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16/06/2021 às 06:38
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Quirera Gourmet – 16/06/2021

Quirera Gourmet
Por: Romeu Scirea Filho

Que a Vida Vai Melhorar!

2021 chega na metade e nada de a Pandemia chegar ao fim. A gente se queixava, mas antes da Pandemia era feliz e não sabia. Ela nos ensinou até agora que é possível ficar muito tempo em casa, porque nossa verdadeira casa somos nós mesmos. E ao nos movimentarmos levamos nossa casa para passear, dentro da nossa casa. Mesmo assim, seria bom viver de novo sem Pandemia, porque nosso ir-e-vir, nossos beijos, abraços e apertos de mão andam ocupando muito espaço, se acotovelando e se amontoando pelos cantos, debaixo da escada, no porão e no quartinho atrás da garagem.

O Ódio

Melhor assim do que antes, quando beijos e abraços estavam em falta, tinham sido escorraçados pelo ódio e pela insatisfação ampla geral e irrestrita. Antes a gente reclamava de quase tudo, ou de muitas coisas. Agora ao menos a gente só reclama da Pandemia. E do Bolsonaro! Mas isso não quer dizer que a raiva, o ódio, a inveja e o malquerer tenham sumido do mapa. Se alguém quiser ver essa força estranha no ar é só criticar o governo e lembrar a alguém que o gás teve outro aumento nesta semana e que estão custando por aí, até R$ 120… No mesmo instante vai surgir alguém na sua frente arregaçando a manga e verde-amarelo de raiva a perguntar: “Mas e o Lula? E o PT”???

Monopolizou

Mas boa parte da raiva e do ódio, hoje pelo menos, podem ser canalizados para a Pandemia – e isso talvez explique por que ninguém derruba o despresidente. O Corona quase monopolizou nossas ganas de derrubar alguém, e consegue despertar mais repulsa que o despresidente. Queremos derrubar primeiro o Corona, embora tanto o vírus quanto o despresidente estejam causando mortes de pessoas queridas e de gente de todas as classes sociais. Mas se a gente conseguisse pelo derrubar o Corona, talvez fosse razoável partir para a derrubada do tal “mito”. Ele é algo com atitudes tão desprezíveis e desclassificadas que nem o Corona – outra criação detestável e igualmente danosa e prejudicial – o vírus de uma peste mundial, quer chegar perto.

Mal na Foto

Temos uma peste e um traste pela frente, ou duas pandemias, como alguns preferem achar. Também tem quem ache que é uma peste só, que o Corona vírus não é chinês. Que ele é apenas o desdobramento de outra Pandemia, que chegou ao Brasil em novembro de 2018. E alguém me lembrou que a “prática” de derrubar governos nem é tão estranha ao Brasil e aos brasileiros: Dos últimos presidentes eleitos, apenas FHC e Lula – com dois mandatos cada um, terminaram seus governos e enfaixaram seu sucessor. Os demais – Collor e Dilma – caíram ou foram derrubados de seus cavalos – por bons motivos ou por motivo algum. Então nossa tão (falsamente) gloriosa Democracia, convenhamos, anda bem mal na foto. E isso vem de longe!

À Moda Gaúcha!

Seja como for, é dado como certo que nem uma nem outra dessas duas indesejáveis presenças entre nós nos deixe em 2021. Mas pelo menos há a esperança que até o fim de 2022 os brasileiros possamos ter esperança de recuperar ao menos parte da felicidade perdida. Porque até lá com certeza já estaremos todos vacinados – mesmo os negacionistas, embora talvez seja necessário arrebanhar alguns mais renitentes à moda gaúcha, a laço! Mas há ainda o risco de o Corona vir com novas cepas e roupagens, o que seria desalentador para a raça humana aqui na Terra. Se levamos um ano e meio para reduzir as mortes e ter uma cobertura de vacinas, ainda que pequena, combatendo a roupa velha da Pandemia, nem é bom pensar o que o Corona poderia causar com um novo traje, quem sabe mais agressivo e mais sorrateiro. Nos últimos meses aprendemos também que nada está tão ruim que ainda não possa ficar pior. Então cautela, canja de galinha e cuidados continuam sendo recomendados.

I ª Febraço

Enquanto isso talvez possamos se não programar, ainda, já começar a imaginar como seria a volta à vida sem Corona vírus, pelo menos. Aqui em Xanxerê poderíamos, ao invés de realizar mais uma Femi – e ficar meses explicando que a Femi nunca teve a intenção de dar lucro – realizar a primeira “Festa Estadual do Beijo e do Abraço – Iª Febraço”! Nela poderíamos criar e incentivar um novo nicho turístico a partir da ampliação e multifacetação do epiteto “Campina da Cascavel”. As variações sobre a utilização do tema central –  Campina da Cascavel –  devem ser plurais, amplas e irrestritas. Assim, por exemplo, nada melhor – após essa temporada de neuroses, preocupações, doenças e mortes – que lembrar que temos, ainda, todo o direito aos prazeres da vida… louras campinas e cobras guardam um veio riquíssimo para exercitar a criatividade, para todos os gostos! E temos por aqui – além de antológicos fofoqueiros, uma gama de agências iluminadas e criativas, a postos! Mãos à obra!

Cultura do Riso

Trago essas mínimas sugestões a título, também, de resgatar um pouco da irreverência e da cara-de-pau do antigo brasileiro, que – fala sério – era muito mais divertido que o atual! Um exemplo prático e fácil disso é a sugestão para o amigo (a) encontrar alguém por aí que conte uma piada engraçada, daquelas que provoque ao menos uma sonora gargalhada! Não é à toa que só se fala em cultura do ódio nesse país: estão, quase todos, extremamente (pre)ocupados apenas e tão somente em buscar a fama e a fortuna! Desde o primeiro até o décimo lugar! As demais alegrias da vida simplesmente foram deletadas. Ninguém mais quer saber de rir, nem de contar algo para fazer alguém rir! Não se fazem, nem se criam novas palhaçadas. E as que existe não se enquadram mais na antiga definição de palhaçada! Os verdadeiros palhaços sumiram! As palhaçadas e os palhaços de hoje servem apenas para deixar, todo mundo, ainda mais puto da cara! Dessas, estamos cheio! Temos que ressuscitar a cultura do riso. Motivos – como sempre – têm de sobra!

 

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