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08/01/2021 às 07:56
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Quirera Gourmet – 08/01/2021

Quirera Gourmet
Por: Flavio Carvalho

A Imprensa Nacional e “seus Interésses” (Como dizia Brizola)…

Em acontecimentos inéditos/inimagináveis, semelhantes à invasão do prédio do Capitólio em Washington, sede do Congresso Norte-americano, quarta-feira (06/11), por parte de fanáticos seguidores do Presidente Donald Trump, atiçados pelo próprio, é possível confirmar diferentes tratamentos dados a notícias semelhantes, pela imprensa brasileira. Lá, deu na TV, foi um brutal e inaceitável atentado contra a Democracia, contra os poderes e contra a lei de um país que se orgulha de ser considerado a casa da democracia e dos direitos humanos. E governos do mundo todo condenaram a agressão. O desgoverno brasileiro, não!

E Cá

No Brasil, quando manifestantes subiram no telhado do prédio do Congresso brasileiro, ninguém disse viu, nem viu ataque à democracia. Nem quando fanáticos atiraram fogos de artifício contra o prédio do Supremo Tribunal Federal, desafiando a autoridade do Judiciário e da Lei. A imprensa daqui é manipulada pelo poder econômico de sempre, de acordo não com a verdade, mas pelos seus interesses da hora. Se o interesse for derrubar o governo, não interessa democracia. Aí os “xiitas radicais” serão apresentados pela imprensa ao distinto público como heróis, cidadãos indignados com o governo ou com o Judiciário, portanto dignos de todo apoio e merecedores de elogios e grandes espaços na mídia.

Racismo

A mesma observação sobre diferentes tratamentos dados a fatos semelhantes, agora pela polícia Norte americana, também pode ser vista quando se analisa a repressão a manifestações antirracistas nas terras do Tio Sam. Se os invasores do Capitólio fossem negros reclamando de um homicídio covarde praticado contra um negro por um policial branco, os cuidados e o respeito que se viu policiais adotarem não existiria. Em bom português, o “pau tinha comido solto” no lombo dos invasores do Congresso. O racismo, aqui e no mundo todo mostra, que está renascendo com força nunca vista, e com apoio de governos e até da lei, com suas ‘vista grossa’.

Democracia

A democracia exige que se respeite o direito do povo em protestar contra o que ele considera errado ou injusto. Mas esse direito de protestar sempre teve limites, não é infinito, e nunca será. Não se pode simplesmente entender como protesto popular e democrático um grupo com quinhentas ou mil pessoas atropelar a lei e os famosos poderes constituídos para tentar, à força, impedir a diplomação de um presidente legitimamente eleito. Isso é anarquia, bagunça, zona, radicalismo xiita e outros adjetivos nada edificantes. Qualquer sociedade ou qualquer país precisa ser regido pelo famoso “Estado de Direito” – um arcabouço de leis e normas que tenta organizar, padronizar e limitar aos termos legais as manifestações populares. Lá nas tribos dos tempos das cavernas já existia isso…

A Lei é Para Todos?

Tempos atrás, quando os interesses dos mais poderosos exigiam, a imprensa brasileira, dia sim, outro também, bradava a todo volume: “A Lei é para Todos”! Para ser mais verdadeiro o grito de guerra deveria ter sido complementado com um esclarecedor “mas depende de quem sejam todos”. Se fossem os filhos do Ex-presidente Lula os acusados de rachadinha (com provas e testemunhas), ou de serem suspeitíssimos de mandar matar a Vereadora carioca Mariellle, quando ela já era pré-candidata a senadora e tirava votos do filho de Bolsonaro, hoje senador, “ a lei é para todos” estaria hoje estampada em todas as chamadas de TV e manchetes possíveis, com certeza. E os filhos de Lula estariam na cadeia! Some-se a esse claro descalabro o farisaísmo e a hipocrisia de muita gente “de bem”, que fazem olhar de paisagem e, neste caso, aplaudem o Poder Judiciário

Fascistas

A crise de valores que ataca o mundo virou a mais grave Pandemia. Por conta dela muita gente voltou às cavernas e acha rigorosamente certo, necessário e justo fazer justiça com as próprias mãos. E quem pensa assim não é o zé mané que mora na favela e batalha para não deixar morrer de fome seus cinco filhos. Quem pensa assim são homens e mulheres brancos, cristãos, com dinheiro no banco e cidadãos do país mais poderoso do mundo! E não só eles, o presidente deles também pensa assim. Trump e Bolsonaro alegam fraudes nas eleições Norte-americanas, mas nenhum deles consegue mostrar ou sequer dar pistas que existam alguns indícios disso. E as várias denúncias apresentadas foram devidamente investigadas, sem se encontrar qualquer prova de maracutaias. Fraude, para Trump é Bolsonaro, é perder a eleição! Fascistas são semideuses, acham que sempre estão com a razão! E a lei no caso deles, é claro, não é para todos!

Preparando o Campo

Não é bem Bolsonaro quem deve ser acusado de burro, ou de ignorante. O despresidente do Brasil de burro tem muito pouco: Há menos de dois anos da eleição, com mais da metade de seu mandato já vencido, e com o medíocre e pífio apoio de menos de 40% da população, o despresidente já viu que não vai ser fácil se reeleger: a máscara caiu! E já está “preparando o campo”, alegando que há fraudes nas urnas eletrônicas. Mas não apresenta, é claro, prova nenhuma, igualzinho a Trump…

Fraudes

Para dar mais “autenticidade” à sua antecipada paranoia de perder a eleição, o mandatário brasileiro chega a dizer que houve fraude na sua própria eleição, em 2018. Na sua propositalmente torta interpretação da realidade, ele diz que na verdade ele teria vencido ainda no primeiro turno. Também não há indícios, muito menos provas do que ele diz. Provavelmente deve ter sido algum palpite dos incompetentes puxa-sacos que o assessoram. Entre eles um ministro – o das Relações Internacionais – que vive repetindo, para nossa vergonha, que a Terra é plana!

“Das Bananas”

“Há males que vêm para o bem”, jamais perdi de vista esse bordão, caquético de tão velho, mas ainda rigorosamente verdadeiro! O episódio da invasão do Capitólio, pelo seu ineditismo, principalmente, ainda vai render milhares de análises e interpretações, no mundo inteiro. Afinal, não havia mais de mil manifestantes na invasão. Mesmo assim a pequena multidão conseguiu apavorar o país mais rico e mais poderoso do planeta, que jamais havia passado por uma saia justa desse número! Parecia, como já foi bem lembrado, uma “República das bananas” – apelido preconceituoso dado pelas imprensa Norte-americana e pelos puxa-sacos jornalistas brasileiros a países da América Central e América latina, onde golpes de estado viraram Pandemia, especialmente entre as décadas de 1960/80. Mas sinceramente não acho bom que tenha acontecido a invasão. Ao contrário, acho bem preocupante: Se no maior país do mundo os loucos, fanáticos e ignorantes políticos conseguem fazer o que fizeram…Dá para imaginar o que pode acontecer por aqui! Mas, serve de alerta…Há males que vêm para o bem!

Um bom fim de semana a todos (as)!

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