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05/01/2021 às 07:23
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Quirera Gourmet – 05/01/2021

Quirera Gourmet
Por: Romeu Scirea Filho

Desavenças por Cargos

Informações da ‘Rádio Corredor’ dão conta que o voto do Vereador emedebista Rogério de Oliveira – que deu vitória na eleição da mesa diretora à oposição ao Prefeito de Xanxerê Oscar Martarello – teria sido motivado por desavenças no preenchimento de cargos. Oliveira,dizem, não teria conseguido emplacar nomes indicados por ele para cargos de confiança na prefeitura, e nem o nome de uma advogada para a assessoria jurídica da Câmara. Descontente, o vereador emedebista teria votado contra a chapa formada por vereadores da base de apoio ao prefeito. E deu a vitória à chapa de oposição, que elegeu como presidente da Câmara o Vereador Sérgio de Souza Nunes (PSL), Sidinei Mesnerovicz (PT), como vice; Altair Rossato (Podemos) como primeiro secretário, e Alessandro Antonioli (PT), no cargo de segundo secretário.

Comissão de Ética

Informações de emedebistas dão conta que o voto de Oliveira será encaminhado para análise da Comissão de ética do MDB municipal, não se descartando a possibilidade de sua expulsão da sigla. É claro que voto do vereador é uma decisão pessoal dele, inquestionável. Mas entende-se que tal voto não deva ser contrário às diretrizes do seu partido. Não há crime algum em votar contra o partido. Há, apenas, o estatuto do Partido e o desrespeito a ele deve ser analisado pela Comissão de ética do próprio partido…

Recursos da Câmara

Pior que não ter conseguido emplacar sua chapa na mesa da Câmara, e a se confirmar a expulsão de Oliveira do MDB, seria a administração municipal ter minoria na Câmara. E segundo o próprio Prefeito Martarello adiantou ainda antes da eleição da mesa, as sobras de recursos mensais da Câmara seriam devolvidas aos cofres do Poder Executivo, caso a chapa de apoio ao prefeito fosse eleita. Tais valores chegariam a cerca de R$ 250 mil, segundo o prefeito, e reforçariam o caixa do Executivo para cobrir despesas e fazer investimentos. Resta saber se a mesa diretora eleita vai dar a mesma destinação às sobras. Se a oposição ganhar a adesão do Vereador Oliveira e passar a ter maioria na casa, por exemplo, as sobras do Legislativo podem ter outras destinações, após deliberação – e aprovação da maioria, em plenário.

No “Loteamento”

O preenchimento de cargos de confiança – também chamado de “loteamento”- é um velho motivo de desavenças entre eleitos, e não apenas em câmaras de vereadores. Portanto não é uma prática que se possa chamar de “nova política”. No caso de Xanxerê, segundo ouvi, o preenchimento dos cargos de confiança havia sido discutido previamente, e nessas conversas internas teria ficado claro que a decisão final sobre os nomes caberia, naturalmente, às direções partidárias e à coligação que elegeu Martarello e Biasus. O voto do vereador Oliveira, entretanto, não pode ser questionado. Ele é dono do mandato e vota como achar melhor, embora é claro, possa ser submetido ao crivo da Comissão de ética do MDB.

Sinuca de Bico

De qualquer forma e com qualquer desfecho sobre a expulsão ou não do Vereador Oliveira do MDB, não há dúvidas de que a nova administração já colheu um grande pepino para descascar. Embora se possa argumentar que minoria na Câmara não impede a governabilidade, ter o apoio da maioria dos vereadores e desfrutar de total apoio da mesa diretora pode fazer grande diferença, para qualquer administração municipal. Não arrisco opinião, nem a favor, nem contra, neste primeiro “desencontro” entre os vereadores da base de apoio. Nestas horas surgem muitas versões. E geralmente algumas inverdades. Principalmente quando uma coligação elege o prefeito. Mas, com a descrença geral em partidos políticos é praticamente impossível, atualmente, uma sigla sem coligações conseguir eleger alguém. É a tal sinuca de bico!

O Tal de Abrantes

A se confirmar que o preenchimento de cargos de confiança foi o motivo do “fogo amigo” que elegeu a chapa de oposição, não há como não lamentar – não pela vitória da oposição. Mas pelo fato de que, como todos estão cansados de saber, vereadores são servidores públicos eleitos e pagos pela comunidade, pelos contribuintes, para fiscalizar a administração e elaborar leis que beneficiem a todos. Isto é: Para trabalhar pela coletividade, não em causa própria…. E depois de tanto discurso pela moralidade, pela nova política, pela transparência e outras belíssimas palavras, é decepcionante – para dizer só um pouco – ver que no quesito loteamento tudo continua como dantes, no quartel desse tal de Abrantes! Então, antes de condenar ou absolver quem quer que seja, Quirera Gourmet pede licença e, supreendentemente, considera que se alguém é culpado, deve ser esse tal Abrantes! Dizem até que ele, o Abrantes, nem brasileiro é! Porque nós, brasileiros, somos todos, e sempre, gente do bem! E veja bem um: Culpar o Abrantes é uma “ciência” herdada do legítimo tucanato! Aqueles, sempre em cima do muro!

Fogo Amigo!

Não gostaria de estar na pele de emedebistas da Comissão de ética do partido que devem julgar – se já não o fizeram – o que fazer em relação ao voto do Vereador Oliveira. Se for punido com expulsão – o que é dado como o mais provável – a maioria da câmara será oposição ao Prefeito Martarello. Se fizer vistas grossas ou der uma suspensão leve, ou algo parecido, o MDB vai demonstrar leniência, fraqueza, ou pouco caso com quem defende o “Mateus, primeiro os meus”! E o loteamento político-partidário de cargos foi, é preciso reconhecer, uma das práticas condenadas na campanha, pelo Prefeito Oscar Martarello. É a típica situação do “se correr o bicho pega, se ficar…”. Acredito, também, que na hora de “cercar o frango” para evitar o “fogo amigo” desse tipo…o frango, talvez, tenha sido mais rápido que o esperado!

Vacina Para todos? É só pagar!

“O anúncio de que clínicas particulares brasileiras preparam a compra de 5 milhões de doses de uma vacina indiana contra a Covid-19 indica qual solução o Brasil tende a encaminhar para a pior pandemia em um século. Quem pode pagar algumas centenas de reais pelo imunizante logo teria condições de tocar a vida sem o vírus. A maioria que não pode padeceria enquanto o governo do “Pra que essa ansiedade? ” patina na compra de seringas. Em Santa Catarina, por exemplo, o governo estadual planeja vacinar, até o fim do ano, cerca de um terço da população: 2,8 milhões de pessoas. Os outros dois terços, incluídos aí crianças, adolescentes e adultos sem comorbidades que não trabalham com saúde, educação e segurança, não têm qualquer perspectiva de vacinar-se. A menos que o próprio bolso resolva. Seria a confissão da crueldade social que o Brasil pratica desde sempre e tão escancarada na pandemia. O Estado, que deveria promover o bem-estar coletivo, omite-se. Sentada sobre o direito individual de zelar pelos seus, a elite brasileira prepara-se para botar a cabeça fora d’água enquanto os pobres mergulham na crise”. (Notícia do NSC Total/Coluna Evandro de Assis – em 04/01/21)

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