Seria hilária – se não fosse trágica – a última invenção de próceres bolsonaristas (envergonhados, disfarçados e arrependidos ou não) para não ver (nem criticar, é lógico) a destruição que este despresidente está causando aos Brasileiros e ao Brasil. Falo de se criticar “a polarização política”, como chamam a discussão entre prós e contras o governo federal. Criticam como se a tal “polarização” fosse, ela em si, o problema…porque ela estaria “enchendo o saco” e “que só se fala nisso”, e….(aí se entregam) que “cada um tem direito de gostar ou não”. Certíssimo. Mas também cada um também tem direito, e o dever, de criticar os absurdos que vemos esse despresidente e seu desgoverno praticar todos os dias. Tudo sob o beneplácito olhar de paisagem de uns 90% da imprensa, aí incluídos a mídia impressa, a televisiva e o rádio! Apenas a Rede Globo mantém um certo olhar crítico – e ao seu modo e quando suas conveniências exigem. Mesmo quando faz críticas ao desgoverno federal, a Globo olha primeiro para suas prioridades. E a número um, neste momento, é manter, a qualquer custo, o Ministro Posto Ipiranga, Paulo Guedes, para fazer todas as vontades do “Deus Mercado”. E a última do “Posto Ipiranga” é querer ressuscitar a CPMF…
Mas nem Guedes e suas patranhas impedem que se critique apenas e tão somente, a tal “polarização”. Não bastam as recentes ameaças externas de retaliar o Brasil por conta das barbaridades que o desgoverno está implementando contra a Amazônia e contra a legislação ambientalista? Não basta o desgoverno ter acabado com a previdência e com a CLT, prometendo recuperar empregos, que nunca recuperou? Não basta o desgoverno nomear generais inaptos para cargos de ministros, inclusive na saúde, em plena Pandemia? Não basta mais de 70% da população dizer que não confia e nem se sente representado neste desgoverno? Não basta até o ídolo maior deste despresidente dizer que sua política de combate à Pandemia está errada? Não adianta vários países estarem proibindo a entrada de brasileiros, por conta de o país ter se tornado, junto com os EUA, um epicentro de contaminação da Covid19? Enquanto criticam a polarização, hipócritas fecham os olhos, falam nada, fazem olhar de paisagem para as muitas barbaridades que rolam, diariamente….Então, por favor, em nome de um mínimo de seriedade e de inteligência que o momento exige, não me venham com essa de criticar “a polarização”: Ela sempre existiu e sempre vai existir. E o nome correto dela é “oposição”! Na prática, na pura verdade, os que criticam a tal “polarização” gostariam que houvessem apenas elogios. Nenhuma crítica. Tais viventes acreditam, penso eu, que o paraíso terrestre existe. E que fica bem aqui no Brasil! Zil, zil, zil!
Aqui no bravo Oeste catarinense, região tradicionalmente conservadora e com folgada hegemonia de partidos da direita política, pode parecer inocência ou redundância dizer isso, mas vou falar mesmo assim: Aprendi na escola e na vida que a PLURALIDADE de leitura da realidade e de posições políticas é imprescindível, fundamental e insubstituível não apenas à Democracia. A pluralidade também vale tudo isso e até mais para se construir e desfrutar de uma convivência inteligente e produtiva em qualquer comunidade, cidade, região ou país. Não existe atraso racional maior que todos achando exatamente a mesma coisa, todos aplaudindo só o amarelo, todos dizendo que tudo está ótimo, que não é preciso mudar nada. E que nem se deve falar nisso, se você criticar estará politizando e polarizando o debate! Hitler, Stalin e outros ditadores, da esquerda e da direita, pensavam bem isso! Elogiar, é claro que pode, sempre e em qualquer circunstância. Mas eu acrescentaria: ”Quando o elogio for merecido”. Não vi, em mais de ano e meio de desgoverno, alguma coisa que mereça elogios….E diante das recentes denúncias que mais uma vez comprovam a tal “Rachadinha”, nem o fajuto argumento “pelo menos não rouba” cabe mais no barco deste desgoverno. O resumo da ópera, para mim, é “joga (muito) mal. E quer massagem”…
Em Xanxerê, poderia dizer que com orgulho mas digo apenas com preocupação, ninguém ousa criticar o despresidente do desgoverno federal, na imprensa. E apenas timidamente e só agora, em plena Pandemia que se agrava, começa-se a criticar o governador Moisés…Talvez porque aqui ambos – despresidente e desgovernador – receberam muitos votos. Ou porque aqui existem muitos arrependidos que não reconhecem, ainda, terem escolhido tão mal seus representantes. Lamentável! Em tempo, uma correção: Em Xanxerê apenas um espaço da imprensa critica o despresidente: É o Quirera Gourmet! Com muito orgulho, aliás. Agradeço muito e mando um sincero abraço aos mais de 4 mil leitores que acessam esse espaço, de segunda a sexta! Obrigado! Vocês mostram que a polarização é necessária. E não transmite Coronavírus! E agradeço também o valioso e construtivo exemplo de respeito à liberdade de Imprensa e à liberdade de opinião exercido com responsabilidade, profissionalismo e maestria pelo amigo Flávio Carvalho, Diretor deste “Plantão Policial”. Quirera vai continuar bem assim! Goste ou não o pessoal que critica (SÓ) a “polarização”! Arghhh!
A recomendação de lavar as mãos é muitíssimo indispensável ao combate da Pandemia. Mas daí até um governador ou um presidente ou um prefeito afirmarem que “lavam as mãos” no combate à Pandemia vai uma distância daqui até Plutão! Presidente, governador e prefeito foram eleitos e são regiamente bem pagos para fazer o que está na lei. E isso inclui trabalhar pela saúde pública e para manter a população livre de Pandemias! Começou essa novela pelo despresidente dizendo que a responsabilidade seria de governadores e prefeitos. Depois o desgovernador de Santa Catarina disse que lavava as mãos e passava a bola para os prefeitos… Vamos deixar claro o que nem precisaria ser deixado claro: Vossas excelências estão no cargo onde estão porque foram eleitos. E são pagos para trabalhar, não para lavar as mãos! Se não estão contentes com o salário, peçam o boné e vão para casa. É fácil! Sentindo que só lavar as mãos adiantava nada desgovernador baixou, na última quinta-feira, novas restrições que passam a vigorar hoje (20/07) em várias regiões do Estado, incluindo a microrregião de Xanxerê. Na prática o anúncio tem como maior – e talvez o único – mérito alertar a todos sobre a gravidade a situação. As medidas restringem aglomerações e circulação de pessoas, muito pouco para a crescente e ameaçadora curva diária de aumento de casos.