O Grupo de Atuação Especial de Combate às Organizações Criminosas (GAECO), deflagrou na manhã desta segunda-feira (24) a “Operação Ressonância” para o cumprimento de 19 mandados de busca e apreensão, oito mandados de prisão temporária e três mandados de condução coercitiva, nos municípios de Florianópolis, Palhoça, Biguaçu, São João Batista e Major Gercino. Intitulada de operação “Ressonância”, ela apura crimes de Falsidade Ideológica; Inserção de Dados Falsos nos Sistemas de Informação; Corrupção Passiva; e Crimes Eleitorais; envolvendo cinco agentes públicos e terceiros, os quais basicamente, estariam sistematicamente violando a fila de espera do Sistema Único de Saúde (SUS) para realização de exames de ressonância e tomografia, por intermédio de procedimentos irregulares e cobrança de valores dos pacientes. De acordo com nota emitida pelo Ministério Público, a investigação apura sofisticado esquema paralelo e escuso, que tinha por objetivo captar pacientes de diversos municípios, com necessidade de realização de consultas e exames no SUS, manipular o agendamento de consultas, exames e procedimentos médicos (cirurgias e principalmente exames de ressonância magnética), em sua maioria, no Hospital Governador Celso Ramos, em Florianópolis, mediante o recebimento valores em dinheiro e/ou benefício material ou, ainda, obter vantagem política futura, pela fidelização de eleitores, por parte dos investigados. As investigações iniciaram em novembro de 2015, depois que a Promotoria de Justiça da Capital recebeu uma denúncia da Secretaria Estadual de Saúde. A operação contou com apoio dos núcleos regionais do Gaeco de Joinville, Chapecó, Criciúma, Lages, Itajaó e Blumenau, além do Batalhão de Operações Policiais Especiais (BOPE) da PM e Instituto Geral de Perícias (IGP).
NOME DA OPERAÇÃO
O nome da operação vem do principal tipo de exame – RESSONÂNCIA MAGNÉTICA – utilizado na medicina para identificar anomalias e irregularidades de órgãos e sistemas do corpo humano. Neste tipo de procedimento foi identificada, a maior quantidade de burla na fila do SUS, uso de cota sem a adoção dos procedimentos administrativos, e cobrança de valores irregulares pelos investigados.