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07/08/2020 às 08:04
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Quirera Gourmet – 07/08/2020

Quirera Gourmet
Por: Romeu Scirea Filho

Volta às Aulas, Vale a Pena?

Adultos e quase idosos de hoje lembram bem a tragédia que era, uma vez, perder um ano letivo, ”rodar”, reprovar na escola, mais ainda se o colégio fosse particular. Por conta disso muitos, desanimados, abandonaram os estudos e outros deixaram de ir para a escola por ordem dos pais, que não tinham dinheiro “para jogar fora” ou, como ainda acontece hoje, porque “dinheiro não dá em árvore”. Não tenho filhos em idade escolar, mas se tivesse não teria dúvidas: Esqueceria o ano letivo de 2020. Sei que não é uma decisão fácil, mas se colocar no papel os prós e os contras da volta às aulas em agosto ou setembro, melhor ficar em casa. Até porque começam a aparecer notícias nada animadoras sobre casos de Covid19 em crianças. É notório, hoje e sempre, a ânsia ou a urgência de muitos pais em verem seus filhos formados e estabelecidos no mercado de trabalho. Porém, os riscos não só da Pandemia em si, como de incertas, porém graves, sequelas da doença devem pesar na balança. Isso sem falar na qualidade do aprendizado com aulas ministradas em tempo escasso, e com professores sob pressão, também, da Pandemia. E tem ainda um outro grande problema: Pais e Mães que não tem com quem, nem onde, deixar os filhos. Aí talvez resida a maior pressão pela volta às aulas. E solução desse problemão não é nada fácil… O bordão “Pai sofre” está mais vivo que nunca!

Precaução e prevenção

Muito se tem especulado, projetado e previsto sobre como será o pós Pandemia. Mas o certo mesmo, por enquanto, são as…incertezas! E isso não vai mudar até que se tenha uma vacina eficiente e disponível a todos. A cada dia surgem novidades sobre sequelas em diversos órgãos do corpo e, naturalmente, somente com o passar dos dias, meses e anos saberemos com certeza se teremos mesmo, e como serão as tais sequelas. O mais garantido, de novo e sempre, é se precaver e fazer o possível para não ser contaminado. São perigosas as afirmações de pessoas estudiosas, médicos e lideranças comunitárias afirmando que alguns medicamentos “se não curam, também não fazem mal algum”. Acho precipitado afirmar tal coisa, especialmente se a pessoa se medicar com os tais remédios sem prescrição médica e por um período de tempo relativamente longo. Nestas horas sempre é bom lembrar que a diferença entre o medicamento e o veneno, muitas vezes é a dose. E/ou a quantidade ingerida.

Os “Casos Isolados”

Tenho orgulho de ter bons amigos Policiais Militares, em Xanxerê e em Florianópolis, e reconheço que a profissão de policial é dureza, barra pesada e requer, além de coragem, um complexo e difícil equilíbrio emocional, para o qual são exaustivamente treinados e do qual não podem desleixar, nem se afastar. “Casos isolados” de abusos de autoridade, sejam por policiais militares ou civis sempre aconteceram, mas a impressão que eu tenho é que tais casos ultimamente têm aumentado, não apenas nas polícias de Santa Catarina. O rumoroso caso do negro norte-americano morto asfixiado pelo joelho de um policial, mesmo estando no chão e algemado, alarmou o mundo todo. E chamou a atenção da sociedade para casos de abusos de autoridade.

Péssimo Exemplo

Nesta semana, em Lages, universitárias que estavam dentro de sua casa comemorando um término de faculdade sofreram absurda agressão. Chamou a atenção pela agressividade de um PM, à paisana, fora do serviço, e de sua esposa. Invadir domicílio e agredir pessoas desarmadas com cassetete não encontra amparo em lei alguma. Mesmo que as vítimas estivessem fazendo barulho fora de hora, o que ainda não ficou provado, os “métodos empregados” ultrapassam de longe o bom senso, a lei e a função do policial. Mesmo sob a presumível proteção do rótulo “caso isolado”, a ocorrência deve merecer punição severa. “Casos isolados” também são péssimos exemplos, e não aproximam a comunidade da corporação. E policial é pago com dinheiro do povo para proteger, não para agredir. Não restam dúvidas que a maioria da corporação não aceita e não age como aquele policial. E isso precisa, sempre, ser deixado bem claro!

Lei é, ou deveria ser, Para Todos

Manifestações crescentes e violentas de intransigência, arrogância, prepotência e desrespeito à vida humana, infelizmente vêm prosperando em muitas áreas das atividades humanas. Muitas pessoas passam, da noite para o dia, a ser arvorarem a ser Deus, com um não concedido “direito” de inclusive ceifar vidas humanas, por motivo algum, ou por motivos fúteis e completamente inaceitáveis. Contratar e manter trabalhadores em regime de escravidão, colocar veneno de rato em pratos de comida oferecidos gratuitamente a moradores de rua, invadir o domicílio de moças desarmadas, agredi-las com cassetete e ainda tentar evitar que elas filmassem a cena são pequenas, porém, gravíssimas amostras de mentes doentias, que existem desde sempre. Porém não é por isso, nem por qualquer outra alegação, que tais atitudes devam ser minimizadas, escamoteadas ou relevadas. Não! Ao longo da história da Humanidade está mais que provado que somente as punições são eficazes para desarmar espíritos exacerbados, que se recusam a adotar comportamentos aceitos, recomendados e preconizados – por leis – de forma a assegurar o bom relacionamento entre as pessoas. E enquanto Jornalista, calar-se ou “passar pano” diante de tais situações também é uma atitude condenável, não só pelo código de ética da profissão, mas principalmente sobre a necessária cobrança de que as leis existem para serem cumpridas! E todos são (ou deveriam ser) iguais perante elas, as leis!

Animais Racionais?

A dúvida, por trás destas situações inaceitáveis, é a velha pergunta: Para onde caminha a Humanidade? Manifestações que defendem, a sério e com pretensos “argumentos científicos”, que a terra é plana – para citar o exemplo mais pavoroso – estão bem no centro da análise de situações inacreditáveis, inaceitáveis e escabrosas que assistimos, em escala crescente. Muito mais que a velha suspeição de um “fim do mundo”, o que parece mais viável e possível é o fim da racionalidade, do uso da razão, pelo ser humano! As pessoas estão enlouquecendo, perdendo a razão, o senso de justiça, o sentimento de viver em coletividade e querendo fazer justiça com as próprias mãos. Se arvoram e viram deuses assim, sem mais nem menos. Todos estão sempre cobertos e recheados de razão, estão rigorosamente certos, não admitem erros e pedir desculpas ou perdão, ou reconhecer falhas é algo que está a muitas léguas de distância da realidade de muitos, infelizmente! Para alguns, isso acontece apenas pela falta de amor, de tolerância, de perdão, de fraternidade e de humildade. Tomara que isso passe e a razão volte a preponderar!

Um bom fim de semana a todos (as)!

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