É grande e não para de crescer a perplexidade e o espanto diante da ampla disseminação da ignorância no Brasil inteiro, em muitas das suas infinitas modalidades, desde 2018. Ela vem de antes da Pandemia e nem a Covid se espalha com tamanha rapidez e adesões surpreendenetes. Tanto que hoje já estamos com ignorâncias consolidadas em diversas áreas do conhecimento. Desde a ignorância histórica, econômica e política, mas não só: tem a ignorância cultural e artística, social, ambiental, sexual, religiosa, epidemiológica, médica e sanitária, científica e governamental, eleitoral e tecnológica, …entre outras! A ignorância está na moda!
Essa certeza veio do acompanhamento das escaramuças do desgoverno, tanto para tentar NÃO comprar vacinas, como para entupir os brasileiros com remédios que, além e não curar nem prevenir a Covid, ainda causam outros problemas de saúde. Isso ficou claro com a revelação da vergonhosa arapuca de se tentar mudar bula de remédio, e colocar lá, na maior cara dura: ”Cura Covid”! E fariam isso, é lógico, “na moita”, mentindo para todo mundo! Da mesma moita estão surgindo, ainda, evidências de que o tratamento precoce, ou Kit Covid, na verdade seriam uma campanha internacional, para vender a mentira de a Covid tem cura! Objetivo? Money, grana, bufunfa!!
Mais curioso, perdão, mais assombrado, a gente fica quando vê até médicos – de Xanxerê e do Brasil inteiro – não especializados em epidemiologia nem em infectologia, que aderiram e insistiram, alguns ainda insistem, em querer defender o indefensável. É como não acreditar no lance, documentado pelo VAR da anti ignorância, mostrando e desenhando com todas as letras que mudar bula é atitude de alguém que sabe que o remédio não funciona, mesmo! Então, mudamos a bula para dizer que funciona! E sabem que isso é pênalti! Dos vários amigos médicos nenhum entrou nessa canoa! E alguns prontamente rejeitaram a maracutaia. A comprovação do que estou falando está só no começo, mas é irreversível. É só aguardar. A verdade sobre a Cloroquina apenas começou a surgir. Tem mais…
Porém a ignorância vai muito além da cloroquina e de seus “corretores de bula de remédio”. Ela está a tal ponto consolidada que muitos dos que a adotaram e levaram para criar em casa a reconhecem! E assumem como sua mesmo! Confirmam que é ignorância nua e crua, e negam-se, prontamente e com toda a firmeza a abandoná-la, ou a renegar a ignorância. Aceitam até chama-la de negacionismo, e insistem, com tanta certeza e maior até, de que a certeza que a terra é plana! Sabe-se, dando outro exemplo que a urna eletrônica não tem Internet. Ou que não está conectada, não possui acesso a qualquer rede de computadores, ou a qualquer computador. Ela sequer consegue repassar os votos que colheu! Simplesmente não há chance de se entrar na urna, porque ela NÃO é um computador…
Mas, os amiguinhos da ignorância insistem que é possível entrar na urna e alterar votos. Vale lembrar que provar ignorância… não é preciso!! A ignorância – em todas as suas formas, odeia qualquer tipo de prova. Aceita-se e ponto! Já questionei e investiguei, há uns dez anos atrás, eu acho, a segurança das urnas eletrônicas. Até alguém me observar que mesmo a transferência dos votos que a máquina colhe é feita manualmente, com uma fita de papel, gravada pela urna. Várias tentativas de fraudar a urna eletrônica foram feitas pela Justiça Eleitoral, com a participação de expertises em hackeamento e similares de todo o Brasil. Ninguém conseguiu invadir ou fraudar resultados da urna…Esse argumento de “exigir”, agora voto impresso, só revela um fato: Seguidores de Bolsonaro sabem que o fim está próximo. Daí o vale tudo…Ou melhor: Dá-lhe ignorância!
