Com 14 dias de confinamento nesse velho novo mundo já é possível reconhecer/identificar muitos seres revelados no rastro do cometa Coronavírus, ou Covid 19. Entre eles estão os que só passaram a acreditar na pandemia quando o “bicho pegou” lá nas terras do Tio Sam, pois lá é o céu, para esses viventes. E se deu problema no céu, também vai dar aqui no quintal – o que é certo, infelizmente. No governo do ditador Castelo Branco, um embaixador do Brasil nos EUA disse – e ficou famoso pela puxação de saco: “O que é bom para os Estados Unidos é bom para o Brasil”, o nome dele é Juraci Magalhães e sua história na internet mostra que ele era um excelente brasileiro colonizado – espécie que se multiplicou muito e hoje deve ser majoritária, entre os nativos daqui. Muitos desses votaram e defendem o despresidente que nos assola. Resumo da ópera: os novos seres que surgiram na cauda do cometa nem são tão novos assim, mas são bem numerosos! Sua adoração incondicional aos Estados Unidos da América também não é nova, mas continua lamentável. Querem ver o Brasil como eterno quintal do “Tio Sam”…E se dizem patriotas!
Uma peste assola o planeta, muitos não vão sobreviver e o mundo não será mais o mesmo. Haverá desemprego, fome e muita pobreza. Só os mais fortes e os mais ricos irão se salvar. Estamos nos aproximando do fim do mundo. A peste é só a primeira etapa dele. Oremos e peçamos a proteção divina! Essa visão catastrófica é fácil de ser encontrada nos dias e noites que estamos vivendo, trancados em casa e ouvindo notícias ruins, todos os dias em todas as horas. Mas vamos analisar as coisas com a calma que ainda conseguirmos reunir. Pestes, ou pandemias sempre aconteceram, milhões não sobreviveram a elas, mas o ser humano não desapareceu, nem parou de aumentar sua população, jamais. E ao longo de todos séculos que já se passaram, o homem nunca deixou de resistir – e crescer – mesmo com desemprego, fome e pobreza. O anúncio do fim do mundo também virou arroz de festa no século XXI, e muitos juravam que no ano 2000 iríamos todos para o beleléu. Não fomos. Milhares morrem e isso sempre é muito triste, mas a morte é a única certeza que temos, desde que nascemos.
Ficar em isolamento sem contato físico com pessoas que moram na mesma cidade leva a matutar e geralmente prever o pior. Porém, a rigor, a única novidade das últimas semanas é que o mundo todo se trancou em casa, por “ordem da ciência” e dos especialistas. Abandonar o ritual de levantar cedo e sair para o trabalho – rotina de milhões, nunca antes havia sido quebrada com tamanha amplitude, duração e com tanta ênfase. Para muitos isso já é um fim-de-mundo… Mas também não é! Parar de trabalhar traz prejuízos para todos e cada um terá que se virar nos trinta, viver como der…E é bem isso que fazemos, sempre, com pandemia ou sem pandemia, dia e noite, todos os dias! Então, mesmo com o mau humor ou entediados com a nova e chata rotina, com a obrigação de circular da cozinha ao banheiro e ao quarto, apenas, a vida segue! E só nós mesmos, cada um e todos, juntos ou separados, é que temos que lutar pela nossa sobrevivência. E isso, mais uma vez, também está bem longe de ser uma novidade…
Celebre a vida, lute e não desanime. E ainda por cima, sorria! Tudo passa!
Posso ser ingênuo, inocente, sonhador, romântico e incorrigível, mas o Coronavírus não vai conseguir mudar meu otimismo, que classifico de ”crítico”. Em tradução livre, acredito que essa pandemia – igual a muitas coisas que já vivemos – vai mostrar novas e velhas facetas muito boas e muito ruins da humanidade e de muitos amigos, conhecidos e familiares. Vamos correr riscos e até andar na corda bamba, mas ao final nos adaptaremos as novas situações. Aprendi que o bicho homem é o único animal que se expõe ao sol de 40 graus por que gosta (de pegar um bronze), sem se importar com o calor e com outros males causados por isso. Fazemos o que queremos, somos donos do próprio nariz. Daí devemos arcar com as consequências e lutar – como devem ter lutado muitos de nossos ancestrais para que chegássemos até aqui. Não acredito em fim de mundo, mas acredito em grandes tragédias – a maioria delas provocada pelo homem e por seus costumes. Como a tragédia de ver milhares de crianças e adultos morrer de fome, todos os dias, sem que façamos nada para acabar com essa que é, para mim, a mais grave e devastadora pandemia!
(Fonte: Por Thais Cardoso/Jornal GGN – trecho da matéria)
Enquanto autoridades, profissionais de saúde e cientistas no Brasil e no mundo estão se esforçando para combater a covid-19 e seus efeitos, uma outra ameaça tem se espalhado principalmente por meio de redes sociais: a desinformação. Uma análise produzida pela União Pró-Vacina, projeto desenvolvido por instituições de pesquisa e acadêmicas da USP em Ribeirão Preto, mostra que grupos tradicionalmente conhecidos por disseminarem informações falsas sobre vacinas agora estão mudando o alvo e concentrando-se na doença causada pelo novo coronavírus. Os métodos da desinformação continuam os mesmos: distorcer conteúdo científico e jornalístico, espalhar teorias da conspiração e até oferecer falsas curas usando produtos conhecidamente tóxicos para a saúde humana. Entre as publicações, há insinuações de que o vírus seria uma ferramenta para instituir uma nova ordem mundial ou mesmo uma arma produzida pela China. Outras afirmam que a vacina da gripe seria a responsável pela disseminação da covid-19 e que a doença seria facilmente curada por meio da frequência do cobre ou de zappers, supostos antibióticos eletrônicos.