O país mais rico do mundo para mim e acredito que para a maioria das pessoas é os Estados Unidos da América, ou o Tio Sam, como prefiro chamar. Os norte-americanos têm, entre outros argumentos, o orgulho de ser o país que mais fez guerras na história da humanidade – conforme reconheceu dias atrás um ex-presidente deles, Jimmy Carter. Não por acaso eles têm a maior indústria bélica do mundo, que precisa vender armas, ou fazer a guerra! Há muitos outros motivos para considerar os EUA como o país mais rico do mundo. Mas aqui para mim estou começando a contestar esse conceito, e considerar que o mais rico do mundo é o…Brasil! O riso está liberado, mas estou falando sério. Mesmo em plena pandemia e com os ridículos desmandos deste desgoverno, onde o ministério da saúde diz uma coisa e o despresidente prega o contrário. Ou seja, um desgoverno que sequer consegue convencer o despresidente…
Mesmo com essa vergonhosa realidade, fica cada vez mais claro que este país é riquíssimo. Se não fosse isso, o país mais poderoso do planeta daria de ombros para o que acontece por aqui. A realidade mostra o inverso disso: Tio Sam não apenas se importa muito com o que rola por aqui, como interfere e fez de tudo para derrubar (e derrubou) um governo que participava como fundador de um bloco chamado BRICs, cuja existência foi o claro sinal da decadência do Tio Sam. Estes sinais já surgiram antes do BRICs e são até hoje bem visíveis aqui mesmo na América Latina, sempre considerado pelos Norte Americanos como o seu “quintal”. Antes de escorraçar os petistas do poder no Brasil, outros governos latino-americanos ditos populares e com claríssimas tendências de se afastar da hegemonia norte-americana já sofriam pressão e oposição mundial do Tio Sam. E não apensa pressão: NO Paraguai, o governo de Fernando Lugo sofre, antes do Brasil, um golpe parlamentar que igualmente destituiu o presidente. Apoiado, igualzinho ao que ocorreu por aqui, pelas pessoas mais ricas, empresários, empreiteiros, fazendeiros e banqueiros!
E quando falo de riquezas elas começam desde um povo multirracial, que tolera todas as raças e religiões. Calma, tolera sim, mesmo e apesar de parcelas minoritárias, radicais e atrasadas da população atacando mulheres, negros, gays, pobres, terreiros de umbanda e imagens de santos católicos, entre outros. Isso apesar do baixíssimo grau de educação e de cidadania desse mesmo povo! Mas o saldo é positivo! A maioria pelo menos se declara contrária aos preconceitos citados… Somos também um povo muito teimoso, estóico que não desiste nunca, e às vezes demora para reconhecer seus próprios erros. Mas estamos melhorando também nisso, já fomos bem piores. Mesmo que alguns – minorias, de novo, tenham coragem de sentir saudades de uma ditadura militar que torturou e matou pessoas inocentes, por discordar de suas retrógradas ideias. E queiram ou não, um povo com esse perfil não é fácil de encontrar por aí. E é melhor nem fazer comparações. Ainda (e apesar do resultado das últimas eleições presidenciais – onde o eleito NÃO conseguiu o voto da maioria do povo, e sim a dos votos úteis) acredito na inteligência do brasileiro, para mim, um dos melhores povos do planeta! Pena que esse mesmo povo ainda não descobriu isso…Ainda!
E tem mais: esse cidadão, o brasileiro, ainda está em plena formação, é muito jovem ainda! Não tem o lastro histórico de outros, como os europeus, por exemplo. O Brasil tem hoje, oficialmente, 520 anos, muitíssimo pouco perto de países e culturas como a China, o Japão, Grécia, Egito, Itália (agregando o Império Romano), o Irã (antiga Pérsia) ou o próprio Portugal, nossa ex-matriz. E há que se considerar que o Brasil não tem, na realidade histórica, aqueles 520 anos. A data real de nascimento do Brasil deveria ser 1888, ou alguns anos depois, quando se aboliu, entre aspas, a escravidão. Isso nos dá 132 anos de idade, ou menos, porque a escravidão não terminou assim da noite para o dia…. A escravidão ainda projeta sombras sobre o Brasil atual e, embora a maioria negue, trazemos traços racistas e
preconceituosos por conta dessa herança. Na escravidão, por quase 300 anos, a economia do país era uma falsidade, construída por escravos que trabalhavam DE GRAÇA, e na marra! Isso já é suficiente para enxergar quão falso, irreal, era o Brasil – e sua economia – do tempo do Império e, obviamente, logo que se proclamou a república. Isso explica o imenso abismo que separa, no Brasil atual, as elites com dinheiro e a absoluta maioria pobre, paupérrima ou miserável. Entendendo-se aí como “pobre” boa parcela da classe média que, com o pouco que possui olha ao redor e vê que perto dos descendentes dos execrados escravos libertos, (os negros, mulatos, pardos, indígenas e também muitos brancos) realmente podem se considerar ricos!
E para finalizar essa teoria de sermos o país mais rico do mundo é lógico que temos que citar – antes que o atual desgoverno venda ou acabe com tudo – as imensas riquezas naturais deste país. Riquezas que ainda nem foram todas descobertas, acredito – como provam as relativamente recentes descobertas do pré-sal, e das jazidas de Nióbio, fora as que são pouco faladas, por interesses comerciais. Falar de clima, solo, diversidade de fauna e flora – esta principalmente, é quase chover no molhado: Todos sabem que os recursos naturais do Brasil despertam olho grande e escusos interesses de grandes corporações mundiais e de outros países. Falta ao Brasil uma “grande coisa”, que muitos teimam em considerar pequena, também por interesses inconfessáveis: Falta educar o povo, dar ensino às crianças e à juventude, estimular, apoiar e talvez até obrigar esse povão a frequentar a escola, a universidade – e conhecer muito bem a história deste país. E para isso, faço questão de lembrar, precisamos, em primeiríssimo lugar, da lei número zero: Precisamos de professores (em todos os níveis) valorizados, apoiados e muito bem pagos! Repito isso há pelo menos duas décadas: UM país que a cada ano tem que encarar greve de professor por melhores salários – e que manda a polícia bater em professor – é um país que NÃO está no caminho certo! Sem apoio total ao ensino e à educação não se constrói país nenhum! E não se vai a lugar algum!