Vacina anticovid19 desenvolvida pela Institutos brasileiros Fiocruz e Butantan, com participação da Universidade de Oxford está com pesquisas em fase de conclusão, com 93% de êxito. A Fiocruz descobriu o genoma e as divisões celulares do Covid em abril, e foi ela quem descobriu que sua base era de gordura. A Fiocruz procurou o governo federal na época, em abril, mas este não deu ouvidos, não autorizou auxílio financeiro e desprezou a pesquisa. A Fiocruz então se uniu ao Butantan, de São Paulo, que se comunicou com a Universidade de Oxford, que entrou com a tecnologia. No Final de semana os cientistas noticiaram que a pesquisa está em fase de conclusão. Não deram maiores detalhes, mas é uma excelente notícia. E mais um indicativo de quanto o governo federal apoia o combate à Pandemia. E de quanto despreza a ciência…. Menos mal, também, que diversas vacinas em desenvolvimento em países da Europa, na Rússia e nos Estados Unidos já estejam entrando na fase de testes em humanos. Porém, mesmo após o início da vacinação em massa haveremos de ter cuidados: Não há garantias seguras – pelo rápido espaço de tempo em que as vacinas estão sendo desenvolvidas – de que elas serão realmente eficazes.
Apesar de os números da Pandemia na região e no Estado não indicarem estabilização, são várias as previsões de que isso comece a acontecer nos próximos dias. Olhando-se por exemplo os boletins diários emitidos pela Prefeitura de Xanxerê pode-se verificar que o crescimento no número de casos positivos ainda existe, mas em ritmo e intensidade menores. Pode ser o início da estabilização e de queda na disseminação. Embora isso não deva ser motivo para comemoração, é um alento, uma esperança de que as coisas comecem a melhorar aqui no Oeste. Quanto a melhorar mesmo e com segurança só poderemos ter certeza quando houver vacinas disponíveis. Isso porque em países europeus que já passaram por picos de contaminação, há registro de novos casos – em alguns países, na população mais jovem. Assim, mesmo que os números caiam, ninguém poderá, ainda, considerar-se seguro!
Embora muitos já se manifestem, se comportem e deem a entender que o isolamento social está se tornando uma pesada carga, insuportável de ser carregada no dia-a-dia, ainda não é bom negócio pensar em afrouxar nas medidas preventivas. Conversando com médico amigo meu nesse fim de semana, ele também concorda que não é hora de se abrir a guarda no combate à Pandemia, mesmo que os números entrem em curva de queda. Para esse médico, que é professor da Ufsc, estudioso e muito bem informado – embora não seja infectologista – podemos hoje ter certeza que o vírus já circula em todos os ambientes, devido ao tempo de Pandemia já decorrido. Mesmo assim, frisa ele, as medidas preventivas devem ser mantidas. Mesmo pessoas já infectadas e curadas podem ter um segundo contágio, pois não há garantias científicas de que os anticorpos obtidos por aqueles que se curaram uma vez, consigam conferir imunidade a uma segunda onda de contágio.
Em Xanxerê e região até o meio da tarde de ontem não havia registros de novos óbitos devido à Pandemia, o que sempre é um alívio, sem dúvidas. Todos queremos nos ver livre do Coronavírus, mas infelizmente isso não vai acontecer no curto prazo. Então o “melhor remédio” continua sendo a prevenção. E nos casos positivados cada um é senhor de sua decisão sobre quais medicamentos deva tomar. Mas em qualquer caso, isso só deve ser feito após consulta e aconselhamento médico. Com já falei por aqui, cada caso é diferente, não existe um remédio eficiente para todos e, em muitos casos, o remédio por funcionar contra, dependendo das condições de saúde de cada paciente. Por isso, a orientação médica é insubstituível e indispensável. Medicamentos, só depois de consultar o médico! Se em tempos sem Pandemia essa já era uma atitude inteligente, nos dias atuais é algo inegociável, e inadiável.
Aos poucos começam a aparecer nas redes sociais os primeiros nomes de pré-candidatos a vereador e a prefeito, para as eleições de novembro, mas ainda sem sinais de “se e como” a Pandemia vai influenciar todo o processo. Passar batida é que não vai, com certeza, pois o assunto coronavírus dominou as conversas, desde março até hoje. E não só as conversas, é lógico. A Pandemia, com argumentos de todos os tipos, alterou toda a dinâmica das cidades, do país e do planeta. Nunca havíamos passado por algum fenômeno dessa magnitude, e nem temos, ainda, condições de fazer qualquer previsão, nem de quando as coisas voltarão ao que se está chamando de “novo normal”…Ou seja, mesmo que a Pandemia possa ser considerada sob controle daqui há algum tempo, o “normal” não deverá ser igual ao “normal” da pré-pandemia. Sinais claros disso estão já visíveis em países europeus que voltaram ao “normal”, mas estão novamente em alerta total diante da possível ocorrência de uma nova onda de contaminações… Certo, mesmo, sem discussão de natureza alguma, é que 2020 é um ano que já entrou para a História. E que não vai deixar saudades…
O lado bom diante de tantas notícias desagradáveis é a sinalização de que a simplicidade das coisas do cotidiano, e até da sempre mal falada rotina está dando saudades em todas as pessoas. Atividades corriqueiras, antes, como ir visitar um amigo, tomar um chimarrão, ou convidar pessoas para um churrasquinho hoje já estão muito mais valorizadas do que foram antes. Muito bom isso! Porque é, ao menos, uma tentativa de se resgatar um pouco dos sentimentos de amizade, fraternidade e solidariedade – que andavam e andam menosprezados, desvalorizados e esquecidos – que parecem ter ganho uma nova importância, ou um valor que nem tinham mais, eram apenas corriqueiros, “normais”. Hoje podemos sentir que esse congraçamento com os amigos é muito mais importante do que julgávamos. Faz uma falta danada! Viver em sociedade significa importar-se com os que estão próximos, que navegam no mesmo barco ou frequentam os mesmos locais que nós. A frase “homem nenhum é uma ilha” fica cada dia mais cheia de razão, a cada dia dessa Pandemia. Outra que nunca perco de vista é a de que em qualquer e em toda situação ruim, desfavorável ou perigosa, sempre podemos tirar alguma coisa de bom! Uma boa semana a todos (as)!