(Da Série: “Vergonha de ser Brasileiro”…)
As primeiras três semanas de 2021, quem diria, já deram saudades do 2020. A alegria de começar a vacinação contra a Coronavid durou dois dias, graças às baboseiras diplomáticas e besteiras, no varejo e no atacado, disseminadas pelo Ministro Ernesto Araújo, ajudado pelos três patetas filhos presidenciais, mais o besteirol do pai deles, além de vasto abobral cometido por vários outros idiotas, mas esforçados e dedicados em falar besteira. Agora corremos atrás de vacinas e de matéria-prima para fabricar a vacina. Se isso ocorresse com um governo de esquerda, o presidente já teria sido impedido, varrido e preso, por praticar pedaladas! Mas, com Supremo, com imprensa, com tudo, o picadeiro do circo recebe, para o aplauso de todos, o respeitável público! No picadeiro e fazendo o papel de palhaço!
O aplicativo do Ministério da Saúde “TrateCov”, que recomendava o tratamento precoce a pacientes que têm sintomas que podem ou não ser da Covid-19, saiu do ar nesta quinta-feira (21). O “tratamento” indicado incluía medicamentos que, segundo demonstraram diferentes estudos, não funcionam contra a doença, como a cloroquina, a hidroxicloroquina e a azitromicina. O G1 tentou acessar a página de diferentes computadores, mas ela não abre. O G1 também entrou em contato com a assessoria de imprensa do ministério e, até a última atualização desta reportagem, não havia obtido resposta sobre o motivo de o TrateCov estar fora do ar. A plataforma foi lançada, inicialmente, apenas para profissionais de Saúde de Manaus, mas qualquer pessoa podia acessar, preencher o cadastro e obter as receitas. A cidade enfrenta um cenário de caos pela falta de oxigênio para pacientes – e recordes de mortes por Covid.(Fonte: G1 – 21/01/21)
Pode-se achar que é exagero dizer isso, e alguns vão mesmo achar ridículo. Vou aceitar a pecha, mas pergunto: Você, distinto e culto (a) leitor (a), conhece algum outro país deste ou de outros planetas, onde o líder da nação, ou de um exército de milicianos que, em plena Pandemia que já matou mais de 200 mil pessoas, se recuse a tomar vacina? Conhece algum? Votou-se num ignorante para comandar o país e ele, o ignorante, continua presidente. Mas os que votaram nele….a maioria, sumiu! E os que restaram, entre admiradores da ignorância presidencial que infelicita esse povo, ainda têm o desplante e a desfaçatez, a cara-de-pau, para defender o que já totalmente indefensável. Em dois anos, o Brasil deve ter regredido uns 30 ou 40 anos, em muitas áreas em que o desgoverno está “atuando”….
Na área da saúde a vista panorâmica daqui algumas semanas, ao que tudo indica, vai escancarar: estamos em pleno caos. Geração de empregos, medidas para reativar a economia, são assuntos proibidos, eu acho. Porque não se fala mais nisso. E muito menos o desgoverno dá sinais de que está sequer pensando em lançar, ou mesmo cogita em alguma ideia. Nada vezes nada! A inflação anda à solta e promete muitas surpresas. Nossas maiores riquezas, a Amazônia, o Pantanal, o Pré-sal estão aos poucos sendo tomados por especuladores aventureiros e mercenários. Até parques nacionais de preservação, aqui mesmo em Santa Catarina, estão sendo “privatizados” – palavrinha mentirosa quem, na verdade quer dizer “dados de graça para os poderosos amigos do rei”. O Agro, como sempre vai muito bem graças a Deus. Mas os preços de alimentos dispararam…
O noticiário da imprensa agora resume-se às desventuras, cagadas e frustrações com a obtenção de vacinas para imunizar o povo, enquanto seguem morrendo, em média, cerca de mil brasileiros, por dia! E o Ministro da saúde é um general. Mas pior que isso foi ele confessar que nem sabia o que era um tal de Sistema Único de Saúde, o SUS. Ou seja, além de incompetente, o general-ministro é um baita cara-de-pau e teve a coragem de dizer isso! Depois de muito insistir em remédios que, desde o início, foram considerados inúteis e impróprios para curar a Covid19, muitos brasileiros foram enganados com uma balela chamada, no caso da Pandemia, de “Tratamento Precoce”. Nome bonito para disfarçar uma enganação desmascarada no mundo todo que, aqui, no “bananão” ainda tem gente que acredita! O tratamento tem até o nome errado. Deveria ser “Burrice precoce”!
A proposta orçamentária para 2020, elaborada pelo governo Jair Bolsonaro (PSL), reduz em 18% os recursos totais do MEC (Ministério da Educação) com relação aos valores autorizados de 2019. As reduções vão da educação básica à pós-graduação, mas o impacto será muito maior no financiamento de pesquisas e nas contas de grandes universidades federais. O maior corte ocorre na Capes (Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior), que financia pesquisadores da pós-graduação e também professores de educação básica. (Fonte: Diário do Centro do Mundo).Esta matéria, publicada ontem (21/01) trata do orçamento do ano passado. Mas para 2021 aconteceram mais cortes….
Pela proposta, o órgão vai perder metade do orçamento: sai de R$ 4,25 bilhões, segundo o valor autorizado para 2019, para R$ 2,20 bilhões em 2020.A Capes sofreu um congelamento de R$ 819 milhões de recursos deste ano. O órgão já cortou 6.198 bolsas neste ano, equivalente a 7% do que havia no início do ano. O projeto de Lei Orçamentária de 2020 foi encaminhado ao Congresso Nacional pelo governo federal na última sexta-feira (30/8). O MEC terá um orçamento previsto de R$ 101 bilhões em 2020, contra R$ 122 bilhões aprovados para 2019. (Fonte: Diário do centro do Mundo). Enquanto isso acontecia, em 2020, verbas para gastos militares tiveram expressivos aumentos. Não há justificativas para cortar recursos da saúde e da educação para investir em armamentos!
Quem assistiu ou leu sobre os últimos anos da ditadura militar (1964/1988) deve lembrar da birra dos militares brasileiros com a expressão “países subdesenvolvidos”, que incluía o Brasil. Eles solucionaram “o problema” com a “exigência” de que fosse adotada, ao menos aqui no Brasil, a expressão “países em desenvolvimento”, o que acabou sendo feito pela grande imprensa nacional, sempre atrelada a governos impopulares e autoritários. Ontem, o Ministro da Educação, Milton Ribeiro, atribuiu a baixa presença de estudantes na primeira etapa do Enem, à “imprensa de oposição”, por ela supostamente ter estimulado estudantes a não comparecer ao Enem, devido à Pandemia….Não vi qualquer esforço deliberado da imprensa neste sentido. Mas se tal incentivo tivesse acontecido, seria algo sensato e recomendável, diante dos números da Pandemia no Brasil. E também diante da atuação do desgoverno brasileiro. Isso de culpar a imprensa nos remete exatamente aos tais países subdesenvolvidos. A culpa da imprensa sempre é a desculpa de (des)governos autoritários e incompetentes, para os problemas gerados pelo próprio (des) governo! Nesta sexta-feira, 22 de janeiro de 2021, não tem, no mundo, nada mais parecido com um país subdesenvolvido do que o Brasil!
Um (se for possível) bom fim de semana a todos (as)!
(Contatos com a Coluna: romeujornal@gmail.com)
Quirera Gourmet