Mesmo sem Pandemia a gente já via muitos se queixando da vida, até porque para isso nem é necessário problema algum. Sempre é possível enxergar coisas ruins, se a gente estiver “de mal com o mundo”…”O Brasil vai de mal a pior, os políticos são todos ladrões, esse país não tem mais jeito”…as opiniões pessimistas e o arrasa-quarteirão não são novidades. Nem os profetas do fim do mundo. Por outro lado pode-se argumentar que é fácil ver somente as coisas boas, quando se tem uma vida razoavelmente tranquila, ou resolvida. Porém de qualquer forma o bom humor e o otimismo, o olhar o mundo com olhar positivo, o ter esperanças, mesmo com algumas fraquejadas momentâneas, é um santo remédio! Dependendo da cabeça de cada vivente, isso não é fácil aceitar. Também é bom lembrar que nada é fácil. E que não tem almoço de graça, que sempre será preciso participar, se envolver e fazer a sua parte, mesmo que ela seja mínima.
Já me flagrei em raciocínios e atitudes inocentes, ingênuas ou inúteis, por ser um otimista de “quatro costados”, mas não me arrependo: Costumava, ainda lá nos meus 20 e poucos anos, pregar a máxima de que mau humor, irritação, visão negativista, pessimista “causam graves problemas de saúde, como unha encravada, teto baixo e até útero caído”. Falei isso milhares de vezes e se hoje não uso mais com tanta frequência é porque com a idade passei a manter distância de gente excessivamente – e sem motivos reais – amarga, azeda, que sempre enxergam só coisas ruins. Tenho certeza de que se eu tivesse personalidade com esse perfil não teria vivido até os 66…Não sou uma pessoa muito religiosa, embora seja cristão não praticante e respeite todas as religiões. Não posso dizer que seja um admirador das igrejas, mas em Deus eu acredito e faço sempre minhas orações pedindo proteção aos que me rodeiam e também aos que estão distantes. Acredito que Deus vive dentro de todos nós e de cada um. E considero verdadeiro o conceito atribuído, por alguns, ao Filósofo Spinoza, e por outros ao Filósofo René Descartes, sobre quem é ou quem seria Deus. Já publiquei alguma coisa sobre isso, mas vou dar um repeteco, por considerar que o momento é muito propício a essa discussão.
Fonte: Wikipédia. (O texto foi escrito pelo autodeclarado médium mexicano Francisco Javier Ángel Real, conhecido pelo pseudônimo de Anand Dilvar, e pode ser encontrado em seu livro Conversaciones con mi Guía (pág. 14). No livro, Real relata um fantasioso diálogo com uma entidade espiritual:)
“Para de ficar rezando e batendo no peito! O que eu quero que faças é que saias pelo mundo e desfrutes de tua vida. Eu quero que gozes, cantes, te divirtas e que desfrutes de tudo o que Eu fiz para ti.Para de ir a esses templos lúgubres, obscuros e frios que tu mesmo construíste e que acreditas ser a minha casa. Minha casa está nas montanhas, nos bosques, nos rios, nos lagos, nas praias. Aí é onde Eu vivo e aí expresso meu amor por ti. Para de me culpar da tua vida miserável: eu nunca te disse que há algo mau em ti, ou que eras um pecador, ou que tua sexualidade fosse algo mau. O sexo é um presente que Eu te dei e com o qual podes expressar teu amor, teu êxtase, tua alegria. Assim, não me culpes por tudo o que te fizeram crer.
Para de ficar lendo supostas escrituras sagradas que nada têm a ver comigo. Se não podes me ler num amanhecer, numa paisagem, no olhar de teus amigos, nos olhos de teu filhinho… Não me encontrarás em nenhum livro! Confia em mim e deixa de me pedir. Tu vais me dizer como fazer meu trabalho? Para de ter tanto medo de mim. Eu não te julgo, nem te critico, nem me irrito, nem te incomodo, nem te castigo. Eu sou puro amor. Para de me pedir perdão. Não há nada a perdoar. Se Eu te fiz… Eu te enchi de paixões, de limitações, de prazeres, de sentimentos, de necessidades, de incoerências, de livre-arbítrio.
Como posso te culpar se respondes a algo que eu pus em ti? Como posso te castigar por seres como és, se Eu sou quem te fez? Crês que eu poderia criar um lugar para queimar a todos meus filhos que não se comportem bem, pelo resto da eternidade? Que tipo de Deus pode fazer isso? Esquece qualquer tipo de mandamento, qualquer tipo de lei; essas são artimanhas para te manipular, para te controlar, que só geram culpa em ti. Respeita teu próximo e não faças o que não queiras para ti. A única coisa que te peço é que prestes atenção a tua vida, que teu estado de alerta seja teu guia. Esta vida não é uma prova, nem um degrau, nem um passo no caminho, nem um ensaio, nem um prelúdio para o paraíso. Esta vida é a única que há aqui e agora, e a única que precisas.
Eu te fiz absolutamente livre. Não há prêmios nem castigos. Não há pecados nem virtudes. Ninguém leva um placar. Ninguém leva um registro. Tu és absolutamente livre para fazer da tua vida um céu ou um inferno. Não te poderia dizer se há algo depois desta vida, mas posso te dar um conselho: vive como se não o houvesse. Como se esta fosse tua única oportunidade de aproveitar, de amar, de existir. Assim, se não há nada, terás aproveitado da oportunidade que te dei. E se houver, tem certeza que Eu não vou te perguntar se foste comportado ou não. Eu vou te perguntar se tu gostaste, se te divertiste… Do que mais gostaste? O que aprendeste? Para de crer em mim – crer é supor, adivinhar, imaginar. Eu não quero que acredites em mim. Quero que me sintas em ti. Quero que me sintas em ti quando beijas tua amada, quando agasalhas tua filhinha, quando acaricias teu cachorro, quando tomas banho no mar.
Para de louvar-me!
Que tipo de Deus ególatra tu acreditas que Eu seja? Aborrece-me que me louvem. Cansa-me que me agradeçam. Tu te sentes grato? Demonstra-o cuidando de ti, de tua saúde, de tuas relações, do mundo. Sentes-te olhado, surpreendido?… Expressa tua alegria! Esse é o jeito de me louvar. Para de complicar as coisas e de repetir como papagaio o que te ensinaram sobre mim. A única certeza é que tu estás aqui, que estás vivo, e que este mundo está cheio de maravilhas. Para que precisas de mais milagres? Para que tantas explicações?
Não me procures fora! Não me acharás. Procura-me dentro de ti. Aí é que estou”.