Lei Para Todos… Falta Avisar o Desgoverno
Em menos de 72 horas duas decisões do desgoverno brasileiro tiveram que ser revistas, por conta de ilegalidades: A decisão de retirar R$ 86 milhões do Programa Bolsa Família, para aplicar em propaganda e publicidade do desgoverno; e a decisão de mascarar números relativos à pandemia, conforme previ aqui mesmo nesta Quirera. Além de governar de costas para a nação, o desgoverno brasileiro quer fazer o que bem entende, sem prestar atenção às leis, e principalmente à Constituição. Já são muitas as decisões anunciadas e depois revogadas, por conta de não se adequarem às leis. Note-se que no tempo daquele governo que muitos chamam de ladrão, isso não acontecia assim com tanta assiduidade. Mesmo assim, naquele governo, uma presidente foi destituída por conta de umas tais de pedaladas, que até hoje ninguém sabe quais foram os prejuízos que teriam causado, nem se teriam causado prejuízos. O fato é que as tais pedaladas – antes praticadas sem problemas e agora legalizadas – são usadas a rodo pelo atual despresidente. E ninguém fica vermelho! Mas não se trata de fazer comparações com os governos do PT. A conversa não é por aí…
China compra mais da Argentina. E menos do Brasil, de Weintraub
Note-se ainda que ninguém aqui está pedindo a volta do tal governo que só roubava, segundo muitos brasileiros com sérios problemas cognitivos, ou mal-intencionados. O que se pede aqui nesta coluna é que o atual desgoverno mostre serviço, diga a que veio. TRABALHE! Porque até agora de trabalho mesmo e de ações que melhorem a vida do país e da população, sendo muito generoso, pode-se dizer que fez nada! Deixando a generosidade de lado, pode-se dizer que muitas de suas ações pioraram a vida dos brasileiros e do próprio Brasil. Exemplo? Ontem, segundo a respeitável Agência Bloomberg, o Brasil deixou de ser o maior parceiro comercial da Argentina. Perdeu para a China, que está comprando desde grão-de-bico e limões, até carne bovina e soja… da Argentina. Enquanto isso no desgoverno, o ministro da educação – que sabe nem escrever direito o português – continua desancando, com seu péssimo português, a China, maior parceiro comercial do Brasil. Para variar, falando abobrinhas, como sempre! E ninguém faz nada…
Quedas com a Pandemia
Queda de 8% na economia brasileira e de 20% na economia global, prevê o Banco Mundial, devido às perdas com a pandemia. Em Santa Catarina o Governo do estado fala, até agora, em queda de cerca de 20% na arrecadação – buraco que ele já teria coberto em parte com as economias que alega ter feito antes do Coronavírus e de outra parte pelo aporte de recursos federais. Mas estes últimos, segundo entendi, seriam oriundos de parcelas da dívida do estado que o governo federal postergou, adiou, e deve cobrar mais tarde. Não tem almoço de graça. Como se previu desde o início, as perdas serão muito grandes e vão “pegar parelho”. O que não significa dizer – como se chegou a alardear no começo da pandemia – que a economia brasileira iria literalmente quebrar e causar uma catástrofe. É cedo ainda para dimensionar corretamente a amplitude dos prejuízos, mas já é possível prever que não será o deus-nos-acuda previsto inicialmente.
Trabalho em casa
Nem só de más notícias vive-se numa pandemia. Site G1 da Globo publicou no domingo resultados de uma pesquisa feita pela Empresa de recrutamento de mão de obra Robert Half, entre os dias quatro e 21 de maio, com 800 trabalhadores brasileiros com idade de 18 anos ou mais, ocupantes de cargos de cargos de média e alta gerência. O dado mais curioso, e positivo, revelado pela pesquisa aponta que 86% dos entrevistados afirmam que gostariam de trabalhar remotamente (“home office”, ou trabalho em casa) “com mais frequência”, após a pandemia. Outro resultado aponta que 52% dos entrevistados acredita estar trabalhando mais horas do que antes da pandemia e 74% declararam-se preocupados em perder o emprego. Fala-se muito em mudanças causadas pelo Coronavírus e essa aprovação – com índice surpreendente – do trabalho em casa, pode ser uma das principais delas, a conferir!
Novas Fontes de Renda
A criatividade do brasileiro mais uma vez está sendo posta à prova e mostrando sua arte, desta vez na busca de fontes de renda diante da pandemia. Pipocam por todo lado iniciativas que buscam renda individual e empresarial, embora seja prematuro afirmar que elas sejam um sucesso, mas são uma valorosa iniciativa. O primeiro exemplo que vi florescer foram as inúmeras costureiras fazendo máscaras de proteção, uma necessidade pois as máscaras existentes eram, em sua maioria, para uso cirúrgico e tinham preços não muito acessíveis. Hoje é possível ver máscara de “fabricação caseira” em muitas lojas de Xanxerê. Óbvio que isso por si só não representa uma solução para os problemas de queda de renda familiar, mas foi a primeira “brecha” ou nicho de mercado surgido diante dos problemas. E servem para demonstrar que outras atividades podem ser incrementadas diante da nova realidade. Outra é a “indústria” da comida caseira, que também vem crescendo na Pandemia.
Ocorrências, Novas e Antigas
E entre as novidades da pandemia também chama a atenção a redução de ocorrências policiais, cuja “explicação” ainda não consegui enxergar com clareza. Mas basta observar os boletins policiais da imprensa nos finais de semana para notar isso. A razão mais presumível é a de que com mais pessoas em casa, o maior tempo possível, a bandidagem – notadamente os “amigos do alheio” estão com seus freios de mão puxados! Conseguir fazer limonada com os limões da pandemia é outra ginástica que desafia os brasileiros. Ginástica muito necessária para a cabeça, pois ficar trancado em casa mais por tempo já pode ser considerado um novo hábito. Muitos conseguem encontrar afazeres e ou passa tempos para evitar a monotonia e o estresse. Mas para outros os acessos de raiva ou dias inteiros de maus humores também podem ser notados. E provavelmente foi o que aconteceu com o xanxerense (não conheço os detalhes) que acabou multado após soltar os cachorros num servidor municipal que cobrou dele o uso de máscara, no domingo. Infelizmente, as reações de intolerância diante da nova realidade também são previsíveis. E seria bom conseguir evita-las!
Quirera Gourmet