A investigação que apurou possíveis irregularidades cometidas por uma ex-funcionária da Ciretran, dois funcionários de despachantes e uma empresa de vistoria foi concluída pela Polícia Civil de Chapecó. Os atos irregulares cometidos pela mulher que foi indiciada teriam ocorridos entre os anos de 2017 e 2018. A Polícia Civil informou, nesta quinta-feira (8), que a investigação apurou que, quando era funcionária pública, a mulher teria praticado atos ilícitos, consistentes na aprovação irregular de auditorias, agilização de processos administrativos, usurpação de funções alheias, advocacia administrativa e exclusão indevida de dados no sistema do órgão de trânsito, além de outras irregularidades. Em troca, teria recebido vantagens oferecidas pelos despachantes, consistentes em dinheiro e outros bens. A funcionária não integra mais o quadro de servidores do Ciretran. A investigação também apurou que em um dos despachantes ocorriam outras irregularidades, como falsificação de documentos, acessos indevidos a módulos restritos do sistema DETRANNET, divulgação a terceiros de dados particulares contidos neste mesmo sistema. O investigado ainda realizava licenciamento de veículo de outro estado em Santa Catarina, que visavam a evasão de tributo e anuência para liberação indevida de veículo vistoriado com sinais identificadores adulterados. Neste último caso, o funcionário da empresa de vistoria também foi indicado como autor do ilícito. A Polícia Civil ainda identificou quatro particulares que foram beneficiado. De acordo com a Polícia Civil, testemunhas relataram a ocorrência das irregularidades, o que foi confirmado por registros de videomonitoramento, documentos e demais elementos probatórios colhidos. O inquérito foi remetido ao Poder Judiciário, para prosseguimento da responsabilização penal dos investigados. Segundo a Polícia Civil, os investigados foram indiciados por corrupção ativa, corrupção passiva, falsificação de documento, uso de documento falso, inserção de dados falsos em sistema da Administração Pública, violação de sigilo funcional, advocacia administrativa, prevaricação e associação criminosa.
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