Chegamos a mais um final de semana de quarentena, e na metade de agosto ainda não temos motivos para comemorar ou nos alegrar com a evolução dos números. A região de Xanxerê, que havia deixado a zona de risco altíssimo dias atrás, recuou e voltou a ficar sob alto risco. Pedir muita calma nessa hora e, mais que tudo, pedir que as pessoas evitem aglomerações, a qualquer custo, que usem máscara e tomem todas as precauções pode parecer uma chatice. Mas não é, é tudo o que devemos e precisamos fazer nessa hora. Já estamos aí com mais de cinco meses sob restrições e se não estamos ainda vendo a luz no fim do túnel da Pandemia, nada nos impede de continuar mantendo os cuidados necessários. E insistir que pessoas céticas passem a adotar as medidas de prevenção. Os números da Pandemia no Brasil assustam, mesmo com todos os cuidados adotados. E isso nos mostra claramente a Covid19 NÃO é brincadeira e deve ser encarada com muita responsabilidade social, só assim evitaremos males maiores! E eu estou otimista: Acredito que essa deva ser a última onda de crescimento de casos. E a exemplo do já ocorre em outros estados brasileiros, na próxima semana haveremos de ter uma estabilização, seguida de queda no número de pessoas positivadas, se Deus quiser!
Morava em Florianópolis quando o tornando ceifou vidas e trouxe destruição a Xanxerê, em 2015. E além da preocupação com familiares e amigos que estavam aqui, foi forte o sentimento de orgulho que senti por ser xanxerense, logo que as primeiras notícias de solidariedade e fraternidade do próprio xanxerense começaram a tomar conta do noticiário. Hoje, observando muitas pessoas que, naturalmente, mostram-se irritadas e nervosas com a situação da Pandemia, o que as leva a procurar culpados, seja pela Pandemia ou pelos métodos postos em prática para conter a disseminação do vírus, considero fundamental manter, a qualquer custo, a serenidade. Ficar nervoso, esbravejar, xingar ou procurar culpados não apenas é inútil nessa hora, como pode piorar ainda mais as coisas. Nas situações de tensão, de emergência, agora em relação à saúde pública, quase igual a uma situação de guerra, manter a calma e agir racionalmente deve ser a primeira atitude a ser mantida e/ou procurada. Os mais antigos sempre têm mais conhecimento e sabedoria nestas horas, pois muitos já passaram por situações semelhantes. E é justamente nos “mais antigos” que devemos nos espelhar nesse momento.
Os idosos estão entre os mais atingidos pela Covid19, e embora ninguém ache razoável perder qualquer membro da família, de qualquer idade, pais, mães e avós sempre são e sempre serão nossas maiores referências de apoio. A vida é o maior bem que temos. E preservá-la, a qualquer custo, é a lição que os mais velhos nos passam. Neste final de semana, quando provavelmente a maioria dos xanxereenses já têm algum familiar, vizinho ou amigo positivado para a Covid19, e com o retorno da situação considerada gravíssima, acredito que o bom senso e a responsabilidade irá prevalecer sobre situações não desejadas nessa hora. E aos mais jovens – que ainda terão milhares de fins de semana pela frente, com muitas festas e opções de lazer – também cabe aproveitar o momento para mostrar sua maturidade e inteligência. Fins de semana festivos e sem compromissos sempre vão existir. Então, nos privar de alguns deles, sinceramente, não fará a mínima diferença. Mesmo sem poder abraçar amigos e companheiros de festas, a vida continua. E ela, sim, deve ser comemorada, todos os dias e em qualquer situação. A criatividade e a inventividade dos jovens brasileiros é uma qualidade que pode e deve ser exercida, em sua plenitude, nesta hora. Há muitas outras maneiras de se gozar o lazer e a diversão sem a perigosa e neste momento condenável aglomeração. Um dia, não muito distante desse 13 de agosto, quinta-feira, haveremos de gargalhar, com muito orgulho, dos cuidados adotados. E proclamar, igual ao que aconteceu com o tornado: “Xanxerê resiste, aqui não é terra de gente fraca”! Então, “Xô baixo astral”!
Sempre achei que tenho um sexto sentido que me dá a “temperatura” do momento e do ambiente onde estou. Saí para a rua, nesta quinta-feira (13/08) por volta das 8hs30min e retornei meia hora depois, num rápido giro pelo centro para ir ao mercado. Gostei de ver pouca gente circulando, mesmo considerando o horário. Com quase todos usando máscaras, nas raras aglomerações de três ou quatro pessoas, a distância entre eles foi algo que me surpreendeu positivamente… Voltei para casa mais otimista, embora ainda preocupado, pois é impossível não ficar. Ao escrever aqui estas mal traçadas senti no entorno uma sensação de que chegamos ao ponto mais crítico da Pandemia e que daqui para a frente as coisas vão começar a melhorar, com certeza. Se nem todos tomam os cuidados recomendados e necessários, a maioria, com certeza, não se comporta assim. A maioria está se comportando e agindo de acordo com o que preconiza a inteligência, o bom senso e a boa convivência comunitária. E é bem isso que devemos pesar na balança quando estivermos temerosos com os dias que estão por vir. Quando a maioria faz o que é certo, não tem porque as coisas não darem certo. Vamos insistir, sim, com os que ainda não acreditam na gravidade da situação. Porém, mais que isso vamos sim comemorar e nos conscientizar que estamos andando bem e vamos vencer essa batalha!
E embora o Flamengo esteja perdendo quase todas, até agora neste ano, lembro aos “seca pimenteiras” que andam corneteando o Mengão, que já somos campeões cariocas de 2020, um título estadual que a maioria dos corneteiros ainda não teve o gostinho, neste ano! Portanto, cuidado, fariseus: Ainda temos chances de repetir o ano passado e vencer todas as competições que disputarmos. Em 2019, só não ganhamos uma… Com Jesus de treinador ou sem ele, o Mengão tem um projeto de longo prazo e isso vai prevalecer. Não é porque perdemos e jogamos mal nas duas primeiras partidas de 2020 que as coisas vão ser assim o ano todo. Se até a Pandemia está passando, não será uma pequena má fase inicial que vai nos tirar do foco, é só esperar para ver. Embora eu não seja um grande admirador do atual futebol brasileiro, em geral, sempre é bom ver o time da gente ganhar. E eu acredito que logo, logo o Mengão voltará a ser a mesma máquina de fazer gols que foi em 2029. O time foi praticamente mantido, temos bons reforços e pratas da casa, o novo treinador é competente e falta apenas ele se entrosar com o elenco, e conquistar a torcida. Muitos torcedores de vários outros clubes gostam de secar o “Mengão”. Eles, diferentemente da maioria dos flamenguistas, são os primeiros a desacreditar em seus próprios times, na primeira derrota ou má fase. Gente de pouca fé! Daí, como consolo, passam a “torcer contra” – algo que nem existe: Não há como se torcer contra! Quem torce, sempre torce a favor. E neste fim de semana torço pelo Mengão, assim como torço pelas pessoas sensatas e honestas consigo mesmas e com a comunidade onde vivem. Assim, neste sábado e domingo vou comemorar duas vezes: o Mengão vai voltar a ganhar e a Covid19 e a nossa maior torcida mesmo, a dos bons brasileiros, vai começar a comemorar, em casa mesmo, a vitória sobre a Pandemia!
Bom fim de semana a todos (as)!