Ninguém admite nem falar nisso, mas não estamos livres de uma “nova onda” da Covid 19. E isso não é “azaração”: No ritmo em que anda a vacinação e na velocidade em que se vê muitos declarando o fim da Pandemia – por conta e risco, a possibilidade é real. Não vacinamos ainda 20% da população com a primeira dose, e nem 15% com as duas. Pior: daqui para frente todas as faixas etárias possuem mais pessoas a serem vacinadas, e o número de vacinas disponíveis não acompanha esse aumento da demanda. Ao contrário, nos próximos dias vai diminuir e até possivelmente parar a imunização, por falta de vacinas… Ou seja: Vai demorar cada vez mais para vacinar mais gente! Culpa de quem? Olha, do Bispo de Palmas? Dele, não é!
E o risco de novo surto não é grave apenas pelo surto em si, e, é lógico, por um novo e inevitável pico no número de mortes. Mas se fosse apenas por isso já seria muito grave. E esse risco é mais grave ainda pelo fato de que a cada eventual nova variante ou mutação do Corona vírus, ele vem com maior capacidade de transmissão e de óbitos e, principalmente, com capacidade de ser resistente à vacina disponível…E esse é o maior de todos os riscos. Caso venha acontecer ficaríamos, de novo, na estaca zero: Sem vacinas, e sem remédio eficaz. Seria o caos!
Aqui na Quirera este escriba já tomou as duas doses, mas nem por isso baixei ou penso em reduzir a guarda: Continuo, igualzinho a antes, usando máscaras, álcool gel, evitando aglomerações e sempre que posso, ficando em casa! Mesmo sabendo que o despresidente chame idiota quem continue fazendo isso. E também nem vou dizer aqui quem eu tenho certeza que é o idiota! Manter os cuidados como se não estivesse vacinado é necessário, porque ninguém garante que a vacina não possa dar algum chabu. E sabemos pouco sobre as tais mutações…
Adepto do prevenir é melhor que remediar, essa precaução contra uma possível nova onda de casos tem razões bem visíveis: Cidades paranaenses relativamente próximas do Oeste catarinense registram, de novo, fila para leitos de UTI’s. E o vizinho estado do Paraná está com números ainda altos, e alertas sobre a adoção dos cuidados de sempre. Uma nova mutação foi identificada na Índia e em vários países. O fato é que o medo aumenta a cada surgimento de nova mutação. Porque uma delas pode – tomara que não – adquirir resistência à vacina…
Torço e rezo para que nenhuma dessas possibilidades vire realidade na Campina da cascavel e arredores, pelo menos. Mas reconheço: Rezar e torcer não é o suficiente. Li por aí que a pessoa vacinada é como se estivesse a rua pela faixa, está em segurança, mas não custa, antes de atravessar, dar aquela “olhadinha básica”. Há séculos sabemos que o seguro morreu, de velho! E acredito que ninguém deve esperar viver de novo aquela terrível sensação de fevereiro e março, com hospitais e UTIs lotadas, com fila de espera. De novo, não né?
É garantido que a Pandemia trouxe e ainda trará muitos prejuízos – e exigirá muito trabalho para que seus efeitos materiais sejam apagados. Porque os efeitos mais graves – as vidas perdidas – esses jamais serão esquecidos. Mas é cedo para se pensar em balanço de perdas e danos. A hora – ainda – é de manter as prevenções e cuidados, por mais cansativo, chato, insuportável que possa parecer. Seria tragicômico resistir por mais um ano, tomando os cuidados necessários e agora, com vacina e todos os alertas, contrair a doença! A meta agora deve ser zerar os casos, em cada cidade!
Conseguir passar um dia que seja com zero casos novos poderia ser a meta do momento. Principalmente depois de sabermos que no domingo a Polícia Militar fechou uma casa de shows, em pleno centro de Xanxerê, com uma aglomeração de 300 pessoas. E se fechou é porque estava irregular. A aglomeração ainda é o maior risco: Apenas uma pessoa contaminada e assintomática pode fazer um estrago de centenas de novos casos, em poucos dias. E quem já está há mais de ano sem curtir uma balada certamente não vai passar mal, nem ter algum piriri se ficar em casa mais alguns finais de semana. Mais uma vez vale avisar: Daqui uns quinze dias vamos colher o que estamos plantando, hoje….
Eu até sinto muito ao comentar isso, mas é a verdade: Somente depois de termos mais de 70% ou 80% da população vacinada, com as duas doses, é que poderemos dizer, ainda que com muitas restrições, que estaremos “mais o menos seguros”. Mas, enquanto isso, temos novos problemas: Conhecendo o “brasileiro médio” e ciente de que este ser é sabedor que nos Estados Unidos e na Inglaterra, entre outros lugares, “o pessoal” está liberado do uso de máscaras, ele vai fazer a mesma coisa por aqui! E negacionistas, em massa, vão ignorar que por lá a vacinação já chegou a mais de 80% ou 90% da população. Ou seja: Não podemos nos esquecer que aqui são duas Pandemias: A da Covid e a da ignorância!
E enquanto as vacinas chegam de carruagem – e o vírus viaja de primeira classe – o Brasileiro assiste da poltrona a CPI da Pandemia. Que deveria ser rebatizada para “Teatro de Horrores”, ou “Festival da mentira”. Agora ninguém sabe nem explicar por que não compraram as vacinas antes, ainda no ano passado – algo que 90 e poucos por cento dos países fizeram, e o Brasil não! Também não se ouve mais falar em hidroxicloroquina e ninguém sabe quem mandou comprar uma montanha de um medicamento que não cura Covid…
A semana também trouxe novidades aos que (ainda) teimam que nesse desgoverno “não tem corrupição”! O General e ex- Ministro Pazzuello quando no cargo e aproveitando-se da “situação de emergência” por conta da Pandemia, resolveu, ele também, “passar a boiada”: Mandou reformar a um custo de mais de 26 milhões de reais, SEM LICITAÇÃO, galpões velhos e vazios do Ministério, no Rio de Janeiro. Óbvio que reformar taperas não é emergência, numa Pandemia…Das duas uma: Ou ele queria guardar a cloroquina nos armazéns, ou o general que comandou a passagem da boiada recebeu ordens de alguém para a maracutaia. Difícil, pelo jeito, vai ser achar, agora, quem mandou passar a boiada. Então, é preciso concordar: A “Corrupição”, essa acabou. A corrupção, não! Essa segue adiante, com a boiada!