Sempre cultivei a ideia de aproveitar o azedo limão para fazer uma saudável limonada. Em qualquer situação desfavorável, sempre é possível encontrar algum lado positivo, algo bom! O coronavírus surge num momento em que o Brasil e boa parte do planeta vivem momentos que causam diariamente reações de incredulidade, pelo absurdo dos fatos, pela violência e principalmente pela falta de fraternidade, sentimentos humanitários e até da sempre na moda educação! Nas redes sociais – os grandes veículos de comunicação de agora – pode-se constatar a toda hora manifestações que ferem de morte a tal “superioridade humana”! Sem falar em situações de absoluto mau caratismo galopante: vi um pastor pedindo que agora o rebanho de fiéis faça doações em dinheiro para sua igreja usando…a internet! Nesse caso não é limonada. É caso de cadeia!
Um lado positivo desse fechamento geral é que AGORA pode ser um bom momento para refletir sobre o sentimento de comunidade e de coletividade. De refletir sobre preservação do maior número possível de vidas. E também sobre a construção de uma política saudável, com a adoção de atitudes honestas, justas e comprometidas com o coletivo. Que tal dar um chega para lá na ideia de “levar vantagem em tudo”??? E não esquecer velhos ditos, sábios e sempre muito úteis: Ninguém é dono da verdade; A vida é boa, porém breve. Então viva bem, aproveite cada hora, cada dia. Aumente sua tolerância com a ignorância; Não se irrite por qualquer coisa; PERDOE! E agradeça ao seu Deus pela vida que você leva!
Fiquei sabendo de um projeto promissor, ou no mínimo interessante: Grupo de pessoas de diversas profissões, formação acadêmica e ocupações, através de uma dessas pequenas siglas político-partidárias pretende lançar uma nominata de candidatos a vereador em Xanxerê. Até aí, tudo normal. Mas o vereador (pretendem eleger pelo menos um) eleito teria um organograma de trabalho mais ou menos pré-determinado e fixado numa linha principal: FISCALIZAR o uso de recursos públicos, não só pelo Poder Executivo, mas também e principalmente pelos próprios vereadores. Outra: O mandato seria dividido entre todos os que disputaram a eleição, para evitar que em determinado momento alguém possa se julgar “dono da bola” e mandar às favas metas e suplentes. A alternância no cargo seria uma salvaguarda para o caso de alguém se afastar dos objetivos pré-determinados. Na teoria o projeto é bom. Resta ver se funciona. E principalmente se elege um ou mais vereadores!
Gostei da ideia acima porque assinala bem vinda e saudável mudança de atitude DO ELEITOR xanxerense. Está na hora, também, de ampla campanha contrária à compra & venda de voto, triste “tradição” xanxerense. Diante da indignação e revolta nacional com a “classe” política chegou a hora dos bocudos, linguarudos, pés-de-encrenca e outros importantes críticos dos desmandos de políticos FAZER A SUA PARTE. Reclamar de maus políticos é bom e fácil, mas isso é só uma pequena parte, o mínimo do que precisamos. É preciso muito mais: Escolher e votar em políticos que apontem para mudança na maneira de se fazer política neste triste país. Fazer política e votar, especialmente, com o cérebro! Votar por paixão, simpatia ou (e principalmente) “para levar vantagem”, já era. São esses eleitores, entre outros, que mais reclamam depois. Vote em quem tem condições de exercer o mandato com honestidade, transparência e muito trabalho. Vereadores e prefeitos são funcionários públicos. E que dá emprego para eles, por quatro anos, é você, eleitor!
O Coronavírus adiou a Expo Femi para novembro e isso trouxe desdobramentos. Talvez o principal seja ver os candidatos perder talvez o seu mais vistoso palanque eleitoral. Em todas as eleições municipais a Expo Femi foi uma grande vitrine, a cidade inteira vai lá, e boa parte da região também. Agora, mais que na eleição passada, as redes sociais, a internet, o rádio e a televisão serão os palanques mais importantes. Outro complicador – o maior – é que o eleitor em geral anda com o saco cheio de políticos e da política. Resta ver se até a eleição essa rejeição vai diminuir, o que é difícil. Especialistas em eleições sempre alertaram para os diferenciais da eleição municipal. Nela, candidatos / eleitores se conhecem, convivem pessoalmente e as cobranças – ao vivo e a cores – são muito comuns. E mais difíceis para candidatos. Para entornar um pouco mais o caldo economicamente este ano está, desde, já no vermelho. O Coronavírus vai abrir muitos rombos, em todos os tipos de caixa.