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13/04/2021 às 07:23
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Quirera Gourmet – 13/04/2021

Quirera Gourmet
Por: Romeu Scirea Filho

Nada de Novo no Ar, Nem Aviões de Carreira…

As notícias insistem em não trazer novidades e só falam das mesmas coisas, até nas tragédias. Matam crianças de quatro anos, desprezam e abandonam idosos, agridem, estupram e matam mulheres e ex-companheiras, espancam homossexuais, negros…. Pobres seguem pagando dízimos para enriquecer fariseus e enganadores, exploradores da boa-fé e da inocência de incautos. E os podres de ricos estão nem aí, essas coisas não lhes pertencem e eles nem querem compra-las. As notícias cansaram de divulgar fatos inéditos e resolveram informar as mesmas coisas de sempre, todos os dias. No máximo dão umas pinceladas de cal no que todos conhecem, tanto os que sabem tudo como os que sabem nada e negam tudo.

Pais e mães querem que as escolas comecem as aulas com alunos rezando e pedindo de tudo para Deus. Mas não ensinam os filhos nem a rezar, nem a lutar pela vida. E chamam os professores de vagabundos e de comunistas, se estes teimarem em querer ensinar as crianças a andar e voar com suas próprias pernas e asas. Não há qualquer preocupação, nem gestos avulsos, para melhorar a vida de todo mundo. É cada um por si e Deus também apenas para cada um, pois ninguém mais faz parte de coisa alguma. É Deus cuidando de cada um e cada um interessado apenas nele mesmo. Se morrer um parente ou amigo o choro é obrigatório, as lamentações e os elogios a quem partiu surgem abundantes, mas nunca foram ditas antes, quando o vivente ouvia…

As voltas que hoje o mundo dá são as mesmas que dá há milhares de anos, mas parece que agora já vimos tudo o que existe no mundo. Algumas realidades parecem novas, porque antes não se dava atenção a elas, mas todas são podres de velhas. Assim como muitos humanos, que parecem seres de outra espécie, mas são humanos, os mesmíssimos de séculos atrás, sempre existiram, apenas não eram notados. Ou não se faziam notar, mas andavam sempre por aqui mesmo. Até as mentiras e as fraudes não conseguem mais produzir fatos novos. Os gênios perderam suas genialidades, já não inventam. Os cientistas estão desacreditados e nem eles acreditam mais neles. Os grandes ídolos morreram todos. E não existem nem sinais que tenham nascido novos.

As críticas e as reclamações contra os problemas do cotidiano são de uma mesmice de dar sono. E igual a sempre, ninguém resolve nada, mas ninguém para de reclamar de tudo e de todos. Uns se dizem felizes por algumas horas, quando lembram e contam alguma piada bem velha, e até conseguem rir, como é costume. Os que vivem de mal com a vida não buscam fazer as pazes com ela, seguem com os mesmos maus bofes costumeiros, doa a quem doer! Os formadores de opinião abandonaram a atividade, por excesso de concorrência. Porque os que sabem tudo dominaram o mercado, e só admitem a concorrência dos que sabem nada e aderiram ao negativismo – que não passa da velha ignorância lambuzada com outra precária demão de cal.

Como sempre, há os que acreditam que o mundo vai acabar, e também os que juram que Jesus vai voltar para salvar os que vivem pedindo que Deus pai os salve do fogo do inferno. O Deus que habita cada um segue sem voz, nem vez, como sempre esteve. E rogar a Deus permanece como a mais ferrenha crença que basta falar, da boca para fora, que o criador virá correndo nos acudir, como sempre se esperou que viesse. Seguimos acreditando também que Deus nos fez igual à sua imagem e semelhança e que, portanto, somos criaturas divinas! E isso nos dá uma vetusta certeza de que estamos todos salvos, graças a Deus! Continuamos acreditando que haveremos de gozar a vida eterna, e que herdaremos o reino dos céus onde, como se sabe, seremos felizes para todo o sempre!

A verdade é que ainda somos os mesmos e vivemos como nossos pais, avós e bisavós e todos os antepassados. Não sabemos de onde viemos, nem para onde estamos indo – se é que estejamos indo a algum lugar. Não descobrimos nada de realmente importante sobre a vida, nem sobre a morte. E igual a muitos séculos atrás, ficamos deslumbrados com novas máquinas, sejam elas de tecer ou de fabricar outras máquinas, que nos trazem confortos, comodidades e facilidades para que possamos continuar a nos considerar seres superiores, iguais a Deus. Somos os tais, e nossos pais também eram! Continuamos nos matando e fazendo guerras fraticidas, sanguinárias – com as mesmas velhas armas da soberba, da superioridade e dos preconceitos, que justificam tudo…

Alguns, os mais teimosos, pregam outra velha descoberta, a que a Humanidade e o ser humano “não deram certo”! E que Deus na verdade apenas nos atura, mas prefere não mexer, muito menos interferir nesse formigueiro que construímos, às custas de destruir o paraíso que existia aqui e era chamado de planeta Terra. Outros, que também existem desde muito tempo atrás, desistiram de acreditar nos humanos e dedicam suas vidas a cuidar e salvar os animais ditos irracionais – a exemplo de cães e gatos que, desde a Idade Média ou antes, são vistos como seres que “só faltam falar”. Mas até hoje nunca falaram – e ainda bem que não falam. Porque certamente iríamos ouvir muitas, e graves verdades que, como sempre, varremos para debaixo do tapete!

Se os animais conseguissem ou resolvessem falar, aí sim penso que teríamos notícias novas neste pedaço da galáxia. E não creio que seriam boas notícias. Talvez por isso mesmo, não há maiores interesses em voltar ao tempo em que a gente falava com eles. O Show chamado de “Banquete dos mendigos”, lá nos anos 70, deve ter sido a última vez que se tocou nesse delicado e sensível vespeiro: Música interpretada por Jards Macalé, alertava: “O Homem antigamente falava/com o pato, o jabuti e o leão / Olha o macaco na selva/ mas não é macacão/ baby/ é o teu irmão…Agora já é tarde/o tempo não volta mais não…O jeito é tomar um porrete/ e desfrutar desse banquete/para encontrar a paz/ que a gente tinha quando falava/ com os animais…”. Depois não se falou mais nisso! Volta e meia as velhas notícias nos trazem é que continuamos buscando diferentes formas de vida nos confins do universo. E a notícia, além de velha, guarda uma Fake News embutida: Buscamos na verdade é um outro planeta habitável para a espécie humana. Porque nossa vida por aqui estaria pela bola sete… como também faz tempo que ouvimos falar!

 

 

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