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16/06/2020 às 08:23
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Quirera Gourmet – 16/06/2020

Quirera Gourmet
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Jornalista Informa Julgar é com a Justiça

Ao contrário do que se possa imaginar, não me incluo entre os que apreciam, gostam muito, de fazer julgamentos, acusar sem provas e, principalmente condenar pessoas, ou chamar de ladrão, de corrupto.. Jornalistas, entre outros profissionais, estudam e são ensinados a buscar e divulgar informações corretas e de interesse público, doa a quem doer. E também são programados para deixar o julgamento dos fatos e a condenação ou não dos autores dos fatos, para quem tem essa obrigação: A Justiça, as leis, o poder Judiciário. Nunca gostei de escrever a palavra ladrão, e mesmo em casos comprovados. Já escrevi muitas vezes, mas não vejo no ato de chamar alguém de ladrão, uma forma de contribuir para melhorar a sociedade e os seres humanos. É mais um desabafo, às vezes incontroláveis…  Taxar alguém de ladrão ou de corrupto para mim é deprimente, me dá baixo astral, porque sou um incurável otimista! Fico triste e decepcionado com os Humanos… Isso não significa me negar a informar que alguém agiu como ladrão, se apoderou do que não era dele, ou agiu como um mau juiz de futebol. Estou me negando a fazer julgamentos e, sempre que consigo, evito chamar quem quer que seja de ladrão. Não acredito que essa rotulação contribua com alguma coisa positiva. Somos humanos, todos cometemos erros, e todos temos direito a nos redimir, corrigir e evoluir. E também temos a obrigação e o direito de cobrar que os responsáveis pelos crimes paguem por seus atos, rigorosamente, e conforme a lei.

Devolver o Dinheiro e Responder Processo

Nos últimos dias a indignação dos brasileiros em geral – que anda nas alturas faz tempo – ganhou mais um explosivo ingrediente. Em todo o país e também em Xanxerê e municípios vizinhos foi tornada pública a relação de pessoas que receberam o Auxílio Emergencial (R$600,00) destinado a pessoas em situação de risco e que tenham sido prejudicadas pela vigência da pandemia do Coronavírus. Infelizmente (e vergonhosamente) a relação de nomes mostrou que a máxima, condenável, de “levar vantagem em tudo” ainda está em vigência e está forte entre nós: Homens e mulheres, maiores de idade e que não estariam contempladas nas condições de receber o auxílio, se cadastraram e receberam o dinheiro. Eles são uma minoria, a maioria, ao que parece, merecia a ajuda. E não bastasse o crime em si de burlar, enganar ou driblar a lei, há o agravante deste dinheiro vir a faltar aos que realmente necessitam. Em miúdos, foi um ato ilegal, um crime grave e uma atitude imoral, que denigre o cidadão. O mesmo cidadão que muitas vezes se auto denomina “gente do bem” e adora chamar muitas pessoas de ladrão! É revoltante? É! E os responsáveis pelo crime terão, além de devolver o dinheiro, responder processo na justiça. Desviar ou auferir ilegalmente dinheiro público tem nome e é um crime muito famoso nos dias atuais: Corrupção! E para este crime não há atenuante, do tipo “ah, mas foram só 600 pilas”, ou pior ainda “todo mundo rouba, vou pegar uma lasquinha”…Num tempo em que o país inteiro ao menos declara – muitas vezes da boca para fora – abaixo a corrupção, é inaceitável, imoral e completamente condenável a prática de receber, sem estar enquadrado como apto a tal, o Auxílio Emergencial.

Uma Decepção e Uma Lição de Vida

Nestas horas é muitíssimo comum a cobrança para imprensa e jornalistas “darem nome aos bois” e revelar quem recebeu ilegalmente do benefício. Particularmente, numa rápida leitura pelos nomes disponíveis na Internet, vi uns quinze nomes de pessoas conhecidas e até de alguns amigos próximos. Entre eles há os que sabidamente não necessitam do auxílio para sobreviver e há também pessoas de boas condições financeiras, porém desempregadas. E há servidores públicos, regularmente empregados e recebendo normalmente seus salários. E constam ainda nomes de algumas pessoas que não consigo entender sua inclusão entre os beneficiários do auxílio. Então não vou divulgar nomes, de quem quer que seja. Primeiro porque, mesmo obviamente, virtualmente ou presumivelmente autores de um ato criminoso, nenhum deles até agora foi enquadrado pela Justiça, muito menos judicialmente condenados. Em segundo lugar porque seus nomes já se tornaram públicos, estão à disposição de todos e de qualquer um, na Internet. E em terceiro lugar, mas com maior importância de todos os anteriores, é a Justiça quem deve e precisa se ocupar deles e de penalizar aqueles que forem julgados corruptos e criminosos. De minha parte ainda – e não por ser amigo ou conhecido de vários – restou uma profunda e triste decepção. Espero, com sinceridade e muita esperança, que o criminoso episódio deixe o saldo positivo de melhorar suas vidas e que dê a todos, homens e mulheres, a perspectiva e o significado reais de honestidade, de cidadania e de moral. Espero também que esse dia triste seja lembrado apenas por um único motivo: Para nunca mais acontecer novamente!

A Preocupante Humanidade

Não é de ontem e nem foi provocada por acontecimentos recentes um sentimento que vem me deixando com a pulga atrás da orelha, embora os últimos fatos tenham agravado a sensação. Falo da manjadíssima constatação fotografada pela frase “assim caminha a Humanidade”. E essa sensação ouvi da boca de homens e mulheres de todas as idades, religiões, classe social… Mas especialmente das pessoas com mais experiência de vida, ou idade. Até pouco tempo era uma sensação de indignação, de revolta com tanta coisa errada, injusta, ruim, feia e desagradável acontecendo, um absurdo pior que outro, à toda hora. Mas agora piorou. Quem estava vivo e operante nas proximidades do ano 2000 lembra bem dos temores e boatos em torno do fim do mundo. Pois às vezes aquela atmosfera paira nas nuvens, bem em cima do meu cabeção cabeludo. Fala sério: Será que não aceleramos o passo em relação – e bem na direção do –   buraco? “Ah mas por que tanto pessimismo?” Olha, olhando assim aqui desde Xanxerê, para o que temos definido como a Humanidade, sinceramente às vezes vejo poucas coisas boas a considerar. Estamos destruindo o planeta, os sentimentos ditos “humanos” ou “humanitários” parecem cada vez mais com aves em extinção. E não surgem vozes capazes de unificar, de reunir e motivar no grande rebanho humano para uma nova força em favor de pensamentos e ações que nos salvem do buraco. Mesmo assim, não desanimamos. Ou como dizia o Buarque, “a gente vai levando”!!!

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