Fechamento de bares, limitação no número de pessoas que podem se reunir em festas, proibição de festas, uso obrigatório de máscaras, entre outras são medidas que foram adotadas novamente, no último final de semana, em pelo menos sete países europeus, incluindo Reino Unido, Inglaterra, Alemanha, França e Espanha. Em Santa Catarina segundo relatório da Secretaria de estado da Saúde divulgado no domingo (18/10), a situação da região da Grande Florianópolis é a mais preocupante, com uma aparente nova curva de crescimento no número de casos. Mas nenhuma das outras regiões pode ser considerar tranquila, embora os casos e os óbitos estejam diminuindo. Em Xanxerê é visível nas ruas o aumento de pessoas circulando sem máscaras – o que continua proibido.
Na região de Florianópolis ficou bem claro, no feriadão de 12 de outubro, com forte calor e praias lotadas, que a temporada será mais quente, também em termos de notícias da pandemia. Assim, o verão que se aproxima, muito provavelmente, trará problemas. Por conhecer bem Oeste e o litoral – apesar de não ser fanático por praia e banhos de mar – não tenho dúvidas de que a corrida para a praia, neste ano, pode acabar em praias lotadas…E depois, fechadas, com hospitais lotados. Ninguém quer isso, é lógico, mas as evidências não apontam, e ao contrário, negam, que as medidas restritivas às aglomerações devido à pandemia sejam mantidas, ou respeitadas. Infelizmente. Que a Pandemia já ”encheu o saco”, todo mundo sabe. O que muitos fazem de conta que não sabem e nem querem saber, é que se os casos voltarem a crescer – como está parecendo que vai – isso não vai ser bom para ninguém!
Em contato com amigos que moram em Floripa, jornalistas e pessoas ligadas aos serviços de saúde, a preocupação com a tradicional “invasão” de turistas no final do ano, e depois em janeiro e fevereiro já fez acender a luz amarela. A expectativa maior é conferir os números até o final de outubro, especialmente, uns quinze dias após o feriado de 12/10… Mas antes ainda, finais de semana “de praia” lotaram a areia na maioria das 40 e poucas praias da ilha. E ninguém está dando muita bola para a proibição de permanecer na praia. Estão liberados passeios, caminhadas e banhos de mar. Mas o que mais se viu foram cadeirinhas, guarda-sóis e muita gente deitada, “pegando um bronze”.
Curtir a beira mar, principalmente para os estão acostumados em todos os verões, é um merecido lazer. E para muitos, também é a maior chance de faturar uns troquinhos extras, muito benvindos nesses tempos. Quem já morou em Floripa conhece gente que fatura bem no verão para ter alguma “folga de receita” no resto do ano. Em compensação por lá a prefeitura já mostra preocupação: Ontem já anunciou que não vai promover a tradicional queima de fogos na beira-mar, para esperar 2021.Não por acaso, ao que parece, o próprio prefeito da capital dos catarinenses baixou hospital, no fim de semana. Covid19…
E para completar os descuidos ou desleixos com a Pandemia, as eleições de 15 de novembro “tiraram o foco” da Covid 19 na imprensa. Tanto as mídias de maior força nos municípios como na imprensa estadual. Era o que faltava para as aparências de que “o pior tinha passado” ganharem “uma força” e afrouxarem as medidas preventivas. E até a eleição pelo menos, nada aponta para reverter a tendência de pensar e agir como se a Pandemia tenha se acabado. Nem mesmo um inédito, eu acho, clima eleitoral de pouco interesse que se vê entre eleitores – ao menos em Xanxerê e no Oeste em geral – ajuda a manter o foco na Pandemia. O fato é que a maioria saturou, encheu, não quer mais nem ouvir falar em Corona Vírus, Pandemia, isolamento, máscaras e principalmente em fugir de aglomerações. Ao se aproximar, também, o final do ano o clima é parecido com o de quinta-feira: ”Amanhã começa a festa do fim de semana”. Ou a festa de final de ano.
Há que se reconhecer algumas boas observações, em relação a essa “quarentena de oito meses”: Em agosto e setembro, mais ou menos, o pessoal caprichou na prevenção, talvez porque julho foi de arrepiar, em todo o Brasil, quanto ao crescimento de casos e de óbitos. Mas outubro e as altas temperaturas serviram para “passar a boiada”, igual ao que disse um certo ministro. E muita gente decretou, por conta e risco o “chega de Pandemia”, ignorando que sua decisão também afeta as pessoas que se cuidam e, principalmente pessoas que, se chegarem a adquirir o vírus, dificilmente poderão escapar com sua preciosa vida. Os grupos de risco, mostram as estatísticas, confirmaram que estão entre os mais suscetíveis a ter uma recuperação demorada e difícil, se conseguirem se recuperar. Defender, nessas horas, que se mantenha a guarda contra o Corona Vírus é quase um ato heroico, falando-se de verão e de brasileiros em geral. Mas nesse verão – igual a quase tudo neste 2020 – é um mal necessário!
…As esperadas e ansiadas vacinas até sumiram do noticiário. Sem elas, qualquer tentativa de se pensar que o pior já passou, é fria. Na Europa cidades de vários países reeditaram o lockout, ou cancelamento total de todas as atividades não essenciais. Em bom português: Fecharam tudo e acenderam a luz vermelha! Infelizmente também é necessário relembrar que a Covid-19 é uma doença novíssima, sem qualquer previsão ou prognóstico sobre como seria uma eventual segunda onda de contágio em massa, se infelizmente ela ocorrer. Resta, ainda e com mais esperanças, que a bendita vacina seja finalmente fabricada e distribuída, aqui e no mundo inteiro.
E de cima do seu Doutorado em ignorância, o elemento que desgoverna esse país produziu mais uma de suas pérolas de irresponsabilidade e de pouco caso com a saúde pública: Disse com todas as letras que a vacina contra o Covid 19 não será obrigatória. Bem que algum dos inteligentíssimos assessores do elemento poderia ter alertado aquele elemento que em casos de PANDEMIAS, a vacinação é, sim, obrigatória, por lei. Daí encontrei um xanxereense eleitor do despresidente, que me questionou: ”. Como é que tem vacinas para crianças que são obrigatórias e as crianças não são vacinadas? Faz o que daí? ”…. Com a maior educação e boa vontade que consegui reunir na hora disse a ele que se os pais não vacinam as crianças é por pura e grossa ignorância. E que eles deveriam ser, sim senhor, penalizados pela omissão! Vacinas, só para iluminar um pouco o ambiente, são recomendadas, aceitas e aplicadas no mundo inteiro. Mas, nesse inacreditável país, existem igrejas e outras organizações – que “capricham” para manter o povo na escuridão – que condenam as vacinas, qualquer vacina! Daí, nem com “jisuis” na causa!
Quirera Gourmet