Na próxima segunda, 20 de abril, completa-se cinco anos da incidência do tornado que trouxe tragédia e destruição para Xanxerê, num episódio de triste lembrança. A mesma garra da comunidade em refazer o que poderia ser refeito pode ser muito útil nesse momento de aflição e insegurança quanto à saúde de todos. Nestas horas é bom relembrar que já se superou muitos e grandes obstáculos e adversidades. Sabemos de nosso potencial, mas às vezes nos deixamos levar por sentimentos pessimistas, ou de desânimo. E essa garra hoje deve ser traduzida e disseminada através do uso de máscaras na rua, além dos outros cuidados já bem divulgados e assimilados pela maioria. Não é hora de abrir a guarda, ainda é cedo para achar isso ou aquilo. O que temos é a certeza de que é necessário adotar TODOS os cuidados que vêm sendo recomendados pelos órgãos de saúde pública e pela ciência! Também é necessário reforçar aquele velho dito popular: Nestas horas, que é preferível pecar pelo excesso do que pelo relaxamento ou pelo descaso. Se sair à rua, USE MÁSCARA!
Para o Coronavírus é favorável a chegada do frio, e vale lembrar que especialistas vêm alertando desde março que o pico da pandemia está previsto para fim de abril, início de maio. Um detalhe está sendo esquecido na avalanche de informações sobre corona vírus e a reativação da economia: Não se sabe ao certo quantas pessoas adquiriram o vírus e NÃO manifestaram a doença, mas transmitem o vírus para outras pessoas que estiverem na sua proximidade. Tomara que eu esteja errado e não vou gostar se estiver certo. Mas com o pico da pandemia aqui no Brasil previsto para o final deste mês, as chances de uma disseminação massiva do vírus com a volta das atividades econômicas é uma possibilidade. Resta reforçar o pedido de sair às ruas usando máscara, sempre! Nas últimas vezes que saí pra rua tive o cuidado de observar quantas pessoas num bloco de vinte estavam usando máscaras. Não vou dizer o resultado, mas foi de dar medo. É um cuidado fácil de ser adotado e pode fazer toda a diferença!
Não é fácil combater as Fake News hoje no atual reino bolsonárico. Os “filhos do rei” são grandes produtores e até dá para explicar porque eles fazem isso: A eleição do “pápi” tem um dos seus pilares nas mentiras difundidas fartamente na Internet via Whatzap, conforme ficou provado. E foram engolidas por pessoas desinformadas e artificialmente infladas pelo ódio a tudo que lembrasse o PT – Esse mau elemento eleito pela mídia conservadora e lesa-pátria como o pai e a mãe de todos os males do Brasil. Do descobrimento até agora. Esse povo, como se sabe, pensa igual ao despresidente que criticou livros por que neles “têm muitas coisas escritas”. E como já observei aqui mesmo no lançamento de “Quirera”, a burrice virou moda! É Top e também é gourmet, chic ou brega chic…. Daí a Quirera Gourmet! De uma hora para outra começou-se a chutar a ciência e acreditar piamente que a terra é plana – para citar só um exemplo! Pesquisa de 2019, aponta que cerca de 30% dos brasileiros duvidam da ciência! As Fake News caíram como uma luva numa terra em que se despreza a cultura e ignora-se a ciência. E onde o despresidente eleito tem como um dos seus principais ídolos um….torturador de mulheres!
Para os católicos hoje é um dia santíssimo porque marca a morte e ressureição de Jesus Cristo. Tempo de renovação. Eu gosto de respeitar todas as religiões. Mas nem todas as igrejas… me nego a aceitar e chamar de honestas verdadeiras arapucas usadas por pessoas desumanas, monstros, para tirar dinheiro de pessoas pobres, materialmente, intelectualmente e que não tiveram acesso à educação, por motivos voluntários ou involuntários. O que se vê hoje no Brasil é a multiplicação de ricas igrejas e ricos pastores, que retiram dinheiro das camadas mais pobres da população, e também de incautos e ingênuos homens e mulheres da classe média. Pior ainda é muitos desses pastores serem aliados do que existe de mais demagógico e enganador na podre esfera política deste país. A mentira, ou Fake News, também serve como “livro sagrado” de tais igrejas: Vendem a preço de ouro vassouras “ungidas” e outras asneiras que ingênuos compram e pagam! Acredito que logo essas “organizações” que chamam de “igrejas” serão desmascaradas. E que a verdadeira fé irá prevalecer!
Açambarcada pelo comércio, a Páscoa dos católicos virou artigo de consumo, daí a bronca de muitos comerciantes para reabrir suas lojas – o que em larga escala aconteceu ontem, infelizmente, eu penso, em Xanxerê. Não condeno os que acham que “não dá mais para ficar com as portas fechadas”, apenas não concordo com essa afirmação. Dá, sim senhores! É claro que os prejuízos são inevitáveis, e em muitos casos bem grandes. Mas repetindo o que se vê muito hoje nas redes sociais e mesmo em alguns órgãos de imprensa, o mundo – e sua decantada economia – já se recuperaram de duas guerras, uma bomba atômica e de várias epidemias (menos a da fome!), entre outras muitas tragédias. Mas vidas humanas ninguém recupera. Nesta páscoa pedi para o coelhinho trazer um caminhão virtual de ovos recheados, de fato, com coragem de reconhecer o verdadeiro valor da vida! Um valor muito acima do dinheiro ou de empresas, empregos, bens materiais, vaidades ou poder. Parar de chorar com a barriga cheia, parar de reclamar da vida, contentar-se com aquilo que temos. E socorrer quem está em necessidade não é mais um sonho, é necessidade urgente!
Feliz Páscoa!