Em entrevista a Guilherme Rosa da Silva, no programa Bom dia Cidade da Rádio Princesa, a vice-governadora Daniela Reinehr revelou que para falar (ela disse ter audiência) com o governador Carlos Moisés, tem que mandar por ofício. Isso não é pouca coisa. Se a vice está assim, imagina “o resto do povo”. Daniela, que é Oestina de Chapecó, advogada e produtora rural, também reclamou da pouca atenção que Moisés dispensa para a região Oeste, e novamente falou a verdade: Moisés em um ano e quatro meses de governo se pareceu aqui não esquentou a cadeira. E dá para contar nos dedos da mão, com dedos sobrando, as vezes que veio…O Oeste por décadas amargou o codinome de “quintal” do Estado, com poucas visitas e menos ainda obras do Governo do Estado. Nos governos Luiz Henrique, principalmente, e um pouco menos no período de Raimundo Colombo, ambos andavam por aqui a cada quinze dias, mais ou menos. E sejamos justos, trouxeram recursos e obras. O atual governo, entretanto, como a própria governadora oestina também disse praticamente ignorou a região. E também isolou a vice-governadora da região. Bom, quem votou em Moisés e em deputados que também NUNCA mais botaram o pé aqui devem estar felizes… O Oeste voltou a ser quintal!
Contra ignorância, mau humor e principalmente contra coronavírus e contra os desgovernos estadual e federal, coma pinhão! Pode não ajudar, mas mal, não faz! A safra do pinhão é sem dúvidas a melhor notícia dos últimos dias. Cozido na água, na chapa ou sapecado na grimpa de pinheiro, o pinhão deveria ser o símbolo de muitas regiões do Sul do Brasil – onde antigamente reinavam, majestosos, os pinheirais! Estás mal-humorado? Vá até o mercado (de máscara!) e compre pinhão – não tá barato, paguei quase R$11, o quilo, mas vale a pena! E os pinhões desse ano estão muito saborosos! Num país em estado de pré-guerra civil, ainda é possível aproveitar as coisas, muitas coisas boas, que passam pela nossa frente todos os dias. Apesar da ignorância que grassa mais que o coronavírus…ou melhor, mesmo com ela, ainda é possível aproveitar o lado bom da vida! Coma pinhão e viva mais feliz! Salve o pinhão! Pinhão acima de tudo!
Caminhoneiros fecham a Avenida Paulista, contra o isolamento. Esses caminhoneiros agora devem ser infectologistas e cientistas! Militar da reserva que prometia fechar Brasília para protestar a favor de Bolsonaro é internado com Coronavírus; Socialite e milionária carioca Lurdes Catão – que ironizava criticava a quarentena – não resiste ao vírus e morre. Governador de Santa Catarina recomenda a empresários que boicotem a imprensa e deixem de anunciar – por conta das críticas que recebeu. Ele comprou, pagou caro e adiantado e apesar de receber ontem o primeiro lote de respiradores, há quem aposte que comprou gato por lebre. Tem gente querendo depor o governador, mas acho que não vai dar, apesar de a cada dia os respiradores estarem sufocando mais e mais o governo. Os R$ 33 milhões já derrubaram dois secretários, e ontem descobriu-se que uma empresa de Joinville esta envolvida na cara e curiosíssima compra! A segunda-feira 11 de maio começou de ressaca!
Juristas e especialistas em Direito Constitucional atestam que há motivos de sobra para pedir o impedimento do despresidente que nos assola; O Presidente do Congresso nacional coleciona, na gaveta, pedidos de impeachment, mas diz que “agora não é hora para isso”. O Governo que deveria proteger a floresta Amazônia e os povos indígenas vira marionete nas mãos de madeireiros, grileiros e mineradoras…. Enquanto isso torcidas de clubes de futebol – que não estão pedindo a volta dos jogos, nem o fim do isolamento – declaram ser a favor do impedimento do presidente. O Judiciário, o Legislativo e as centenas, talvez milhares de instituições que agregam e representam importantes segmentos da sociedade brasileira… fazem olhar de paisagem! Esse país vai muito mal!
O Brasileiro descobriu e está gastando a máxima “ a lei é para todos”. Mas no primeiro cochilo ele atropela a lei. Sou a favor de abrir processos legais que possam levar a destituição do atual despresidente. Mas não posso concordar com a torcida do Corinthians agredindo manifestantes pró-bolsonaro, domingo, nas ruas da capital paulista. Por mais que discorde de quem quer contrariar o isolamento e a quarentena, usar violência contra manifestantes pacíficos é violência e não tem amparo legal algum. Violência – da esquerda e da direita – não podem e não devem ser aplaudidas e nem sequer admitidas. Senão esse país vai virar uma batalha campal, em pouco tempo. Não se pode combater crimes cometendo outros crimes para isso. O Ex-juiz Sérgio Moro agiu assim e, pelo jeito, virou (péssimo) exemplo a ser seguido! E o que mais assusta hoje são as múltiplas manifestações da ignorância, algumas sob descarado aplauso de pessoas tidas como “Doutas”…lamentável!
Com o cargo na rifa, o atual despresidente da república acaba de rasgar mais um dos seus compromissos de campanha, o de acabar com a política de troca-troca: Dá cargos públicos para partidos políticos do famigerado “Centrão”, para distribuir entre seus filiados ganhar bem (e cometer falcatruas), em troca de votos favoráveis no legislativo. O toma-lá-dá-cá é uma instituição nacional das mais respeitadas e utilizadas por governos de literalmente todos os partidos. Em nome de algo que chamam de “governabilidade”(sem maioria no congresso, ninguém consegue governar, dizem. Mas ninguém experimentou…) Sarney, FHC, Lula, Dilma, Temer – e o que eu não gosto de escrever nem o nome, usam e abusam dessa nefasta figura, agora chamada de toma-lá-dá-cá. Acredito que um presidente corajoso deveria desprezar essa prática e, ao notar que seus adversários para retaliar não ter ganho cargos, votam contra, ele, presidente, deveria chamar o povo pra rua e dar o nome aos bois: “Fulano vota contra porque eu não dei mordomias e cargos para seu partido”! Garanto que acabava com o toma-lá-dá-cá. Mas….políticos brasileiros não brigam entre si. São corporativistas e adotam a lei do “uma mão lava a outra”! Ou então que se legitime a prática, tornando-a mais uma lei….Tem outro dito também muito usado: Instaure-se a moralidade. Ou locupletemo-nos, todos! Esta segunda alternativa é a que está em vigor.