O projeto é desenvolvido pelas Secretarias Municipais de Agricultura e Políticas Ambientais com Assistência Social, com patrocínio da Sicoob Credimoc. O objetivo é promover o combate a violência contra as mulheres do campo. Os números são alarmantes e, diante disso, a equipe da administração municipal fará ciclos de palestras e oficinas com as mulheres de todas as comunidades do interior, como forma de orientar sobre o tema. O lançamento do projeto ocorreu durante a manhã desta segunda-feira (1), no auditório da Prefeitura de Xanxerê, e reuniu a equipe que atuará nos trabalhos, bem como o prefeito Avelino Menegolla, secretários municipais, representantes do Ministério Público e Câmara de Vereadores, comunidade e imprensa. A primeira ação do projeto acontence no próximo sábado (6), na Linha Cambuinzal, a partir das 14 horas e vai atender às comunidades de Invernadinha, Salete, Bom Jardim, Santa Luzia, Manjolinho, Aterro Alto, Faxinal do Irani, Três Pontes, Sede Roseira, São Luiz, Nova e Serrinha. No Brasil, a cada 17 minutos uma mulher é agredida fisicamente. São oito casos de violência sexual notificados por dia. A cada semana, 33 mulheres são assassinadas. Em Santa Catarina, foram registrados de janeiro a março deste ano, 11 feminicídios e o estado é o maior com índice de tentativas de estubro no Brasil. Em Xanxerê, 2.969 boletins de ocorrências foram registrados envolvendo violência contra mulher. Foram oito tentativas de homicídio, de 2014 a 2019 e, quatro feminicídios no mesmo período. Estudos apontam que uma mulher é agredida em média sete anos antes de denunciar. No campo, aspectos como dependência financeira, questões culturais, religiosas e geográficas são balizadores pela manutenção da violência doméstica. A metodologia definida pela equipe possui três dimensões, sendo a sensibilização da comunidade, capacitação de multiplicadores e o empoderamento da mulher do campo. Serão realizadas rodas de conversas sobre o combate à violência contra as mulheres, explicando os tipos de violência, os direitos das mulheres e a Lei Maria da Penha, bem como as formas de denúncia e de atendimento especializado. As ações acontecerão nas comunidades do interior, através da articulação com os Clubes de Mães, Idosos, escolas e igrejas.
AssessCom