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02/04/2020 às 09:22
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Parque fabril catarinense se adapta para produzir material de prevenção ao coronavírus

Maravilha

A Federação das Indústrias do Estado de Santa Catarina (Fiesc) tem liderado ações para a produção de equipamentos de proteção individual, como máscaras, aventais e álcool em gel e líquido. Apesar da crise, que afeta a todos, muitos empreendedores têm iniciativas para colaborar no enfrentamento da Covid-19, doença causada pelo coronavírus. A produção segue todos os protocolos sanitários de higienização e demais medidas protetivas recomendadas pelas autoridades de saúde para as indústrias. De acordo com o diretor de educação da Fiesc e diretor regional do Senai/SC, Fabrizio Machado Pereira, a Federação trabalha, neste momento, com duas grandes frentes para a alavancagem de equipamentos de proteção individual em Santa Catarina. “Uma delas é com a produção de face shields para proteção facial. Já conseguimos adquirir mais de oito mil unidades no Estado. Estamos alavancando também a produção por meio de uma ação conjunta com a associação brasileira da Indústria de Ferramentais (Abinfer), entregando moldes para injeção em diversos pontos do Brasil. Visamos chegar em mais de 500 mil unidades produzidas em um mês. Além disso, produzimos todas as fichas técnicas e as informações necessárias para que se possa produzir máscaras e aventais descartáveis tanto na indústria têxtil e de vestuário catarinense, quanto em outras indústrias do País”. As oito mil máscaras adquiridas estão sendo produzidas pela Rotoplast, de Maravilha, no Oeste do Estado. A indústria é fabricante de climatizadores evaporativos. Conforme o presidente da empresa, Ildo Antônio Simon, quando surgiu a crise foi decidido fabricar os equipamentos de proteção individual para doar aos hospitais da região. “Agora, com a parceria da Fiesc, estamos aumentando a produção e conseguindo levar os produtos para outras regiões do Estado. Estamos trabalhando 24 horas por dia, inclusive nos sábados e domingos. É muito gratificante saber que essas máscaras podem salvar muitas vidas”, realça. Uma das empresas que fizeram uso das informações técnicas disponibilizadas pela Fiesc para a produção de material de proteção foi a Cardinal, empresa de Luzerna que atua na fabricação de móveis hospitalares. O diretor Francisco Lindner explica de que maneira as orientações técnicas oferecidas no site da Fiesc ajudaram nesta empreitada. “Temos a segurança para produzir. Conseguimos fabricar o face shield que doaremos para a secretaria de saúde de Joaçaba que disponibilizará para as unidades de saúde da região. Fabricamos 100 unidades”, frisa. A iniciativa da Fiesc também gerou outros resultados, entre eles o engajamento de 14 indústrias têxteis do Estado para produzir mais de um milhão de máscaras e aventais em um mês; apoio à ferramentaria de Joinville que produziu molde para injeção do suporte para equipamentos de proteção do rosto, que serão usados em Joinville, Caxias e São Paulo, serão injetadas até sete mil peças por dia em empresa de Joinville; apoio na organização de ação com a Abinfer para maximizar a produção de face shield no Brasil, sendo disponibilizados moldes e com meta de injetar 50 mil peças por dia; e mobilização para autorizar a produção de álcool em gel e líquido – até 100 mil litros por mês. Além disso, outros resultados importantes foram conquistados nesta semana no programa Mais Ventiladores que a Fiesc e o Senai desenvolvem em âmbito nacional em parceria com a Associação Catarinense de Medicina (ACM). O objetivo do programa é a disponibilidade de ventiladores pulmonares para as UTIs do Estado e do País. A companhia catarinense WEG S.A. anunciou a assinatura de um acordo de transferência de tecnologia com a empresa Leistung Equipamentos Ltda., fabricante de Equipamento Médico-Hospitalares, para produzir respiradores artificiais que serão utilizados por pacientes com Covid-19. A WEG passa a ter a licença para produzir o respirador com base técnica no aparelho de ventilação mecânica pulmonar “Luft-3” da Leistung. Conforme o anúncio da Weg, a empresa vai utilizar a estrutura das suas fábricas de Jaraguá do Sul. A projeção é fabricar 50 ventiladores por dia, com entregas a partir da segunda quinzena de maio. Outra ação consiste no conserto de máquinas danificadas. Na segunda-feira, equipe do Instituto Senai em Joinville, reforçada por técnicos da Whirpool e da GM, iniciou a manutenção de 17 aparelhos recebidos da rede pública catarinense. A importação, a adaptação de produtos similares e o conserto de máquinas que estavam danificadas são outras ações do programa Mais Respiradores. No âmbito da importação, a Fiesc e a ACM articularam, na semana passada, a aquisição, pelo governo catarinense, de 200 aparelhos chineses. O trabalho contou com parceria da Intelbras. Outra frente está voltada para a adaptação de produtos similares e está atuando no sentido de adequar aparelhos veterinários para uso humano. O desenvolvimento dos projetos de incremento da produção nacional, de adequação de produtos similares e de consertos de máquinas foram contemplados pelo Edital de Inovação na Indústria, mantido pela Confederação Nacional da Indústria (CNI). No total, foram destinados R$ 10 milhões para essas duas e mais quatro iniciativas focadas no enfrentamento do coronavírus.

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