Note Bem “Dois” que, em sendo reconhecida como tal, a ignorância ganha uma respeitabilidade maior. É uma senhora ignorância, cursou a escola dos ignorantes, graduou-se e, em alguns casos, é portadora de mestrado e doutorado. É ignorância para Paulo Freyre algum querer botar defeito. E a cada semana surgem novas demonstrações dessa que se pretende transformar na nova sabedoria e na nova cultura – a exemplo da anterior, de retumbante fracasso: A “nova política”. A ignorância política defende intervenção militar com Bolsonaro no poder – porque ignorantes acreditam que manter “o mito” no poder transformaria a ditadura numa nova democracia…. Porque o presidente continuaria sendo “eleito pelo povo”, apesar da urna eletrônica! Essa é uma ignorância raiz!
Matéria do G1, do Blog de Octávio Mendes (15/05/2021 05h00), dá detalhes sobre outra ignorância, agora ministerial: “A CPI tem indícios de que Carlos Wizard liderava ‘Ministério Paralelo da Saúde'(grifo de Quirera) e vai convocá-lo a depor, diz senador. Ao lado de Nise Yamaguchi, ele teria tentado mudar a bula de medicamento sem eficácia comprovada contra a Covid. A CPI vai convocar o empresário Carlos Wizard para depor porque tem indícios de que o chamado “Ministério Paralelo da Saúde”, que defendia cloroquina, que não tem eficácia comprovada no tratamento contra a Covid, e contaminação em massa para atingir imunidade de rebanho, tinha ele como um dos financiadores. Fundador de uma rede de ensino da língua inglesa que leva seu nome (vendida em 2013), Wizard era conselheiro do ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, e chegou a ser anunciado como secretário de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos. Recuou depois de insinuar que governadores e prefeitos inflavam o número de mortos para receber mais dinheiro.
(Continuação da matéria…)Um dado importante: enquanto fechava as portas para a Pfizer, que queria vender vacinas e não cloroquina, o governo Bolsonaro dava acesso a Wizard e a sua guru, a médica Nise Yamaguchi, ao presidente, a ministros de estado, ao Itamaraty e ainda colocava a TV estatal para divulgar as ideias da dupla. Este blog, por meio de seu investigador digital, o jornalista Renan Peixoto, recuperou uma entrevista que Wizard e Yamaguchi deram em 2 julho de 2020 nas redes sociais da TV Brasil. A data não é um detalhe. Ocorreu dois meses depois do início das tratativas da Pfizer para tentar sensibilizar o governo Bolsonaro a comprar vacinas. Wizard e Yamaguchi esbanjaram intimidade com o poder. A médica disse que fizera uma live com o ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, e também estava em contato direto com o então ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo, e com próprio presidente Bolsonaro para estabelecer protocolos de tratamento precoce com cloroquina. Prestígio total”. (Do Blog de Octávio Guedes, em G1 – 15/05/2021).
Esses são os recentes capítulos da novela brasileira (embora pareça mexicana) antigamente conhecida como “assim caminha a Humanidade”. Com médicos querendo reescrever bulas de remédio – como quem vai à padaria comprar pão. E com outros apoiadores do governo – podres de ricos – querendo governar uma Pandemia através de um “Ministério Paralelo da Saúde”! Mas não se exalte, ainda não é tudo: Aqui mesmo no Sul Maravilha e inclusive no velho Oeste dos terríveis anos de chumbo, possuímos gloriosos e admiráveis disseminadores, apoiadores e patrocinadore$ da nova ignorância que tentam fazer o Brasil inteiro engolir. E com total apoio da imprensa daqui e de toda a nem santa, nem bela catarina! Este reles escrevinhador, entretanto, humildemente comunica que não vai aderir à nova ignorância! Suportar a velha ignorância já estava de bom, tamanho, né não??? Então, voltamos à Quirera!
Quirera Gourmet