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21/09/2020 às 07:19
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Quirera Gourmet – 21/09/2020

Quirera Gourmet
Por: Romeu Scirea Filho

Vote com a Cabeça! Não “de bico”, E Muito Menos Com a Canela…

Há menos de 60 dias para as eleições municipais, ainda não dá para dizer que a chamada “festa da democracia” esteja provocando grande expectativa. Apesar de ser normal as atenções se tornarem maiores somente ao se aproximar o dia da votação, e de a eleição municipal envolver mais diretamente pessoas que vivem próximas entre si, observo poucas atrações, a princípio, para o show de 15 de novembro: Ouvi voluntárias declarações de várias pessoas manifestando a vontade de “não votar em ninguém”, e ouvi zero manifestações espontâneas de eleitores anunciando seu voto, ou vangloriando seu candidato. Se olharmos para a “paisagem política”, é fácil e razoável considerar normal o desinteresse.

Não podemos dizer, definitivamente, que o eleitor brasileiro tenha, historicamente, ficado satisfeito com suas escolhas na urna. Os eleitos, majoritariamente e rapidamente, têm frustrado a maioria dos que o elegeram. Os governos não cumprem o que prometem e, pior, recentemente têm causado mais tristezas e decepções do que melhorias ou motivos para comemorações. Desde a eleição do Ex-presidente Collor parece que o brasileiro quer um presidente que faça milagres. Daí escolhe-se um santo e vota-se maciçamente para sua imediata canonização…Mas com o passar de alguns meses os milagres desejados, ansiados e intensivamente solicitados a Deus, simplesmente não acontecem e, pior, a vida de muitos, talvez da maioria, fica pior do que estava…

Votar é preciso!

O brasileiro vai às urnas como quem vai à igreja pedir um milagre, para ontem. E nessa urgência em resolver seus problemas particulares, familiares, complica-se ainda mais. Ao que parece reza e pede o milagre para o santo errado, que na maioria das vezes tem nem o cheiro da santidade. E além de não saber nada de milagres, o eleito ultimamente mostra-se inepto, incompetente e pouco afeito para governar, ou mesmo para trabalhar e merecer o salário que o povo que o elegeu lhe paga, regiamente!

Mesmo assim, acredito que deixar de votar é a pior opção a ser tomada, primeiro porque errar o voto é uma maneira de aprender a votar. Se não votar, nunca vai aprender…E depois porque que se o vivente não dá sua opinião quando é obrigado a fazê-lo, como cidadão, eleitor, pagador de impostos e habitante, depois, se for honesto, moralmente perde até o seu legítimo de reclamar. É recomendável nesta eleição e em qualquer eleição fazer um paralelo, recapitular e lembrar do voto dado da eleição anterior, no caso a que elegeu o atual despresidente, governadores, deputados e senadores.

Perder é o de Menos…

Na parte que me toca, não votei no atual despresidente e, não por isso, mas por achar que até agora o elemento não mostrou serviço, e fez nada que preste, é para mim visível e audível que o eleito decepcionou muitos de seus eleitores, inclusive os mais fanáticos e/ou esperançosos…Igual ao que aconteceu com Collor, porém, também há quem ainda insista em lhe apoiar e fingir que não enxerga as balbúrdias que o atual desgoverno vem causando no país, para piorar a vida da maioria dos cidadãos. Digo para a maioria porque a elite econômica desse país, uma minoria que manda e não pede, deve estar exultante. Tal elite só lamenta e xinga quando a maior porta-voz da mesma elite, a Rede Globo, desaprova a maior parte da montanha de decisões equivocadas, absurdas e desastrosas do despresidente. Mas muitos já reconhecem que erraram, e feio, o voto!

Dedo Podre!

A soberba do brasileiro em geral, e sua mania de se achar o tal, dificulta muito e às vezes até o impede de reconhecer que votou errado. Existiam vários candidatos a presidente melhor preparados – e isso foi dito e redito muitas vezes, por muitos brasileiros, antes e depois da eleição. Mas o brasileiro votou para eleger um santo, ou um gênio. Votou com o dedo podre, ou de canela… E o eleito não é santo e nunca mostrou, antes, sequer ser inteligente. Por estas e outras, acho razoável chover no molhado – alguns acreditem que isso não muda coisa alguma – e dizer: Pense bem, analise bem os fatos, a história, e as ações do candidato a prefeito e a vereador ANTES de votar. E não esqueça de observar, atentamente, que anda com ele, quem são seus companheiros e apoiadores. Aquela célebre frase “diga-me com que andas e te direi quem és”, sempre é muito válida ao se definir um voto.

Vergonha do Brasil!

Particularmente sinto uma enorme paz – e uma alegria meio envergonhada em dizer que votei mais em candidatos que não se elegeram do que em vencedores de eleições. E confesso, mais envergonhado ainda, que tenho que rir, apesar da desgraça que nos atinge, a todos, com esse desgoverno. Porque não sou responsável pelo que estamos assistindo, não foi nisso que votei! Porém pela primeira vez em 66 anos tenho que admitir: Estou com vergonha do Brasil! Nunca senti esse país tão desacreditado lá fora, nem o brasileiro que mora aqui tão incrivelmente espantado com o que acontece no seu desacorçoado país. Não vivemos uma semana sequer sem que aconteça algo muito ruim, sempre com a participação, explícita ou escondida, desse desgoverno.

Votar, sempre!

Então, nesses 50 e poucos dias que restam para a eleição municipal, resta já uma expectativa, de minha parte muito grande, para ver qual será a tendência majoritária dos senhores e senhoras eleitores e eleitoras de Xanxerê, do estado e do Brasil. Não tenho ilusões: Santa Catarina e o Oeste são habitados majoritariamente por pessoas conservadoras, mas nem por isso menos inteligentes. No estado o atual despresidente teve a maior votação percentual do país inteiro. Hoje, as pesquisas apontam que ele tem ainda o apoio de cerca de 34% da população em geral. Daí surgem várias curiosidades: candidatos que o apoiam, vão se eleger? A ideia de eleger “santos novos” segue válida? Será que os escolhidos serão os, teoricamente, mais preparados? Não sei, mas, mesmo sem dizer que vou rezar – porque não rezo para essas coisas, vou torcer que os melhor preparados vençam! De qualquer forma, se lá pela metade de 2021 o prefeito eleito – seja quem for – já tiver desiludido a maioria dos seus eleitores, vou continuar, sempre, defendendo a democracia e o voto. Vivi vinte e poucos anos de uma ditadura, e posso assegurar, garantir: Foram os piores anos de que tenho lembrança! Vote! Mas vote com a cabeça, não com o coração, nem com o bolso, e muito menos com a canela! Votar “dando de bico”, ou com pontapés, está visto, é pura desgraceira! Não funciona!

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