Na terça-feira, 17 de março, o governo catarinense anunciou a suspensão das atividades comerciais, proibiu aglomerações e instituiu quarentena. Isso paralisou o estado e criou uma nova rotina, ou nova vida. – a exemplo do que já acontecia em outros lugares do planeta. Nesta segunda-feira, seis de abril, completamos 21 dias trancados ou saindo o menos possível para a rua, evitando aglomerações. Seguimos as orientações anti-pandemia apontadas pela Organização Mundial da Saúde (OMS). Se me mandassem dizer alguma coisa, uma só, diria: “Muita calma nessa hora”! Sair da rotina repentinamente, ser impedido de fazer o que fazia todos os dias, há anos, ou décadas, não é para fracos (as). As consequências dessas mudanças – em todas as áreas da atividade humana – já estão gerando intermináveis estudos, pesquisas, livros, filmes, documentários….O Covid-19 literalmente roubou a cena. Colocou todo mundo no bolso. E mandou a gente ficar em casa! Muita calma nessa hora!E se possível, mantenha o bom humor!
A enxurrada de informações sobre o Covid -19 domina o noticiário e espelha a amplitude mundial e a gravidade do problema. Em Xanxerê, um empresário calcula que só em março mais de mil trabalhadores já foram demitidos. E muitos outros serão. Como era esperado, todo mundo vai sair perdendo com a nova realidade. E o amigo também lembrou bem: É hora de cortar mordomias na esfera pública, do executivo, legislativo e judiciário, onde é fácil achar polpudos, generosos e até exagerados salários. Especialmente, é hora de acabar com os nababescos penduricalhos, uma vergonhosa mordomia! Auxílio moradia, auxílio alimentação e outros – devem secar, ou diminuir bastante! Sempre fui contra reduzir salários, mas a situação é inédita no mundo. E não resta dúvida de que TODOS irão perder. Então não tem como não baixar os maiores salários da esfera pública. Empregos públicos que – sempre é bom lembrar – são mantidos com o dinheiro de todos os contribuintes! E a coisa deve começar por deputados, governadores, senadores, prefeitos e vereadores. Uma enxurrada de e-mails às “excelências” pode ser um começo.
Ainda na sexta-feira (03/04) prefeito e vereadores de Florianópolis anunciaram redução em seus salários e também, em menor percentual, de servidores municipais, atitude rara e elogiável. Os salários dos agentes públicos dependem da arrecadação de tributos – e estes irão despencar. Com a iniciativa privada demitindo, readaptando-se à nova realidade, não existe neste momento motivos para que os salários e os gastos públicos em geral não passem por ampla revisão. É uma consequência da pandemia que pode ser vista como algo positivo. Mas é, principalmente, uma oportunidade imperdível para a desacreditada classe política – suas excelências, os nossos representantes – tentar, ao menos, resgatar um pouco da grandeza e do espírito público que deve(ria) nortear o trabalho de pessoas que trabalham para a comunidade. E são remunerados por ela.
A corda sempre arrebenta no lado mais fraco e isso é uma triste lei que vigora em todo o mundo capitalista, socialista ou de outro tipo de mundo que possa existir, com a presença de humanos. É a lei da humanidade, da guerra, da competição selvagem, do mundo dos mais fortes, ou “de quem pode mais chora menos”. Se a pandemia abriu espaços, agora é a ‘lua’ ideal para se plantar sementes de um mundo mais humanitário, menos predador e menos excludente. Milhões de seres humanos vivem como escravos, tem qualidade de vida bem abaixo do mínimo aceitável. E o planeta que habitamos já dá sinais claros que, do jeito que andamos tratando o ambiente natural, daqui a pouco não restará possibilidade de manter a vida na Terra. Não vejo no horizonte como, ou quem, poderá dar o pontapé inicial para essa mudança radical, ao menos, tornar-se uma possibilidade. Mas é uma oportunidade de ouro. E reforça aquela velha máxima de que em todas as situações ruins pode-se retirar lições ou exemplos positivos. Não é mais “Você decide”. Chegou a vez do “Nós decidimos”….
Se não é visível uma situação, organização, país ou movimento acadêmico, intelectual ou social que tenha a capacidade de sensibilizar os terráqueos mal-acostumados para a construção de uma nova sociedade, também não é recomendável que sigamos esperando, sentados, que isso venha a começar! Com a ciência, a tecnologia, os recursos materiais disponíveis hoje no mundo, nossa sociedade sempre alardeia e louva a superioridade humana e sua hegemonia no universo que conhecemos. Se há no universo infinito seres mais inteligentes e mais evoluídos (e acredito que sim), eles até agora não nos deram a mínima atenção, não dão bola para nós, terráqueos. E diante das nossas recém reveladas fragilidades (não temos vacina para uma peste mundial), cabe apelar “para todos os santos”, incluindo os extraterrestres! Mas, enquanto tentamos acessar esses importantes aplicativos, os ET’s, nada nos impede de ir tomando algumas atitudes por aqui, nós mesmos. Esperar sentado nunca foi remédio para nada!
O despresidente da “república dos bananas” em que nós vimos ancorados nestas horas só sabe brigar – isso mesmo brigar. Agora com o único ministro que conseguiu agradar. Dizem que ele já não manda, ou manda daqui até ali. Está sob tutela dos generais – para não fazer mais m… do que tem feito. Briga principalmente com a imprensa. Todos os recentes ex-presidentes em algum momento desancaram a imprensa. Mas as queixas foram mais ou menos pontuais. O atual morador do palácio da Alvorada, desde que tomou posse, critica, xinga e retalia a imprensa, só quer elogios. Manda bananas para repórteres e todo santo dia culpa… a imprensa! Não enxerga, por exemplo, que a teoria de “gripezinha” foi uma bola fora mundial! Talvez até interplanetário. Tiro no pé…Nem partido político ele tem mais e seus apoiadores estão vazando. Briga com os governadores de dois dos mais importantes do país – sem falar nos nordestinos. Os filhos brigam com a China, com ministros, deputados, prefeitos e governadores. Briga com as mulheres, indígenas, negros, homossexuais, com o presidente da França, com a Venezuela…Governo da família Buscapé!