De acordo com a Comissão que coordena os trabalhos de combate ao Coronavírus em Xanxerê, a maioria dos positivados para a doença até agora está na faixa de até 60 anos de idade. E entre estes a maioria têm menos de 40…. Ou seja: em Xanxerê o maior risco por enquanto ronda os mais jovens, o que não serve de alívio para ninguém. Mas pode, talvez, quem sabe, tomara, servir de alerta para os que ainda não querem acreditar na gravidade da situação. Não custa repetir: Muitos portadores do vírus são assintomáticos, não manifestam sintomas da doença e somente com exame diagnóstico vão ser considerados portadores. Alguns destes nem irão manifestar a doença, mas poderão transmitir o vírus para outros, mais vulneráveis. E aí é que mora o perigo: Para muita gente os velhinhos, ou com mais de 60 são os mais facilmente contaminados pelo vírus, mas isso nem sempre é verdadeiro. Entendo que os dessa faixa etária estão os mais precavidos com referência aos cuidados e prevenções recomendadas. Enquanto muitos jovens consideram que a Covid19 “é coisa de velho”. Lamentável preconceito e erro crasso de avaliação, conforme atestam os números de Xanxerê até aqui. E se analisarmos os números de muitos países, os mais velhos são os mais atingidos, mas as demais faixas etárias também têm muitas vítimas fatais. Então, de novo: Vamos nos cuidar, todos, sem exceção!
O eleitor da classe média brasileira de acordo com sociólogos, historiadores e cientistas políticos, joga mal e quer massagem. E isso já ficou demonstrado claramente em vários episódios. Para citar um mais recente, apenas, Collor foi eleito porque era caçador de marajás, e renunciou antes de cair, sob pesado bombardeio de corrupção e outras falcatruas comandadas a partir da singela Casa da Dinda. Deu no que deu. Semana passada, 30 anos DEPOIS, Collor reconheceu o erro de ter confiscado o bolso do brasileiro, ele…pediu desculpas! Collor, vale lembrar, cumpriu o período de inelegibilidade e voltou a ser eleito, sempre que concorreu. Hoje é senador. E nem precisou pedir desculpas para se eleger de novo…Não conheço Alagoas, mas nesse episódio, sem sombras de dúvidas, Alagoas é 100% Brasil, sil, sil! Situações muito parecidas, para não dizer idênticas ocorreram, ocorrem e vão ocorrer no futuro. Inclusive na Santa e (às vezes nem tão) bela Catarina.
É óbvio que não estou a criticar a classe média, da qual faço parte desde que nasci, por minha condição social, renda, etc. Mas faço parte porque ‘me carcaram’ esse rótulo, segundo parâmetros mundiais da economia capitalista, ocidental e cristã. Minha curiosidade aqui é tentar descobrir quem é afinal esse raio de classe, quem fala por ela, se tem razão social, nome de fantasia, apelido de infância, se usa piercing e tem tatuagens, e principalmente onde ela mora, ou reside, conforme o palavrório da própria classe. Sei que essa classe média faz parte de uma tal de nação – entidade definida como um povo, seu território, sua história, cultura, hábitos, riquezas, misérias… E a classe média também tem concorrentes, a classe baixa, também tachada de ralé, arraia-miúda, zé povinho, povão, miserê; e a classe alta, os magnatas, de grana ‘preta’, podre-de-ricos, suas excelências, megaempresários…Além de outras tribos menores.
Pobres e ricos comentam sem papas na língua sua condição e a classe a que pertencem. Mas não é muito comum encontrar pessoas que se auto intitulem classe média. A maioria da classe média se acha rico, ou pobre, sem meio termo! E a classe média também não serve de rebaixamento preconceituoso, para xingamentos e impropérios, do tipo, “seu classe média de merda, vai trabalhar vagabundo! ”. Ou “ classe média ladrão, explorador, corrupto”! Nunca vi esse tipo de bronca na classe média, nas outras, muitas vezes! Já li também que muitos profissionais liberais, pequenos empresários, produtores rurais, comerciantes, prestadores de serviços – representados por suas associações ou sindicatos, formam a maioria da classe média. Mas juntos não possuem uma entidade que represente a todos. Já os sindicatos de trabalhadores e os patronais representam as classes dos pobres e a dos ricos.
Então eu penso que a classe média é muda! E mesmo levando cacete toda hora, ninguém assume, ninguém veste a carapuça. O mais usual, eu acho, seria uma suposta autopromoção, e isso não é crítica: É justo hoje, neste país, considerar que uma pessoa rica é a que tem casa própria, profissão e trabalho, mas que precisa trabalhar todos os dias, chova ou faça sol. Mas em muitos países isso é classe média. E neles, a classe dos ricos trabalha quando quer, não precisa se matar todo-santo-dia, nem dá expediente ou qualquer uma dessas ”coisas de pobre”, como falam muitos brasileiros. E tem também a classe média modesta: “Sou pobre, não tenho dinheiro para viver viajando?? Vou só uma vez por ano pra Europa, passo só um mês, e fico pagando prestação até o ano que vem! ”, também são declarações atribuídas a viventes da classe média, os mais modestos…
O melhor de tudo isso é que, na realidade, ninguém é de classe alguma, somos (ou deveríamos ser vistos assim) todos seres humanos, cheios de erros e defeitos, que não gostamos de assumir, nem reconhecer. E gostamos, muitíssimo, de culpar os outros. “O Diabo são os outros! Eu, você, nossos familiares e os amigos mais próximos somos todos seres quase perfeitos (e isso porque a perfeição não existe!). Agora, o diabo são os outros! Tem uns que bá,… não dá para aguentar!”. Cá para nós, humanos, fala sério: a raça humana durou até aqui, mas está derrubando a casa de todos, estamos acabando com o planeta. E até agora ninguém fez nada para tentar frear essa loucura. Todo mundo fala em devastação, extermínio, esgotamento, depredação, poluição e degradação das condições do ambiente natural. Mas muito pouco se faz, na prática e objetivamente, para reverter essa tendência. Aí vem um viruzinho desconhecido e deixa o planeta todo de calças na mão. Vamos mal. Mas sigo otimista: vai melhorar!
Bom fim de semana a todos (as)! Cuidem-se!