes, felizes e infelizes, ricos e pobres, diante da mesma lei! E mais que isso, lutando praticamente com as mesmas armas e (quase) as mesmas condições!

Quarto escuro

Cada vez que tais caraminholas aparecem aumenta minha certeza de que estamos passando por um grande teste, daqueles inéditos, nem anunciados, do qual sabemos sequer qual é sua finalidade. Estamos jogados num quarto escuro, como que de castigo – mesmo com as maravilhosas e ultrassônicas tecnologias de comunicação e de interação planetária. Posso ver e falar agora, ao vivo e a cores com minha filha que está no outro lado do planeta. E posso tentar ir até ela. Mas se eu for levo na mala esse quarto escuro da Pandemia, talvez impregnado na indispensável máscara.

Na Gaiola

Até a Pandemia aparecer havia grande impressão de que a monotonia e a mesmice dominavam a Terra e seus habitantes, sem exceções. Agora, o Corona vírus – esse indesejável (e provável) produto de nosso próprio descuido, desleixo, descaso e da nossa irresponsabilidade planetária e ambiental, nos transformou em viajantes contidos numa gaiola eivada de uma peste nova, desconhecida da Ciência. E não sabemos o destino final, nem as eventuais paradas, nem o trajeto da viagem. Por enquanto trazemos no bolso nossa única arma de defesa, uma simplória vacina! E não uma cara e poderosa arma de altíssimo poder de destruição, que também sabemos fabricar. Mas que hoje, serve para nada. Tivéssemos investido em matar a fome, não em armas, talvez não teríamos hoje o Corona vírus…

Nossa Arminha

E a viagem já mostrou que enfrentaremos muitos solavancos, buracos na estrada e também armadilhas completamente desconhecidas. E desconhecidas tanto da astrologia ou do ocultismo como da nossa atualíssima e competente Ciência: As tais mutações do vírus… Percalços que literalmente ninguém deste mundo, nem os mais ricos, nem os mais sábios, nem os mais poderosos sabem o que são, nem o que fazem, nem o que poderão causar, embora a impressão inicial nos diga que “coisa boa, não deve ser”! Por enquanto nossa arminha – as vacinas – que trazemos no bolso, dizem os entendidos, tem o poder de nos salvar. Mas isso deve ficar bem claro: É por enquanto. Amanhã, ou daqui algumas semanas, uma nova cepa de Corona vírus pode surgir, em qualquer canto. E nos deixar, ainda, contando os mortos, sem remédio, nem socorro à vista!

Os ET’s

Sou daqueles que acredito em disco voador, em Ovnis, seres extraterrestres. E não nego que as estas alturas do campeonato chamado Pandemia do Corona vírus, torço e rezo para que tais seres me aceitem e me reconheçam como seu amigo, ou um exemplar simpático às suas visitas por aqui, ainda que secretas. Lembro que fomos, eu e o amigo Ivo Dohl, os primeiros a visitar – em pele e osso – o primeiro agroglifo que surgiu em Ipuaçu, há uns dez anos. Vocês podem rir – ou até dizer que estou “cercando o frango”. Mas isso deve ter algum valor!!! E hoje mais que nunca ”o seguro morreu de velho”! A gente precisa é se armar de todas as crenças, de todas as forças, de todas as simpatias, e de toda fé!

O ”Outro Deus”

Se antes dizíamos que “o futuro a Deus pertence”, hoje talvez seja razoável e mais seguro acrescentar “a Deus e a quem mais possa nos acudir nesta hora”. Não estou menosprezando o poder divino…É que vendo tanta gente invocando a Deus para ele ajudar em tudo – até em práticas que nem as mesmas pessoas exercitam (e deveriam exercitar), como a fraternidade, o amor ao próximo e a honestidade, tenho lá minhas dúvidas sobre Deus ainda estar nos protegendo! Pelo menos da mesma forma como protegia há algumas décadas atrás…Nos tempos em que o “outro Deus”, o Deus Mercado, ou dinheiro, ainda não existia! E nem mandava no mundo!

Um bom, cuidadoso e saudável, fim de semana a todas(os)!

 

 

 

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