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22/04/2021 às 07:59
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Quirera Gourmet – 22/04/2021

Quirera Gourmet
Por: Romeu Scirea Filho

Violência e Retrocesso

A condenação do policial branco que matou o negro Jorge Floyd, nos Estados Unidos, e reacendeu o debate sobre racismo em todo o planeta, tomara que sirva para frear a escalada mundial de violência. As maiores vítimas são as chamadas minorias, que inclui gays, indígenas e os mais pobres, especialmente negros, além das mulheres – que não são minoria, mas estão entre as vítimas de violência em ocorrências que só aumentam. E incluem ainda crianças, por mais absurdo que seja! Insanidade, ausência de valores éticos, banalização da vida, decadência moral e valorização da busca do sucesso são teorias que tentam explicar os absurdos.

Marca do Século

A realidade é que a crescente violência que mata diariamente crianças, negros, gays, mulheres, pobres e pessoas em geral consideradas “não muito importantes” caminha para ser a triste marca do Século 21, em apenas duas décadas. Não sei se sociólogos, psiquiatras e especialistas já estudam esse aumento da vontade de matar semelhantes. E justo num tempo em que seria razoável esperar que a civilização humana desse, ao menos, um sinal de estar finalmente começando a fazer justiça à fama do “único animal racional”. Há quem veja nisso mais um sinal de autodestruição da vida humana na Terra, uma hipótese sempre lembrada.

Aqui, Mais Armas!

No Brazil com Z de nazistas, o líder maior do país juntamente com seus filhos 01,02, 03 e 04(todos começam com zero), são os maiores defensores de armar a população até os dentes, facilitando a compra, o porte – e o uso – de armas. Não ficou bem claro, para a maioria, acredito, o que ele quer com isso. Mas um passarinho verde já me vazou que existiria aí alguma “compensaçãozinha”, coisa pouca, por parte da indústria nacional de armamentos, mercado que é praticamente um monopólio, dominado por uma única empresa. Isso sem falar na importação – também facilitada – de armas dos EUA, país onde “os zeros” possuem muitas amizades. E na poderosa indústria Norte-Americana, bom lembrar, o setor que sempre liderou e é o que mais move a economia é a indústria bélica.

Profecia

Assim e seguindo o profético raciocínio que ouvi há uns cinco anos, acredito mesmo que estamos mesmo num tempo de retrocessos gerais, no Brasil e no mundo. Tal raciocínio, feito por um amigo que considero uma das pessoas mais inteligentes – e a que mais lê – dentre todos que conheço, diz que tais períodos não são novidade alguma. Porque – disse meu amigo – já existiram períodos assim, antes, quando a Humanidade parecia – e estava realmente – em franca regressão, ou ficando mais burra, ao invés de mais inteligente. E cada vez que ligo a TV para assistir ao JN ou outro telejornal, as notícias me lembram do amigo. E ele, já adianto, é um direitista empedernido!

Marcha Ré

Esse amigo tem Doutorado na Holanda, já trabalhou por anos para a ONU, na África, e é o único leitor que conheço que pode ser considerado, sem exageros, um devorador de livros. Além de ser um profissional respeitado nacionalmente na área ambiental, com formação acadêmica em Agronomia, o cara ainda assim é otimista: Me garantiu que tais períodos de “marcha ré” não duram para sempre e que daqui a pouco, numa próxima etapa, voltaremos a “andar para frente”. A primeira parte de sua “profecia” me parece totalmente verdadeira. E espero que a segunda – a de voltarmos a usar mais a Inteligência, também. E se possível, o quanto antes!

Tesoura no Pescoço

Profecias a parte, o fato é que ninguém mais aguenta e nem há mais palavras para definir sentimentos tais como, por exemplo, os causados pela morte do menino Henry, de quatro anos, por seu padrasto – um vereador da cidade do Rio de Janeiro. E pessoa assumidamente religiosa, ou “gente do bem”- como erroneamente se diz.Também está provado, literalmente, que falta vocabulário para expressar, ou classificar as atrocidades – que não é mais eventual, nem é rara. Nesta semana mesmo a polícia de Chapecó investiga a morte de uma mulher, encontrada com uma tesoura cravada em seu pescoço. Principais suspeitos? A filha e o neto. As barbaridades, por aqui mesmo, são semanais.

