O ministro da Justiça, André Mendonça, determinou que a Polícia Federal abra inquérito contra Hélio Schwartsman, colunista da “Folha de S.Paulo”. Ele ordenou que a PF enquadre o jornalista com base na Lei de Segurança Nacional, usada pela ditadura militar para perseguir adversários políticos. Schwartsman escreveu um artigo duro, no qual condena o comportamento de Jair Bolsonaro na pandemia e diz torcer para que ele morra da doença. Ninguém precisa concordar com isso, e o Planalto tem meios para rebater o texto e seu autor. Mas não é admissível, numa democracia, que o governo use a polícia contra um jornalista que emitiu uma opinião crítica ao presidente. Não é a primeira vez que o ministro recorre à PF e à Lei de Segurança Nacional para intimidar a imprensa. Em junho, ele ordenou a abertura de outro inquérito contra o cartunista Aroeira e o jornalista Ricardo Noblat por causa de uma charge de Bolsonaro. Mendonça é candidato a uma vaga no Supremo Tribunal Federal. Em abril, ao assumir o Ministério da Justiça, ele se descreveu como um “servo”, chamou o presidente de “profeta” e prestou continência diante das câmeras. (Fonte: Blog da Cidadania)
Cerca de 50% dos brasileiros ou mais – segundo diversas pesquisas de opinião – não confiam mais no atual desgoverno do Brasil, e esse percentual vem aumentando. A queda mais acentuada começou com a saída do Ex-ministro da Saúde, Henrique Mandetta, e ganhou mais força com a demissão do Ex-ministro da Justiça, Sérgio Moro. Ambos à época detinham percentual de aprovação superior ao seu chefe. Daí em diante as pesquisas só mostram quedas de aprovação, especialmente por dois motivos: As investigações sobre o escândalo da “rachadinha” na Assembleia Legislativa do Rio de janeiro, que tem como principais protagonistas o Senador e filho do despresidente, Flávio Bolsonaro e seu ex-assessor, o famoso Queiróz. Outro motivo são as diárias atitudes do despresidente negando e menosprezando a gravidade da Pandemia. Isso motivou inclusive críticas do maior ídolo do primeiro mandatário brasileiro, o Presidente norte-americano Donald Trump. Mas nada consegue demover ou diminuir o ímpeto do despresidente em negar a Pandemia. E o número de mortos já se aproxima de 70 mil brasileiros. Sem sinais de estabilização na Pandemia….
Críticas aos governos são mais que normais, são necessárias, em qualquer democracia. E qualquer governo democrático este deve sempre manter razoável sintonia com a população que o elegeu, e mesmo com os que não votaram no eleito. E críticas são absolutamente normais. Os governos petistas foram duramente bombardeados pela quase totalidade da grande imprensa brasileira, que inclusive desempenhou papel preponderante na derrubada do Governo Dilma Roussef. O atual despresidente além de nunca jamais ter tentado pacificar a nação, fala e demonstra estar sempre disposto a fazer guerra. Seus contínuos ataques são marca registrada do desgoverno. E diante da debandada de apoiadores tenta desviar a atenção da opinião pública para os crescentes riscos de ser apeado do governo – algo que este Jornalista não acredita que aconteça, friso. Mas ao invés de tentar apaziguar a nação, o despresidente se arma para a guerra: sua aliança com o Centrão – agrupamento de partidos notoriamente interesseiro e afinado apenas em cargos no governo é uma prova incontestável que ele teme ser deposto. Tanto que ao aderir ao Centrão rasgou um de seus raros e elogiáveis compromissos de governo: Não governar na base do famigerado toma-lá-dá-cá, ou da tal “governabilidade”, exatamente a mesma desculpa que levou o governo de Dilma ao golpe. A tal “nova política” dele já virou promessa não cumprida…
Um Governo em Guerra 3
Ao culpar a esquerda e declarar guerra à imprensa ele só consegue mostrar sua total falta de habilidade para administrar esse complicado paísE reafirma um grosseiro e bizarro amadorismo, já escancarado desde a formação de seu ministério. E o mais lamentável, na minha opinião, são as oportunidades desperdiçadas pelos mesmos desleixados condutores da nação: O exemplo mais claro é a própria forma com que o desgoverno encara a Pandemia: Já que adora tanto a guerra, o despresidente poderia, desde março, ter (ao invés de negar), DECLARADO GUERRA À PANDEMIA! Se tivesse convocado a população e dado o exemplo encarando o problema de frente, sem hesitações, sem tréguas, possivelmente à esta altura o Brasil estaria assistindo o declínio da Pandemia. Mas, teimoso e contrário às atitudes do mundo INTEIRO, o despresidente e seu desgoverno teimam, batem o pé e querem enfiar goela abaixo de milhões de brasileiros que a Pandemia é uma gripezinha. E que a cloroquina, desprezada pelos Norte-americanos, cura. O recente episódio – altamente suspeito – de se auto declarar portador do Coronavírus, mostra que o despresidente não quer governar, quer é desviar a atenção e ir levando, do jeito que der…
Acredito que muitos nem lembrem, mas logo no início deste mandato presidencial aquele que muitos consideram um “mito” forneceu argumento suficiente para desacreditar no seu potencial para governar esse país: Foi ele mesmo quem disse: ”Não nasci para ser presidente”! Isso para mim tem várias interpretações, e nenhuma delas, cumpre adiantar, favorável a ele. Será que só depois de ser eleito e depois de ser empossado, ele descobriu isso? Penso que não! Então, para a felicidade geral da nação, para a felicidade dele e de seus patéticos filhos, deveria ter a hombridade e a coragem de pedir o boné e voltar para casa, depois, é lógico, de pedir desculpas à nação. Ou então que evitasse decepcionar precocemente até seus seguidores, e buscasse cercar-se de pessoas honestas e capacitadas, não apenas de amigos, ou, pior de agradáveis puxa-sacos. E ao iniciar seu dia de trabalho “passando por acaso” à frente de uma claque de bajuladores, certamente estimulados pelo próprio governo no tal “cercadinho”, o despresidente apenas reforçou a impressão de sua precaríssima noção do que fosse governar o Brasil…E em qualquer país, por mais que seu presidente seja considerado pouco inteligente, fora da casinha, mal-intencionado, ou incompetente, sempre veremos muitos “patriotas” se espelhar no seu líder. E diante da incredulidade de tantas manifestações descabidas, irracionais e bizarras, não há dúvidas de que muitas pessoas seguem se espelhando no seu líder, para praticar e defender os mais estranhos desvarios e loucuras que passamos a assistir, diariamente. Lamentável!