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14/09/2020 às 08:36
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Quirera Gourmet – 14/09/2020

Quirera Gourmet
Por: Romeu Scirea Filho

A Coca Era Fanta?

Com meio ano de Pandemia ninguém aguenta mais máscaras, ficar em casa, não aglomerar e não poder fazer o que fazia antes. Mesmo com esse discurso do “novo normal”, o que a maioria dos brasileiros quer de verdade, mesmo fazendo de conta que não, é voltar ao velho normal, penso eu. Porquê? Porque a cada dia tem mais gente com cer-te-za de que essa Coca Cola era Fanta, que a Pandemia “é só mais um golpe”, ou vários golpes, um dentro do outro, de modo a satisfazer, e estimular, a fértil imaginação de muita gente. O negacionismo está na liderança da tabela, é líder isolado nas massas e no rebanho. E negando-se a Pandemia, o pessoal quer MESMO é a volta do VELHO normal. Esse comportamento só cresce. E isso seria hilário, não fosse assustador.

Menosprezo ao Adversário

Nunca fui de torcer pelo pior, nem gosto de noticiar tragédias ou fatos desastrosos. Mas essa tendência é cada dia mais visível para mim e minhas caraminholas, e periga não dar em coisa boa. O medo é que o tempo passe e a gente chegue lá em março, abril, com um ano de Pandemia, e… estarmos ainda com significativos novos números de casos, e ainda contando os mortos. Menosprezar o adversário não é boa tática, em lugar algum, muito menos em Pandemias. Acompanhando países que já passaram por períodos bem difíceis na Pandemia, não dá para se convencer de que o perigo está afastado. Na hora em que começarem a oferecer vacina à população, e só a partir daí, é que se poderá pensar em ter afastado o perigo. Mas vá o (a) corajoso (a) leitor (a) tentar explicar isso por aí…. Eu, não vou!

Lá vem o Brasil

Ao aceitar o raciocínio de que não houve Pandemia, que era fake, também já se enxerga outra nuvem negra no horizonte: A paralisação das atividades produtivas, ou sua diminuição, por conta do “fique em casa” e das restrições da saúde pública estaria, a partir de agora, “apresentando a conta”! Ou seja: Os aumentos de preço seriam resultados da paralisação – com muitos críticos e combativos adversários – que “causou sérios prejuízos”. E estes devem agora ser recuperados. Dispensável dizer quem esse pessoal acha que deve pagar a conta, ou repor, os que as empresas perderam, ou deixaram de ganhar. Esse é o Brasil de sempre. O Brasil dos brasileiros. E lá vem eles, descendo a ladeira. Em todo caso ou pior: Ainda temos muitos brasileiros acreditando que o barco está indo bem, que vai dar tudo certo… Juro que gostaria de acreditar neles, mas não consigo! A alta do preço do arroz, por exemplo, tem nadica de nada a ver com Pandemia. Especialistas já disseram: Exportar está dando muito mais dinheiro! Aí, penso eu, falta uma ação de governo. E neste momento eu não acho que dispomos de um….

O Império Romano, não tem?

E meus botões também – faz tempo – não enxergam boas notícias lá no horizonte da linha do mar, e nem a luz no fim do túnel, aqui e alhures, mundo a fora. A crise e o negacionismo nem são exclusividade nossa, a raça humana, a meu ver está num momento crítico, num cruzamento de muitas encruzilhadas – se existe isso. As opções se multiplicam, mas ninguém, a rigor, sabe onde esses caminhos vão levar. Também tenho a sensação de que nossos ídolos morreram todos e a gente não está lá se sentindo muito bem. O clima da virada do ano 2000 colocou muitas minhocas do fim do mundo na cabeça da gente, vinte anos atrás. Mas agora parece que as minhocas cresceram em número e em tamanho. Algumas manifestações públicas que pipocam no Brasil e no mundo dão conta que o bicho Homem anda meio ruim da cabeça. Ou que estamos no máximo de nossa capacidade mental e intelectual, de ser uma raça inteligente. E, portanto, a partir de agora vem a decadência. Sempre faço essa comparação lembrando do poderoso Império Romano. Tomara que seja só impressão…

Sem dúvidas

Para quem igual a eu trabalhou em jornais escrevendo em máquinas de datilografia manuais, acompanhou a parafernália que era transmitir uma fotografia de Chapecó a Florianópolis,… ou enviou um jornal prontinho para ser diagramado e impresso, com textos, títulos, fotos, legendas, tudo arrumadinho, pelo MALOTE da Reunidas para ser impresso em Florianópolis, os dias – e as máquinas – de hoje são inacreditáveis. Se tivesse morrido e alguém viesse me contar, eu não acreditaria. Só acredito porque estou vendo. E fazendo igual. Porém, reproduzindo o pensamento de meu amigo Marcão, célebre e sábio filósofo xanxerense hoje gozando merecido descanso vale lembrar: ”Depois que inventaram a máquina de ensacar salame…não se duvida de mais nada! ”.

Viramos Gênios

As mudanças, não só para fazer jornal, mas para fazer circular a informação – a função, entre outros, dos vetustos jornais diários, semanais ou mensais –  a matéria prima de tudo, agora elas, as mudanças, enlouqueceram esse mundão velho de Deus. E tais mudanças, é claro, provocaram profundas alterações em tudo, na vida de qualquer comunidade e de cada um. Isso nos conferiu uma súbita e inesperada sensação de autossuficiência, de altíssima e suprema sabedoria. Ninguém mais se acha ignorante, está tudo ali, na Internet, é só procurar e achar. A internet, ao menos para os que tem mais 40 ou 50 anos, dá para se dizer que reinventou a roda. O mundo virou um quintal, a gente vê, escuta e até participa de quase tudo. E isso trouxe uma onipotente sensação e sabedoria horizontal, de quase todo mundo, como nunca havia acontecido antes. Somos os caras. E aí mora outro perigo…

Humildade

Ao adicionarmos novidades e modernidades, algumas atitudes, normas e comportamentos mais antigos “caem de moda”. Ou a gente pensa que caíram, mas nem sempre isso é verdade. Sempre gostei – e continuo gostando – de pensar que somos eternos aprendizes e fico feliz ao aprender, qualquer coisa, a qualquer hora, em qualquer dia. Porque, em nossas cabeças, mas não no computador, saber não ocupa espaço! Responder perguntas em alto e bom som com um “NÃO SEI” é um hábito que cultivo desde sempre. Quando “acho” que sei responder, mas não tenho certeza, a resposta quase sempre é um “não sei”. Mas reconheço que a vontade de chutar uma resposta ou sair adivinhando, sempre é grande…Nosso Ego brilha, fica lustro quando respondemos uma pergunta e instruímos a ignorância de alguém, sobre qualquer assunto. Ficamos alguns dez centímetros maiores e já nos achamos um cara muito sabido, quando não um gênio. Vai daí que reconhecer nossa eterna ignorância sempre vai ser um sinal de sabedoria. Pouco usado hoje, mas é. A tal humildade está em extinção, caiu numa grande depressão chamada desuso, infelizmente…

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