Não me sinto mal, nem pior, nem menos, nem mais, quando me taxam de comunista. E nem é porque não sou… Antes disso, fico decepcionado com brasileiros que confundem comunismo com lutar por uma vida melhor para todos, não apenas para alguns… É o brasileiro que luta apenas para si mesmo, não é de pensar na comunidade, na sua cidade ou na sua nação. E acredita que sua vida (só a dele) vai melhorar tipo milagre de um salvador da pátria. Nunca através da sua participação – e na de todos – numa união de esforços. Atualmente nas redes sociais esse brasileiro deixa claro que sabe tudo e, portanto, não precisa ouvir opinião de comunista nenhum. Mesmo que esse “comunista” se chame Paulo Freire, ou Simone de Beauvoir, ou Adam Smith, Hitler… Ou a mãe Joana. Discordou, é ‘cumunista’, marxista, e deveria ir morar em Cuba! Isso inclui desde o Papa, até o astro do Pink Floyd ou quem mais se meter na conversa! Acho que se contar para esse brasileiro que existem comunistas até nos Estados Unidos, alguns morrem secos, na hora, vítimas de ataque fulminante de apoplexia! Gostaria de ver uma pesquisa pedindo para os anticomunistas ferrenhos responder duas perguntas: O que é Cidadania e o que é Comunismo. Ia ser da massa! Êpa: “da massa” tem tudo para ser uma expressão comunista! Qualquer dia – eu espero – esses brasileiros vão sacar que ser brasileiro é bem mais que berrar “nossa bandeira jamais será vermelha”. Brasileiro pra mim é quem luta por uma vida melhor não apenas para ele, e não se importa com rótulos!
Anos atrás era uma brincadeira que volta e meia acabava em socos e pontapés criar apelidos jocosos ou diminutivos, depreciativos e ofensivos. Nas páginas policiais também saiam apelidos, aí rebatizados de ‘alcunhas’, e como geralmente tratava-se de maus elementos, saía no jornal. Se fosse rico ou poderoso não saía (até hoje sai pouco), nem nome nem apelido, nem alcunha ou pseudônimo – esse um primo literato, metido a intelectual. Mais tarde surgiu o rótulo, geralmente um pedaço de papel colado na mercadoria com o nome do fabricante. Pois aí o rótulo ficou famoso, expandiu e agora rotular uma pessoa significa limitar todo o universo e a vida dessa pessoa a uma palavra, aos seus significados derivados, ou ao que dão a entender. Rotular alguém pode ser visto como brincadeira e entre amigos fica nisso mesmo. Porém há rótulos ofensivos, que atingem a honra da pessoa e pode-se, com uma aparentemente simples palavra, esculhambar e jogar “m” em toda uma trajetória de trabalho, vitórias e derrotas, avanços e retrocessos. Agride-se uma reputação conquistada com méritos através de um rótulo. As palavras são armas poderosas, é preciso saber manuseá-las e há que se pensar várias vezes antes de fazer o disparo. Dizem que as palavras ficam pairando no ar, invisíveis, flutuando. Mas prontas para cair de volta sobre nossas cabeças. E provocar grandes estragos…
Por que parte da sociedade ou a maioria – aí somando opinião pública, imprensa – pensa daquele jeito, não sou obrigado, nem vou pensar igual. Não é mais possível apoiar e concordar (ou simplesmente aceitar calado) com medidas flagrantemente prejudiciais e/ou mal-intencionadas, adotadas pelo atual (des)governo deste país. O ocupante da presidência tem um criatório de “pérolas” hilárias, se não fossem profundamente lamentáveis: uma das últimas (todo dia tem uma) é a de que gostaria de trocar boa parte da população brasileira por alguns milhões de chineses… Dá nem vontade de rebater tamanha baixeza, mesmo que ela viesse do mais mal informado dos milhões de brasileiros. Mas veio do (des)presidente da República. E ninguém deu bola. Qualquer dia ainda vamos ouvir a peça que ocupa o cargo de presidente mandar todo mundo (os brasileiros e o Brasil)) à m! Os servidores públicos, segundo o (des) ministro da fazenda, são “parasitas”, tratamento para portadores de HIV é “despesa”. O cara na verdade não governa, ele xinga, menospreza a inteligência do brasileiro, bate continência para outra bandeira – e se diz patriota. Pior: Tem quem acredite…