Colônia

E considerando-se que no Brasil de hoje “tudo que é bom para os Estados Unidos, é bom para o Brasil”, esperamos que aqui – na maior colônia do “Tio Sam” na América Latina – a condenação do policial que matou covardemente e sem motivos sirva de exemplo – se não para muitos – pelo menos para os nossos agentes do Poder Judiciário. Muitos homicidas presos pela polícia acabam nas ruas, livres e soltos. Principalmente se tiverem, dinheiro para bancar bons advogados… Não estou usando ironia, porque com a política externa que o Brasil caminha no cenário mundial, não há dúvidas que o sonho de muitos é virarmos colônia dos Estados Unidos, de uma vez!

Cerceamento

E para dar sequência à série “nadando para trás” ou “de volta às cavernas”, vi no Jornal Nacional de  terça(20/04) que a Liberdade de Imprensa no Brasil decaiu quatro posições, e já tinha caído outras duas, em 2019. Hoje ocupamos o lugar de número 111, entre 160 países pesquisados. A pesquisa é da Organização Repórteres Sem Fronteiras que não tem nada a ver com petistas, comunistas, nem com esquerdistas. O estudo atribui o retrocesso ao cerceamento da imprensa. E principalmente ao negacionismo usado par minimizar a Pandemia. A matéria (“Brasil cai quatro posições em Ranking de Liberdade de Imprensa e fica na Zona Vermelha”) está no G1.

Culpa é da Imprensa

Na mesma linha, a Associação Brasileira de Rádio e TV (Abert) informou que em 2020 os ataques à Liberdade de Imprensa mais que dobraram. No relatório da Repórteres Sem Fronteira, Bolsonaro não recebeu maquiagem: “Insultos, estigmatização e orquestração de humilhações públicas de jornalistas se tornaram a marca registrada do presidente, sua família e sua entourage”, afirma o texto. Para a organização, “os ataques ficaram mais intensos com a pandemia de coronavírus – o presidente dissemina informações falsas e acusa a imprensa de ser a responsável pelo “caos no país”, diz o relatório. A Rede Globo entrou em contato com o Palácio do Planalto para ouvir o gabinete da presidência, mas não houve resposta.

Venezuela “É Nóis”!

E a pior notícia para fãs do despresidente: A mesma pesquisa compara o governo Bolsonaro ao governo da Venezuela de Maduro – outro negacionista, e de esquerda, que também minimizou a Pandemia e se ferrou, igual aqui! Lá a Liberddae de Imprensa também recuou. Para os “democratas” que vivem mandando esquerdistas para a Venezuela, pode-se dizer já que não é mais necessário ir até lá: A Venezuela “é nóis”! Ou, no mínimo, caminhamos rapidamente para isso! De certa forma este escrevinhador não se espanta mais com “o macaco em lojas de cristais” em que se transformou o governo do Brazil, zil,zil. Desde o primeiro turno da eleição preguei a amigos e conhecidos: Vote em qualquer um, menos nele! Mas votaram….

Censura!

No ranking da imprensa pesquisada, o Brasil ficou atrás, por exemplo, de países como Etiópia, Kuwait, Líbano e Bolívia, e além do negacionismo de autoridades, a imprensa – diz a pesquisa – também sofre com o “cerceamento de fontes”. Isso, em português popular quer dizer: quem tem a informação não abre o jogo, ou é proibido de passar as informações, de forma correta ou honesta. O caso do delegado da PF na Amazônia que denunciou o ministro do Meio Ambiente – e foi demitido em seguida – é perfeito exemplo do que seja cercear informação. No curto e grosso o nome disso é censura! E enquanto Jornalista, impossível fazer olhar de paisagem aos grandes grupos de comunicação que assistem tais esbulhos sem uma reação veemente e à altura à mais essa forma de violência! O retrocesso é geral…

 

 

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