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14/01/2022 às 07:49
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Quirera Gourmet – 14/01/2022

Quirera Gourmet
Por: Flavio Carvalho

Femi 40 Anos

Bons tempos aqueles em que a Femi acordava Xanxerê, e transferia a cidade para o parque de exposições Rovilho Bortoluzzi, num corre-corre alucinado e único. De 1982 a 2022 lá se foram quatro décadas, e muita água. Aquele mundo, naquele modelito, quase desapareceu e é óbvio que a Femi por si só não tem mais a magia de mobilizar e turbinar a Campina como acontecia antigamente…Inovar e propor desafios são situações da moda, hoje, e certamente vão desfilar seus ‘corpitchos’ na Femi 2022, encarando ainda a desvantagem de algumas recentes festas canceladas ou adiadas.

Vitrine

Olhando assim por cima dá impressão que não se tem mais clima para Femi, mas acredito que seja uma falsa impressão. Toda e qualquer comunidade gosta e se esforça, quando se trata de expor, colocar na vitrine, o que tem de melhor, as suas qualidades e o seu orgulho! E deve existir, ainda, aquela velha proposta de “fazer maior e melhor que a anterior”. E quem é xanxereense – raiz ou nutella – sabe que a Femi ainda é a maior vitrine que a economia local conseguiu armar. E já dura 40 anos. Nenhuma outra iniciativa – a não ser a festa do Padroeiro Senhor Bom Jesus da Coluna, acredito – teve vida tão longa…

Memória

É tentador pensar em definir alguém, uma mulher com 40 anos de idade para dar seu testemunho sobre Xanxerê e as Femis que assistiu ou participou. Não foram 20 edições porque duas ou três foram canceladas, na conta de tornado, pandemia e não sei se mais algum problema. Mas as que aconteceram certamente têm muita história para contar, também. Pena que – igual a muitas coisas importantes por aqui – ninguém se preocupou em armazenar imagens e documentos que mostrassem um pouco de cada uma. Seria, já, uma bela atração…

Resgate

Falar em memória preservada num país onde sequer se tem um Ministério da Cultura é querer um pouco demais, né não? Porém se formos balizar as coisas com base no que acontece hoje no país,…benzódeus! Vai sobrar muito pouco para contar ou mostrar! E Xanxerê já esboçou nos anos 90 uma frágil e pouco duradoura tentativa de resgatar a história, gravando depoimentos dos mais antigos e recolhendo testemunhos, fotos, reconstituindo fatos marcantes…Não sobreviveu, sobrou nada… mas merecia estar forte e atuante até hoje, quando novamente se volta a valorizar a reconstituição de fatos históricos…

Cabides

No final dos anos 1980, mais ou menos ao mesmo tempo em que duas administrações estaduais do então PMDB governaram a Santa e Bela, Xanxerê deixou de sediar uma série de escritórios de supervisão e coordenação microrregionais de órgãos do Governo do estado, logo que “o PDS” retomou o poder. Os órgãos, sob a ”justificativa oficial” de aproximar mais o governo da região e dos oestinos, foram na verdade úteis cabides a correligionários, cabos eleitorais e do PMDB, exatamente igual ao que faziam o PDS, a Arena…

Lá Tinha

Com a posse de Vilsom Kleinnubing no governo de SC tais “repartições” fecharam e, por óbvio, as “ extinções” foram profundamente lamentadas por quem perdeu a teta. Sumiram “coordenações regionais” da Cidasc, Ipesc, Epagri, Casan, Delegacia de Polícia, Receita estadual, entre outras. Os peemedebistas da hora buzinaram forte: “Xanxerê, a cidade da Lá tinha! Tinha Cidasc, tinha Ipesc, tinha…”! O Chororô mudou coisa alguma, mas rendeu muita discussão entre os eternos adversários políticos locais: PDS e PMDB…

Não Tem Mais

Para o bem e para o mal os tempos da Cidade da Lá tinha ficaram para trás e ninguém mais lembra…Na rota de aproximar governos e governados, a era Luiz Henrique ainda ressuscitou um pouco essa história com a criação de outro grande guarda roupa cheio de cabides, desta vez batizado de Secretaria do Desenvolvimento Regional. Às vezes penso que “certas passagens” da política e da história da Santa e Bela Catarina não recomendam – digamos – que se resgatem os fatos…às vezes melhor que caiam no esquecimento mesmo! Cidade da Latinha, por exemplo, não tem mais. E que fique assim mesmo!

A Femi, Não!

Não restam dúvidas que iniciativas como a Femi não podem cair no esquecimento, muito menos serem ignoradas pela história. Trata-se no caso da Femi da maior e a mais bem-sucedida iniciativa, empreendimento, esforço e realização coletiva de uma comunidade que, infelizmente, não possui muitas histórias de sucesso semelhantes. E nem maiores! Bem ou mal, Festa Estadual do Milho foi o melhor resultado de esforço coletivo que Xanxerê logrou conseguir, nos seus 67 anos de município…

Mãos à Obra!

Por mais que possa parecer – e parece mesmo – um evento que, nos moldes em que vinha sendo realizado tenha poucas chances de sucesso, hoje, nada impede nem inviabiliza que a Femi se reinvente, se recrie e se repaginize! Não sei se há outros casos semelhantes com feiras se repaginando, mas está aí um desafio que certamente pode cativar muitas e boas cabeças pensantes. Especialmente a rapaziada ávida por construir o novo e encarar paradas inéditas. Mãos à obra!

Um bom final de semana a todas(os)!

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