A expedição de cinco mandados de prisão e três afastamentos de dirigentes do Instituto do Meio Ambiente (IMA), ex Fatma, em São Miguel do Oeste, monopolizaram as atenções da Assembleia Legislativa no fim da tarde da quarta-feira (8). Motivo: um dos afastados é o administrador Rodrigo Eskudlark de 34 anos, filho do líder do governo no legislativo, deputado Mauricio Eskudlark, do PR. Ele assumiu o cargo em fevereiro deste ano. O Ministério Público Estadual apurou casos de corrupção envolvendo os gerentes e servidores do IMA de São Miguel do Oeste, facilitando a concessão de licenças ambientais mediante recebimento de vantagens indevidas. Levantamento indicou que a medida de aprovação dos processos, que era de 182 dias, foi reduzido para 2,4 e apenas 9 dias. Segundo o MPE, foram cumpridos cinco mandados de prisão contra dois servidores do IMA de São Miguel, um engenheiro ambiental, um técnico agrícola e um despachante ambiental. Também foram realizados três afastamentos de cargo, o do Gerente Regional do IMA, Rodrigo Eskudlark, e de dois cargos comissionados do IMA de Florianópolis. A operação do Minisério Público objetivou “a desarticulação de uma organização criminosa composta por servidores do IMA, Instituto do Meio Ambiente, engenheiros ambientais, despachantes e empresários”.
O que diz Eskudlark
O deputado Mauricio Eskudlark, líder do governo Moisés da Silva na Assembleia Legislativa, informou que seu filho está no cargo há apenas três meses e que não teve qualquer participação nas denúncias levadas ao Ministério Público. E que ele apenas teria atendido pedidos de parlamentares que representam a região para atendimento de projetos ambientais.
Por Moacir Pereira